EDUdigital: Inovação na Aprendizagem

Numa entrevista exclusiva, Ricardo Santos, Executive Director da EDUdigital, dá a conhecer o universo da empresa, destacando a implementação de plataformas eLearning e desenvolvimento de conteúdos digitais para melhorar a igualdade entre as pessoas, favorecer o acesso a formação de qualidade e promover a aprendizagem ao longo da vida.

 

Ricardo Santos, Executive Director

 

Quais são os serviços que a EDUdigital fornece, destacando o que a diferencia das outras empresas de eLearning?

O que nos diferencia é sermos especialistas em aprendizagem assíncrona e online, utilizando tecnologias inovadoras e softwares de código aberto, que garantem uma relação custo-benefício vantajosa no mercado de Portugal. Fornecemos a instalação de plataformas de eLearning Moodle e Totara; a produção de cursos eLearning multimédia à medida dos clientes; a formação em TICs e entrega de dezenas de conteúdos digitais como entidade formadora certificada; o desenvolvimento de serviços web e programação de aplicações móveis; e ainda a configuração de sistemas de integração, autenticação, desenvolvimento de plugins, sistemas de análise online, entre outros.

A EDUdigital tem mais de dez anos de experiência em soluções eLearning. Como é que se posicionam no mercado português e internacional em relação à oferta de cursos e formações online de excelência?

A EDUdigital tem um posicionamento de nicho de mercado, em quaisquer dos quatro países onde possui equipas de trabalho. Trabalha em diversos setores de atividade, sempre no B2B (business to business), privilegiando as organizações que são atomizadas e que necessitam de formar constantemente os seus colaboradores ou estudantes. A empresa trabalha sobretudo nos mercados dos países de língua oficial portuguesa, e possui escritórios em Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde, com alguns projetos noutros países. O posicionamento de sermos especialistas em eLearning, possui dois pilares, que são o desenvolvimento e instalação de plataformas de aprendizagem, web services e apps móveis, e por outro lado, a produção e o design multimédia de cursos de eLearning à medida do cliente, com uma biblioteca de cursos certificados de eLearning e com formadores e parceiros que nos permitem criar formações em microlearning, com gamification, com extração de reports analíticos e que visam proporcionar uma experiência de aprendizagem ao formando que tenha impacto no seu cargo ou na sua formação académica.

A EDUdigital aposta em plataformas e conteúdos personalizados, adaptados às necessidades de cada cliente. Como funciona este processo de personalização e quais os principais benefícios para os clientes?

A EDUdigital tem uma abordagem personalizada a cada cliente, para conhecer as suas lacunas. Agenda reuniões periódicas, faz um processo de diagnóstico de necessidades, faz a análise de requisitos técnicos, para executar depois um plano de serviços de desenvolvimento, na configuração das plataformas, no hosting gerido em servidores, nos serviços web com integração com outros sistemas, na produção de conteúdos digitais à medida, desde animações em motion graphics até produção de vídeo e a oferta de dezenas de cursos de formação online. Todos os processos começam com um alinhamento e induction report aos clientes e um adequado diagnóstico do negócio do cliente. Utilizamos, maioritariamente, dois tipos de metodologias, que são a metodologia Agile no desenvolvimento de plataformas e sistemas de aprendizagem. E a metodologia ADDIE na produção de conteúdos digitais, nomeadamente, a avaliação, o design, o desenvolvimento, a implementação e a avaliação final do impacto do curso e do seu design multimédia no objetivo especifico da formação. Esta personalização começa com o design de protótipos de cursos e de planeamento de plataformas, que depois são validadas pelo cliente num processo com três fases, realizado em co-construção, com uma implementação por parte de equipas de informática, de design multimédia, de gestores de projeto, de formadores especialistas e gestores pedagógicos que desenvolvem as atividades dentro de um cronograma definido, com flexibilidade em termos de tecnologias e ferramentas de autoria, e com prazos limite, geralmente com equipas muito próximas em termos de comunicação.

A EDUdigital destaca a sua equipa multidisciplinar, com experiência em diversas áreas. Como esta diversidade de competências contribui para a qualidade e a excelência das formações online desenvolvidas pela EDUdigital?

O setor do eLearning  ainda tem apenas 20 anos, como o conhecemos hoje, sendo que houve um grande impulso em 2020, com a pandemia da Covid-19. Costumo utilizar a expressão que “durante oito anos, evangelizei para as tecnologias e todos me diziam que era muito interessante, mas sem se implementar, e depois em oito meses, todos os clientes já queriam utilizar as plataformas eLearning e produzir os cursos eLearning, para resolver os novos desafios do confinamento e distanciamento social. Daí que o nosso setor das tecnologias na aprendizagem, nomeadamente, software para a formação, tem ainda escassez de talento nas empresas e nas universidades ainda não existe propriamente licenciaturas nesta área, pelo que cada projeto nosso tem cerca de seis a sete pessoas que se complementam para aportar valor e qualidade a cada projeto, entre gestores de desenvolvimento de negócio, designers instrucionais, formadores especialistas em conteúdo, learning managers, web developers e designers multimedia.

Com mais de 90.000 utilizadores ativos e mais de 100 clientes em todo o mundo, a EDUdigital tem uma vasta experiência em projetos eLearning. Quais os principais desafios e recompensas de trabalhar com esta escala de projetos e com clientes tão diversos?

Os nossos peritos de desenvolvimento de sistemas de aprendizagem e cursos eLearning tem como maiores desafios, manter um processo de melhoria contínua e de qualidade nos projetos executados, mantendo simultaneamente muita comunicação, e cumprimento de prazos com os clientes externos, mas também os clientes internos (colegas e parceiros), pois as nossas equipas estão dispersas remotamente. Trabalhamos com formadores e com profissionais de países diferentes, num mundo sem fronteiras, de forma a aplicar as melhores práticas e as mais recentes tecnologias em qualquer cliente, em países que vão desde Timor-Leste até à África do Sul. Isto implica um grande espírito de entreajuda e uma permanente adaptação a cada projeto e necessidade, fazendo o necessário ajustamento às multinacionais, às grandes empresas nacionais privadas, às entidades públicas e às entidades sem fins lucrativos. É também fundamental para a EDUdigital manter a sua rede de parceiros e marcas que representa e, por isso, estamos, anualmente, presentes nas feiras internacionais de eLearning, para acompanhar o que, de melhor se está a fazer desde a Austrália até aos EUA, passando pela Europa e África. Procuramos aprender com os melhores players internacionais e aplicar as mais recentes versões e tendências aos conteúdos e plataformas que implementamos em Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde.

Como é que a EDUdigital se posiciona em relação à democratização do acesso à educação e formação, especialmente em mercados lusófonos?

Acreditamos que as tecnologias open-source que utilizamos nos dão mais flexibilidade, mais escolhas de fornecedores e criam mais oportunidades para os países onde trabalhamos e para as empresas e entidades que possuem grande número de formandos e que necessitam de fazer formação permanente, quer em formação técnica, quer em formação comportamental. E dentro deste paradigma, procuramos cada vez mais, seguir as tendências em que os clientes valorizam mais o serviço e a conveniência do nosso suporte técnico, e não propriamente as marcas; valorizam mais o microlearning e não tanto a formação intensiva e presencial; valorizam os processos de entrega de conteúdos mais rápidos e utilizando assistentes de inteligência artificial nos nossos LMS (Learning Management Systems).

A EDUdigital assume um compromisso forte com a responsabilidade social através do apoio a diversas entidades ou associações. Como é que esta visão de impacto social se reflete na missão da EDUdigital e no seu trabalho com formações e cursos online?

A génese da EDUdigital e a sua visão é que podemos, através das tecnologias, criar mais facilidade das pessoas acederem à aprendizagem, e de forma mais económica. A EDUdigital está presente, desde as idades dos jovens universitários com o Ensino a Distância até aos profissionais de topo e gestores séniores das empresas com o eLearning. E acreditamos que, tudo aquilo que os nossos clientes nos dão (desde o setor financeiro até ao setor público, desde o ensino superior até às entidades sem fins lucrativos), a EDUdigital também deve devolver à sociedade. Ou seja, o que as empresas e as entidades públicas nos dão, a EDUdigital também deve devolver uma parte, entregando uma percentagem dos seus lucros anuais a projetos de solidariedade social em Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde, a entidades  sem fins lucrativos, que atuam na área da promoção do desporto juvenil, da saúde, da solidariedade com os mais frágeis. Além do impacto social, estamos muito comprometidos com o impacto ecológico da nossa atividade, pois as plataformas e os cursos digitais de desenvolvemos para os nossos clientes, também mudam o mundo, com uma consciência de preservar o planeta – produzimos menos 85% de CO2 no eLearning, quando comparado à formação em sala de aula.

Como a EDUdigital olha para a IA? É uma ameaça ou oportunidade?

Neste momento, ainda não sabemos onde a inteligência artificial nos pode levar, até devido a alguns temas de ética, mas o que sabemos é que é incontornável. Neste momento, a inteligência artificial, é também uma oportunidade para a EDUdigital se desenvolver, pois a nossa próxima versão do Totara LMS já vai possuir um assistente de IA para a gestão de formações e já utilizamos alguns serviços automatizados, como a criação de guiões instrucionais, elaboração de animações e vídeo, criação de  microlearning, geração de locuções, entre outros, com recurso a inteligência artificial  – se bem que existem ainda várias limitações da IA, que nos obrigam a que tenhamos de utilizar, necessariamente, as equipas para controlo de qualidade.

 

 

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