“A qualidade sempre foi a imagem de marca da Bianchi”

Bianchi Vending é a empresa que pretende mostrar o seu bom posicionamento no mercado através da qualidade.  Alexandre Peres, general manager, em entrevista à revista Business Portugal, revela as últimas tendências, as inovações e o que será o futuro da Bianchi.

Começo por lhe pedir que nos apresente a Bianchi Vending e como chega a mesma a Portugal.

A Bianchi Vending nasce pelas mãos de Angelo Trapletti, na altura no ramo das bicicletas, e em 1959 nasce a Nuova Bianchi já direcionada para o setor do vending. Entretanto deu-se a entrada de diversos fundos (General Electric Equity e Abn Amro), sendo que em 2008 a família Trapletti vende a sua quota à FA Capital – fundo gerido pela Goldman Sachs.  Passados seis anos, a família fundadora volta a adquirir a empresa, dando-se assim a criação da Bianchi Vending SPA, e em 2015 dá-se a aquisição da famosa marca de canal Horeca Brasilia, sendo então criado o Grupo Bianchi Industry que detém a Bianchi Vending, a Brasilia e a BI-Shop (retalho 24/7). Em Portugal, a Bianchi Vending Portugal nasce em 2003, através da fusão com o então distribuidor da Bianchi em Portugal, sendo hoje detida a 100 por cento pelo Grupo Bianchi Industry.

São uma empresa de produção de máquinas automática. Poderá especificar-nos cada uma das áreas que abragem?

A Bianchi tem três segmentos distintos: bebidas quentes, snacks e o canal horeca, reforçado agora com a aquisição da Brasilia.

O que difere os vossos equipamentos dos restantes existentes no mercado?

A Bianchi sempre investiu muito na inovação e são quatro os pilares que temos como imagem de marca dos nossos equipamentos: qualidade, interação, modularidade e capacidade.

A qualidade sempre foi imagem de marca da Bianchi, nomeadamente ao nível da qualidade da bebida a servir, razão pela qual temos diversas tecnologias para diferentes mercados, como sejam os sistemas de vácuo, a possibilidade de leite fresco, de fresh brew ou os dispensadores de toppings, para citar alguns.

No que diz respeito à interação, é importante que o utilizador tenha uma experiência simples e intuitiva, pelo que os nossos touchscreens (de 7’’ até 42’’) permitem que o utilizador percorra menus, escolha o tipo de copo, adicione ou remova ingredientes de uma forma intuitiva em apenas alguns clicks.

Por outro lado, a modularidade dos nossos equipamentos permite que uma mesma máquina permaneça atual por mais tempo. Por exemplo,  um cliente pode comprar hoje uma máquina com um teclado SAW  e alguns anos mais tarde poderá adquirir um Touch com outras funcionalidades.

Por último a capacidade, que para o nosso cliente é extremamente importante, pois mais capacidade implica menos visitas aos locais para reabastecimento, logo menos custos operativos. Por exemplo, no caso dos snacks apresentámos agora a ARIA XL que permite a colocação de 60 tipos diferentes de snacks mais 136 latas. Tal capacidade vai fazer com que se o operador vá menos vezes abastecer as máquinas, logo irá otimizar os custos operacionais neste mesmo local.

Consegue eleger o vosso premium? Porquê este?

A Bianchi Vending tem vindo a inverter uma tendência de anos – o facto de desde sempre os equipamentos serem desenvolvidos a pensar no operador – e passou a desenvolver equipamentos a pensar no cliente final, através da interação, ou por outras palavras pela possibilidade que é dada ao consumidor de inúmeras escolhas de bebidas. Se o cliente do nosso cliente ficar satisfeito, o nosso cliente vai ficar satisfeito porque vai rentabilizar o seu negócio de uma forma mais célere. De momento, todos os nossos equipamentos estão disponíveis com touchscreens, possibilidades de toppings sólidos, toppings líquidos, etc.

Hoje é possível estar à espera do metro ou do avião e ir a uma máquina nossa e beber um cappuccino com toppings de chocolate, xarope líquido de caramelo, e no final ainda pode colocar a tampa na sua bebida e pedir também um mini-snack. Isto hoje é uma realidade, existindo no momento máquinas com a marca Bianchi Vending que permitem até 350 combinações diferentes de bebida. Isto num equipamento de vending semelhante ao que há alguns anos atrás servia café, chá e chocolate quente.

A internacionalização é uma realidade, desde cedo, na Bianchi Vending. Onde podemos encontrar os vossos equipamentos?

De momento temos seis filiais (França, Espanha, Portugal, Suécia, Brasil e Itália) e uma rede rede de distribuição em mais de 50 países. O crescimento está focado na Ásia e na América do Norte, mas hoje já pode beber um café numa máquina nossa em qualquer um dos cinco continentes.

Que projetos podemos revelar na nossa edição?

Os projetos são mais que muitos. Recentemente, lançámos a DIVA, um coffee corner premiado pela European Vending Association como um dos projetos mais inovadores fora da área do vending. Lançámos também a LEI600 2CUPS, que é uma máquina que permite já a utilização de dois toppings sólidos, toppings líquidos, tudo num modelo mais competitivo. E na área do café temos já disponível o sistema de armazenamento de café em vácuo em praticamente toda a nossa gama, ao mesmo tempo que nos snacks apresentámos algumas novidades como a ARIA XL, sendo que a capacidade é o fator chave.

Por onde passa o futuro da Bianchi Vending em Portugal?

Nos últimos três anos, eu e a excelente equipa que me acompanha, temos vindo a conduzir a Bianchi para o patamar que merecemos. Fazendo uma análise rápida, ao dia de hoje uma em cada três máquinas de vending que são vendidas em Portugal são nossas. Assim, o futuro passa por continuar a crescer, alcançando cada vez mais pessoas, sempre com o mesmo serviço de excelência, quer em termos de produto, quer em termos de assistência técnica que nos caracteriza.

Como vê o mercado nos últimos anos e como o vê nos próximos?

O setor do vending não foi exceção e em 2010 o mercado acompanhou a terrível retração. Temos que pensar que cada vez que fecha uma empresa são menos máquinas que são colocadas, que cada vez que há um corte num salário o cliente final vai cortar igualmente em algo e em efeito bola de neve todo o mercado se ressente, quando há uma redução do poder de compra. Ainda assim, o mercado tem vindo a recuperar desde 2013 – 2014, e em 2017 vendemos tantas máquinas como em 2007.

Sobre o futuro, e como temos vindo a constatar, o mundo tem mudado muito e muito rápido. Tendo em consideração esta evolução, penso que que daqui a muito pouco tempo, máquinas de bebidas quentes com botões será um conceito do passado, porque hoje as pessoas para além da qualidade do produto que exigem, querem diversidade, isto é, querem mais opções, querem poder escolher essas opções e as suas combinações, mas acima de tudo querem uma experiência.

E o nosso cliente direto pode também beneficiar da tecnologia em prol do negócio, pois hoje em dia já pode estar no escritório e saber quantas bebidas a máquina vendeu, qual o stock na máquina de snacks, e com isto otimizar todo um custo operacional, ao mesmo tempo que pode utilizar a máquina de vending para passar publicidade e com isto poder chegar a milhares de pessoas.

O futuro está já ali ao virar da esquina e os nossos equipamentos não são exceção.

You may also like...