Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor: Uma associação que potencia o melhor de cada negócio

Tem quase um século de existência e tem como principal objetivo apoiar, representar e defender os seus associados, bem como os respetivos negócios de cada um. Henrique Gigante, Presidente da Direção da Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), esteve à conversa com a Revista Business Portugal e explicou o que, juntos, ainda podem proporcionar aos associados, empresas e empresários.

A Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor foi criada em 1920 com o objetivo de enriquecer e apoiar a economia dos três concelhos. De que forma é que é feito esse trabalho?
As associações empresariais detêm uma especial missão, que passa por potenciar negócios e a economia dos territórios onde se inserem. Uma das formas de o fazer é com a identificação dos desafios ao desenvolvimento empresarial, com a deteção e eliminação de estrangulamentos, para depois delinearmos os caminhos para um futuro económico coeso, concertado e integrado. A atual direção aposta, sobretudo, na criação de sinergias, nas parcerias, no diálogo permanente com os agentes económicos locais e regionais das áreas do comércio, dos serviços, da indústria e do turismo, sendo estas as áreas que a AECBP abrange.

Como é constituída a equipa da AECBP? Quantas pessoas trabalham diariamente na associação?
Tenho a honra de presidir, desde há quase um ano, a uma Direção com empresários dinâmicos, jovens e motivados. É de facto uma equipa diretiva que por natureza é multidisciplinar e desde logo porque os próprios Estatuto assim obrigam, dado que as direções têm de incluir empresários das quatro áreas que abrangemos – Comércio, Serviços, Indústria e Turismo. Quanto a funcionários, trabalham diariamente três excelentes profissionais na AECBP e com um elevado nível de motivação, que têm sido fundamentais neste projeto de restruturação, de renovação e de rejuvenescimento desta Associação. Hoje, a AECBP é uma associação com mais serviços, voltada para fora, com mais presença, dialogante e, acima de tudo, focada na sua missão, em dar o seu melhor contributo com o objetivo de enriquecer e ajudar a alavancar a economia dos três concelhos.

Pode falar-nos sobre os vários serviços que têm ao dispor dos vossos associados?
São realmente vários os serviços ao dispor dos nossos associados, dos quais destaco três, a começar pelo Gabinete Jurídico. A reabertura deste gabinete foi a primeira medida implementada por esta direção. Depois o Gabinete de Apoio à Inovação, criado este ano como estímulo à inovação e à competitividade, com o objetivo de capacitar as PME na progressão da cadeia de valor. Por último, o serviço de apoio aos associados que considero o pilar de funcionamento da associação e é este o que representa efetivamente a essência de uma associação empresarial.

Quais são as maiores dificuldades, a nível empresarial, nesta região?
Hoje as nossas empresas têm cada vez mais falta de mão-de-obra, escasseiam pessoas no interior do país para produzir e alimentar o resultado das estratégias comerciais que as empresas implementaram, muitas vezes com os apoios de programas europeus e nacionais. E é este o novo paradigma, o novo desafio: temos de ter a capacidade de delinear estratégias que tenham por base as pessoas. O esvaziamento de quase dois terços do território nacional é finalmente assunto com assento no Conselho de Ministros. Vejo com grande expectativa a criação do Ministério da Coesão Territorial. Espero que a partir de agora a região seja vista noutra perspetiva, que se perceba de uma vez por todas que o desenvolvimento de Portugal passa obrigatoriamente pelo desenvolvimento do interior do país, que esta região tem condições e recursos únicos que é preciso potenciar e que, para isso, há que implementar medidas mais efetivas, abolir as portagens na A23 e na A25, deslocalizar organismos governamentais para o interior, entre outras. Os diagnósticos estão feitos, é preciso medidas concretas. A AECBP está disponível para ajudar a construir esse futuro. O nosso território é riquíssimo em recursos e uma grande mais valia é a proximidade com Espanha. A nossa localização é, na verdade, central relativamente ao país vizinho e daí a importância da construção do IC31 e da conclusão da Linha da Beira Baixa, com reabertura do troço Covilhã-Guarda que nos ligará à Linha da Beira Alta e a Espanha.

Com quase 100 anos de história, quais são os feitos mais marcantes da associação?
A associação tem uma história riquíssima. Um século de história representa um peso muito relevante desta Associação nos territórios que representa. Foi fundada em 1920 com a designação de Associação Comercial dos Lojistas. Nasceu num contexto de pós 1ª Grande Guerra e da necessidade de as classes se organizarem na defesa dos seus interesses e princípios. Em 1939, por imperativo legal, transformou-se em Grémio do Comércio do Concelho da Covilhã, por alvará de 19 de setembro de 1940. No dia 25 de outubro de 1956, por Alvará do Ministro das Corporações e Providência Social, o Grémio passou a designar-se por Grémio do Comércio dos Concelhos da Covilhã, Belmonte e Penamacor. Foi um passo importante para esta Associação, uma vez que viu alargada a sua área de jurisdição aos concelhos limítrofes, caracterizando-a com objetivos regionais. Com a revolução de abril o panorama associativo foi alterado e o Grémio deu lugar à Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Covilhã, Belmonte e Penamacor. Em setembro 1983, adquiriu o edifício onde está instalada, no centro histórico da Covilhã. Em janeiro de 1995 foi publicado no Diário da República a concessão da declaração de utilidade pública. A 3 de maio de 2001, por alteração deliberada em assembleia geral extraordinária, a Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Covilhã, Belmonte e Penamacor passou a denominar-se Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor.

Por onde passa o futuro? Existem projetos para breve?
O futuro passa pelo processo de estabilidade da associação empresarial em todos os contextos. Pela estabilidade da relação com os associados, pela aposta nos serviços de apoio aos pequenos comerciantes e empresários. Numa visão mais a longo prazo, passa por reestruturar a associação a fim de garantir a estabilidade das próximas décadas. Um dos grandes projetos para o ano de 2020 é o centenário da instituição e fazer coincidir uma restruturação com esta data, relembrando as origens, os percursos e as pessoas, é uma grande oportunidade para a AECBP.

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