CANEVI: mais do que uma marca, uma família

Movida pela paixão pelo universo da moda e em especial pelo calçado, herdada pelo avô, Patrícia Martins, uma jovem empreendedora com uma forte ligação às suas origens fez nascer, em 2015, a CANEVI (Calçado Nelson Vilarinho), que mais do que uma marca, é uma família. Apesar dos desafios e obstáculos iniciais, pela sua jovialidade, conseguiu impor-se no mercado e, hoje, a marca alcança milhares de pessoas, fruto do seu trabalho e da equipa que a acompanha.

 

A Patrícia Martins, uma jovem lutadora, ambiciosa e empreendedora, é rosto do projeto CANEVI. Desde cedo que definiu o caminho a seguir e decidiu ir à luta com o objetivo de um dia ser uma empresária de sucesso?  

Sim, desde sempre soube aquilo que queria. Não sabia que seria uma loja on-line. Inicialmente o objetivo era abrir uma loja física, mas devido a uma crise que o país atravessava, era muito arriscado o investimento. Desistir nunca fez parte dos meus planos, por isso tentei arranjar uma solução. Foi aí que surgiu a ideia do Facebook, que na altura ainda era uma novidade. Posso dizer que a Canevi foi uma das primeiras lojas do Facebook em Portugal.

 

A paixão pela moda e em especial pelo calçado foi algo que sempre lhe correu no sangue, mas também hereditário, passou de geração em geração. Como mulher, quais têm sido os principais de desafios no seu percurso?

No início, foram muitos os desafios. Ninguém me levava a sério, principalmente quando comecei com a roupa, pois eu era uma miúda de 22 anos a entrar em grandes armazéns para comprar artigo. Hoje em dia, até me servem cafezinho à porta. Os fornecedores de calçado já conheciam os meus pais, e aí já era diferente.

 

 

Com apenas 22 anos deu os primeiros passos no mundo digital, com a criação da loja on-line de venda de calçado com o nome “Calçado Patrícia Martins”. Quais eram os seus objetivos e expectativas iniciais?

Eu sempre sonhei muito alto. Eu acreditava que conseguia conquistar o mundo, este sempre foi o meu pensamento.  Claro que nem tudo é um mar de rosas, e como o meu pai me dizia, “és nova, tens tempo para arriscar, se correr mal levantas-te outra vez”.

E foi o que aconteceu. Às vezes temos de cair para ficarmos mais fortes e amadurecermos no negócio. Hoje, o pensamento é outro. Os passos que dou como empresaria são muito bem estruturados antes de os concretizar.

 

A partilha da paixão pelo calçado com o avô Nelson Vilarinho e como forma de o homenagear, fez “nascer”, em 2015, a CANEVI (CAlçado NElson VIlarinho). Hoje, a marca tem uma loja on-line, com um website profissional. Era fundamental criar uma marca com significado, que a ligasse às suas origens e de certa forma a identificasse?

Para mim sempre foi muito importante ter um nome em que houvesse uma ligação, acho que é fundamental, quando falo da CANEVI, falo com o coração. CANEVI não é só um nome, significa família.  Tudo isto começou pelo meu avô, daí a homenagem. Depois o meu pai deu seguimento nas feiras com a minha mãe. Hoje, não estou nas feiras, mas sim num mundo bem maior.

 

Sendo uma mulher com uma forte ligação à sua família e às suas origens, os seus pais foram uma grande influência no desenvolvimento e sucesso deste grande projeto, mas também no seu desenvolvimento pessoal?

Sim foram, principalmente o meu pai. Foi com ele que comecei tudo.  Hoje em dia, já não estão juntos e acho que a separação deles fez com que eu amadurecesse muito no negócio. Tive de começar a dar os primeiros passos sozinha. Foi muito difícil, foi nessa fase que quase deitava tudo a perder, mas tenho uma família linda, duas meninas e o melhor marido do mundo, que me ajudou muito.

 

Apesar das dificuldades e contratempos, desistir nunca fez parte do seu vocabulário. Quais são as suas maiores ambições pessoais e profissionais?

A minha maior ambição, neste momento, a nível profissional é conseguirmos manter a empresa no nível que está. Os nossos diretos têm sido um sucesso, conseguimos ter sempre um alcance de mais de 200 mil pessoas por direto e temos uma média de 1500 a 2000 mil pessoas. No pós-direto, o vídeo atinge mais de 100mil visualizações.

A nível nacional ainda não encontrei uma loja que atinga estes números. Este era o meu objetivo, criar uma comunidade/família on-line. E esse objetivo foi comprido! Agora é continuar a crescer.

Claro que nada disto era possível sem a equipa que tenho, hoje somos cinco em armazém. Costumo dizer que não são minhas funcionárias e sim minhas colegas de trabalho/amigas. É muito importante mantermos uma boa relação com a equipa, e eu preservo muito isso.

 

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