Associar os vinhos à riqueza do território

A Casa Alvarinho de Canhotos é uma empresa familiar do ramo da vitivinicultura. A Revista Business esteve à conversa com Hugo Rodrigues, Sócio-Gerente, que nos desvendou o universo da empresa e dos programas que dispõe para tornar as visitas numa experiência exclusiva e desbravar novas áreas, não se cingindo apenas aos vinhos.

 

 

 

Quem é a Casa de Canhotos, Produtores Alvarinho?

A Casa de Canhotos, Produção de Alvarinho é uma empresa familiar, que se dedica, essencialmente, à produção de uva e à posterior transformação numa grande diversidade de vinhos.

 

 

 Falou-me em vinhos. Sabemos que alguns são premiados nacional e internacionalmente. E já agora fale-nos da nova referência que saiu recentemente para o mercado.

É verdade, temos vinhos premiados nacional e internacionalmente, mas vamos por partes. Por norma, fazemos uma seleção dos concursos que vamos concorrer pensando sempre no público-alvo, ou seja, se queremos entrar num mercado tentamos participar em concursos que sejam apreciados pelos consumidores. Felizmente, os nossos vinhos têm tido bastante reconhecimento e posterior aceitação nesses concursos de maior renome e, em consequência disso, bastante aceitação nesses mercados. Em termos nacionais, só concorremos ao da Comissão Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), com Canhotos Sublime-Espumante e Casa de Canhotos Alvarinho e, por exemplo, o espumante, no último concurso, foi distinguido com a medalha de ouro. Já em relação ao Vermute de Alvarinho, foi uma aposta que fizemos, um produto único em Portugal. Lançámos em abril do ano transato e a procura tem sido imensa, mas humildemente digo, nada que nos surpreenda, pois durante a longa prospeção realizada, todas as pessoas que o provaram ficavam fãs. Neste momento, é muito procurado pelo setor de bares e hotelaria, mas temos a distribuição centrada praticamente na Garrafeira Nacional e na nossa adega. Para conseguir perceber a qualidade do mesmo a melhor forma é mesmo degustando o produto.

 

 

 

 

Sabemos que o projeto Casa de Canhotos pretende ir para além dos vinhos, fale-nos disso?

É verdade. O nosso projeto pretende associar os vinhos a tudo que há de bom no nosso território. A gastronomia com os nossos produtos locais, a montanha, o rio, as nossas gentes, tudo quanto é a nossa riqueza natural que dá tanta margem para a explorar. Por exemplo, ainda ontem fizemos um programa a um grupo, que o recebemos na nossa adega, e fizemos-lhe uma prova comentada. Terminada a mesma subimos até à montanha e desde o Santuário de S. Tomé, mostrámos, através de paisagens exuberantes, parte da nossa sub-região. Depois disso descemos até ao rio e os nossos anfitriões tiveram oportunidade de se deslumbrar, com as pesqueiras ancestrais de onde são provenientes as lampreias e o sável e toda a beleza única da envolvência. Voltámos novamente para a adega e em forma de aperitivo, foi a vez dos nossos turistas se deliciarem com tábuas de produtos locais acompanhados da nossa gama de vinhos. Para terminar, seguimos para o nosso restaurante, que fica ali ao lado e saborearam a nossa gastronomia. Mas isto é apenas um programa de vários que podem passar por desportos radicais, desportos aventura, trilhos, visitas a museus e tantas outras coisas que o nosso território nos permite oferecer. Um projeto simples, versátil e capaz de ir ao encontro daquilo que o nosso cliente procura, mas sempre com o objetivo claro de ser possível reinventar, para que no ano seguinte, o turista nos visite e já tenha outras propostas à sua espera.

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