Efapel: Qualidade e competitividade elevam empresa portuguesa para o mundo
Fundada em 1978, pelo cofundador Américo Duarte, a EFAPEL é especialista no desenvolvimento e fabrico de produtos para instalações elétricas. Reconhecida no mercado pelos elevados padrões de qualidade. Em conversa com a Revista Business Portugal, Américo Duarte recordou o passado e projetou o futuro da empresa, que passa pelo crescimento.
Boa relação qualidade-preço, rapidez e segurança na instalação e comodidade para o utilizador: são estes os pilares basilares do trabalho da empresa. Estas caraterísticas competitivas respondem às necessidades do mercado que, cada vez mais, se mostra exigente nos valores que defende. “Temos que cuidar da qualidade não só para o instalador, mas também para o utilizador que não tem conhecimentos da área. Fácil de montar e de usar é o nosso lema principal”, explica o proprietário. A qualidade não se determina apenas pela parte técnica, mas, também, pela aparência e, por isso, Américo Duarte refere que “o design é fundamental na apresentação dos nossos produtos”.
Com sede numa das mais centrais regiões portuguesas, Coimbra, a EFAPEL tem uma equipa jovem que conta com cerca de 400 profissionais, distribuídos por quatro unidades industriais dotadas da mais recente tecnologia. A empresa certificada segundo as normas de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental e Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolve e fabrica produtos de qualidade para instalações elétricas de baixa tensão. Com mais de 40 anos de experiência no mercado elétrico, a EFAPEL disponibiliza ao mercado gamas de equipamentos que permitem projetar e executar instalações elétricas.
A especialização da equipa e a garantia de processos sustentáveis e eco-friendly são fatores determinantes para a garantia da qualidade nos seus produtos. Por isso, a EFAPEL aposta na constante formação dos seus colaboradores. O desafio é sempre delinear novas estratégias e ferramentas para vender qualidade ao melhor preço – os processos de fabrico cada vez mais evoluídos e automatizados são uma grande ajuda. Mas a produção é ainda, em algumas referências, feita em processos semiautomáticos, e por isso a equipa é um elemento basilar para o sucesso da EFAPEL.
Experiência que se faz de história
A história da empresa remete aos anos após a mudança de regime em abril de 1974 e à “falta de oferta de produto que se sentia na confusão do pós-25 de abril. Era normal, na época, que esta mudança de regime provocasse uma convulsão e, naturalmente, o mercado ressentiu-se”. Américo Duarte percebeu que “poderíamos gerar oferta para o mercado e acrescentar valor”, pôs ‘mãos à obra’ e deu vida à EFAPEL.
Porém, durante o processo de criação da EFAPEL, deu-se uma “recuperação do mercado e, no início dos anos 80, já não havia falta de produto”, explica o proprietário. “Começámos, por isso, com dificuldades e a um ritmo lento, mas não desistimos. Começámos a registar crescimento, ainda que não fosse algo exponencial, até porque a nossa região não tem tradição industrial deste tipo”.
Novas visões, novos mercados
O avanço da indústria fez com que a empresa procurasse evoluir e “crescer não só na cota de mercado, mas também na melhoria de condições para produzir melhores produtos”. O entrevistado realça a “redução do custo de produção como um dos principais elementos para o nosso crescimento. Conseguimos ter um produto com qualidade, preço atrativo e serviço que nos permitiram competir fora do território português”. Assim, nasceu o processo de internacionalização da EFAPEL.
Espanha, rapidamente, revelou uma abordagem infrutífera, apesar da proximidade de localização. O nacionalismo do povo espanhol fez com que o produto português não vingasse de imediato no mercado. A fase de apresentação da empresa aos mercados internacionais fez-se de forma gradual, com várias mutações à estratégia de comunicação, inicialmente definida. Se, num primeiro momento, o empresário optou por apostar na participação em feiras e eventos do setor na região da Alemanha, rapidamente percebeu que o contacto direto com o distribuidor seria o melhor caminho.
Numa segunda fase de aproximação ao mercado espanhol, a EFAPEL optou pela “criação de uma subsidiária, promovendo a contratação de colaboradores locais”. Foi esta decisão da empresa que moldou a perceção do mercado – produção com a qualidade portuguesa, em território espanhol. Uma aposta ganha, uma vez que, no último ano, a empresa registou uma faturação média de 9 milhões de euros nesta região.
Em exclusivo à Revista Business Portugal, o empresário revelou que a EFAPEL “criou também no final do ano de 2018 uma subsidiária em França, entrando oficialmente neste mercado”. Esta aposta no mercado francês faz parte da estratégia de promoção internacional da empresa, respondendo a novas necessidades.
Nas várias feiras e eventos do setor que realizam ao longo dos anos, têm “conseguido estabelecer acordos, negócios e parcerias com importadores e exportadores de todo o mundo”. Em muitos dos casos, destaca Américo Duarte, “parcerias determinantes para o nosso crescimento no mercado da exportação, tendo neste momento 1/3 das vendas no mercado externo”.