ERA Sintra/Colares: A máquina imobiliária em Sintra

José Marques e Célia Fonseca são os administradores da ERA de Sintra/Colares há já 13 anos. O primeiro foi nosso entrevistado para esta edição da Revista Business Portugal.

Sintra, território turístico por excelência, é um dos temas desta edição. Nesse sentido, procuramos saber, junto de quem sabe, como se encontra o setor imobiliário da região: “O mercado está bom. Temos muita procura e, a par do resto do país, estamos a sofrer com preços extremamente inflacionados e com pessoas iludidas a achar que o cliente estrangeiro quer comprar a qualquer preço”, começou por alertar o nosso entrevistado.
A construção existente em Sintra não acompanha as solicitações e José Marques lamentou o facto de o PDM (Plano Diretor Municipal) se encontrar em revisão desde 2011: “Nos últimos três anos estamos sob a alçada de medidas preventivas que limitam a construção e sabemos que o novo PDM vai ser muito castrador, uma vez que está contemplada uma diminuição das zonas urbanas de Sintra”, deu-nos conta.

Turismo do frio e investimento consciente
A par das limitações de construção e do consequente valor elevado por metro quadrado de terra disponível em Sintra, começa a surgir um tipo de turismo diferente: o turismo do frio – aquele que atrai turistas que dispensam as temperaturas elevadas e os grandes aglomerados urbanos, privilegiando as zonas verdes, a tranquilidade e as temperaturas amenas. Nesse sentido, Sintra é uma terra muito procurada por holandeses, alemães, belgas, franceses e suecos: “Pessoas que têm a capacidade de transmitir muito bem o que querem e que procuram sítios especiais”, confidenciou-nos o agente imobiliário.
Claro que a juntar à magia que a Serra e os monumentos de Sintra transmitem, temos a segurança, a recetividade das pessoas, a cultura, a gastronomia e a proximidade a Lisboa. Mil e uma razões que justificam a boa fase que o setor imobiliário de Sintra atravessa.
No entanto, e apesar do bom momento, José Marques prevê uma diminuição dos preços das casas para breve: “Atualmente estamos com números de transações superiores aos do ano passado, no entanto, as coisas demoram mais a acontecer. Enquanto que antes vendíamos uma casa numa semana ou em duas, agora demoramos dois ou três meses. Esse é o primeiro sinal da mudança”, alertou.
Segundo o administrador da ERA de Sintra/Colares, o que aconteceu há uns anos não vai voltar a acontecer, isto porque “os preços vão descer e inevitavelmente a procura vai abrandar. Mas Sintra apresenta uma peculiaridade que nos descansa, metade dos investimentos aqui feitos são realizados com capitais próprios, o que nos protege das imposições e situação da banca”, adiantou.

O agente imobiliário e a identidade ERA
A principal função (e mais trabalhosa) de um agente imobiliário é “conhecer muito bem a zona em que atua”, reiterou José Marques. Para o nosso entrevistado, conhecer as pessoas, as mais-valias e menos-valias de cada zona, as pessoas e as suas peculiaridades, são meio caminho andado para a concretização de um bom negócio: “Uma das coisas que fazemos com os nossos clientes é percorrer a zona e perceber onde o cliente se sente melhor através da conversa e da partilha de histórias”, revelou o agente ERA ao mesmo tempo que nos dava conta da principal característica que diferencia a família ERA das demais imobiliárias nacionais: “É a nossa cultura que nos distingue. Mesmo que as outras empresas repliquem o nosso método, o resultado nunca é o mesmo. É uma questão cultural e a cultura ERA distingue-se pela forma como implementa o que faz”.
Por fim, ficaram os conselhos: “Ao vendedor, eu aconselho vender agora porque o mercado está em alta e isso garante que pode obter o melhor preço pela sua casa. Ao comprador, aconselho estar atento, porque as melhores oportunidades desaparecem muito rapidamente. Aliás, as melhores oportunidades nem chegam à internet. Nesse sentido, procurar ajuda profissional junto de um agente imobiliário de confiança, é a melhor forma de se conseguir um bom negócio”, finalizou José Marques.

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