CSWind Portugal um modelo de inovação e sustentabilidade
A CSWind Portugal tem-se destacado no setor de energia eólica como um modelo de inovação e sustentabilidade. Sob a liderança de HJ Moon, a empresa não só impulsiona o desenvolvimento de tecnologias avançadas, como também fortalece o seu compromisso com práticas ambientais responsáveis. Em entrevista, HJ Moon, Head of CSWind Portugal, partilha insights sobre a trajetória da empresa, os desafios enfrentados e as ambições para o futuro, reafirmando a missão de contribuir para um mundo mais sustentável.
Como é que foi o percurso da empresa desde a sua fundação até à criação da CSWind Portugal? Quais foram os principais marcos e desafios enfrentados ao longo deste percurso?
A CSWind Portugal foi efetivamente fundada em fevereiro de 2022, apesar da aquisição inicial ter sido feita em outubro de 2021 e, desde então, tem sido um processo de investimento para melhorar a produtividade e capacidade de produção. Ao longo deste tempo, houve muitos desafios, principalmente no início, pois tudo foi um pouco confuso, o que creio ser normal num processo de aquisição e fusão. Depois, conseguimos estabilizar e estabelecer uma organização forte para lidar com todos os objetivos a que nos propusemos nessa altura e que surgem todos os dias. Houve muitos momentos marcantes, mas destaco a aquisição a 100% do capital da anterior empresa e, consequente, nascimento da CSWind Portugal, a Cerimónia de Groundbreaking em março de 2023 e a mais recente Cerimónia de Inauguração em maio de 2024, na qual comemorámos a conclusão da construção da nova fábrica.
A CSWind é reconhecida pelos seus sistemas de produção e gestão de qualidade. Quais são os principais fatores que contribuem para a excelência operacional e como é que garantem a qualidade dos produtos que fabricam?
A CSWind coloca a equipa de Produção e Qualidade na mesma posição e tem o mesmo nível de importância dentro da organização. Isto é o espelho da nossa política de “nunca comprometer a qualidade” para servir o cliente. Existe um diálogo aberto entre ambas as partes e um controlo efetivo entre todos para que o produto final seja executado, cumprindo os maiores níveis de exigência do mercado, colocando assim a CSWind numa posição de vantagem face aos seus concorrentes.
A CSWind Portugal está estrategicamente localizada para atender aos mercados onshore e offshore europeus. Como é que essa localização estratégica tem beneficiado a empresa e quais são os principais mercados que a empresa atende atualmente?
A escolha de Portugal para o investimento da CSWind já teve em conta a questão que menciona. Atualmente, exportamos diretamente para a Costa Este dos EUA, mas temos já na calha projetos para a Europa e o mercado offshore está em pleno desenvolvimento. O Reino Unido, a Alemanha, entre outros, são outros mercados que nos interessam particularmente.
O que distingue a CSWind Portugal dos seus concorrentes no mercado de energia eólica? Quais são os principais fatores diferenciadores que posicionam a empresa como líder no fabrico de torres eólicas?
A CSWind é uma empresa global, com oito unidades industriais espalhadas pelo mundo. Isto, só por si, é uma enorme vantagem, porque podemos beneficiar dos conhecimentos e suportar-nos mutuamente. Desde a China aos Estados Unidos, passando pelo Vietname e, mais recentemente, pela Dinamarca, existe um número de profissionais altamente especializado e qualificado, que diariamente pode trocar conhecimento entre si e desenvolver novas ideias para solucionar problemas. Adicionalmente, se uma entidade dentro do Grupo desenvolve uma tecnologia, podemos beneficiar dessa tecnologia e aplicá-la, sem custos adicionais de testagem, pois já foi colocada à prova noutras entidades, nos mesmos processos que temos em Portugal. Acima de tudo, temos a particularidade de conseguir trabalhadores especializados de outras entidades do Grupo CSW quando necessário e isso é uma tremenda vantagem face às dificuldades do mercado atual em matéria de recrutamento. Com os atuais défices do mercado, em termos de trabalhadores especializados nas áreas de soldadura, serralharia, pintura e controlo de qualidade, a possibilidade de aceder a esta mão de obra é muito importante, enquanto apostamos na formação de pessoas localmente e nas nossas parcerias com as entidades de formação e educação nacionais, particularmente na área de Aveiro.
Em 2023, a CSWind adquiriu a Bladt Industries A/S, expandindo o seu escopo para subestruturas eólicas offshore. Como é que esta aquisição tem impactado as operações da CSWind Portugal e quais são as expectativas para o futuro com esta nova capacidade?
As fundações offshore serão a nossa próxima grande aposta e gostaríamos de torná-las um dos nossos produtos principais, e a aquisição da Bladt foi o primeiro passo nessa direção. Também em Portugal, a CSW PT, com a concessão de terreno adicional no Porto de Aveiro, tem planos para produzir fundações offshore, mas esta produção será totalmente alinhada com a CSW Offhore (atual nome da Bladt) e acreditamos que as duas entidades criarão uma ótima sinergia para produção deste tipo de equipamento.
A CSWind Portugal foi reconhecida como Empresa Gazela 2023. O que significa para a empresa receber este reconhecimento e quais foram os fatores que contribuíram para este sucesso?
Desde a aquisição da ASM Industries, que a CSWind Portugal tem feito um forte investimento para melhorar a sua produtividade e capacidade de produção, com um aumento significativo em ambos. Neste sentido, melhorámos significativamente os nossos indicadores financeiros e conseguimos mostrar o nosso crescimento sustentável. O Prémio Gazela é um reconhecimento do nosso esforço e torna a CSW Portugal uma empresa de referência no país, o que muito nos orgulha.
A CSWind está comprometida com a promoção da energia renovável e sustentabilidade. Como é que a CSWind Portugal tem contribuído para o desenvolvimento sustentável?
A CSWind Portugal está sempre alinhada com a estratégia do Grupo CSW e estamos a produzir torres e fundações com a mais avançada tecnologia, o que é central para os nossos produtos. Assim, sabemos que os nossos produtos têm um grande impacto na produção de energia renovável. Também temos um objetivo claro para a próxima década de desenvolver o nosso negócio para o próximo nível e ser a empresa número 1 quer na produção de torres, quer na produção de fundações offshore.
Quais são os objetivos a longo prazo da CSWind Portugal e quais estratégias estão a ser implementadas para atingir esses objetivos? Em particular, como pretendem alcançar a meta dos 2.500 colaboradores até 2030?
Neste momento, em termos de torres offshore, temos a nossa capacidade produtiva vendida até 2030. Com o novo investimento e a perspetiva de iniciarmos a produção de fundações offshore, temos um claro objetivo de sermos cerca de 2500 colaboradores em 2030. Sabemos que é um grande desafio, nomeadamente face às dificuldades que são conhecidas de contratar pessoas especializadas. Conforme já foi referido, temos a vantagem de poder recorrer às outras empresas do grupo para suprir algumas das necessidades. Estamos também a trabalhar na formação interna com parcerias bastante sólidas com entidades de educação e formação da nossa região e já desenvolvemos projetos de recrutamento em países estrangeiros, onde existe mão de obra especializada, o que pretendemos eventualmente repetir. As estratégias que contamos desenvolver, ao longo dos próximos anos, visarão suportar este crescimento, em termos de número de colaboradores, de forma sustentada, mas também pretendemos focar-nos em conseguir ter condições para que todos os atuais e futuros colaboradores da CSWind Portugal possam crescer juntamente com a empresa.