5 Formas de Preparar as Suas Finanças Pessoais Para a Subida dos Juros

Com a subida da inflação, sobem também as taxas de juro, acabando por sobrecarregar o orçamento mensal. Neste guia partilhamos cinco dicas para que possa preparar as finanças familiares e evitar mais despesas.

A guerra trouxe consigo o aumento da inflação e esta fez subir as taxas de juro e a Euribor. Esta alteração já começa a ter impacto na carteira de muitas famílias portuguesas, pois influencia diretamente a prestação mensal que se paga ao banco com créditos.

As flutuações da Euribor afetam todos aqueles que possuem crédito à habitação com taxa variável, fazendo com que esta suba ou desça conforme a Euribor seja positiva ou negativa.

No entanto, não são apenas os créditos à habitação que sofrem com estas flutuações. Também os créditos ao consumo como os créditos pessoal e automóvel são influenciados pois estão indexados à taxa de Euribor.

Tendo isto em mente, é importante que acautele alterações mais pronunciadas que se poderão fazer sentir no orçamento mensal, já no futuro próximo.

Desta forma, irá prevenir cenários de instabilidade financeira e potenciais incumprimentos no pagamento das suas dívidas fixas.

Para o ajudar a tomar decisões informadas, a Revista Business Portugal partilha neste guia 5 potenciais medidas a adoptar. São elas:

  1. Rever as Despesas Mensais

Por mais óbvio que pareça, ainda existem pessoas que perante uma situação de incerteza financeira adotam medidas mais exigentes e se esquecem de começar por fazer uma análise minuciosa às despesas mensais.

Este é o momento ideal para rever as principais rubricas de gastos e cortar no que é supérfluo. Comece por tentar reduzir os gastos com roupa, combustíveis e até, naquelas subscrições mensais que bem vistas as coisas, não utiliza assim tanto.

Para o ajudar a manter tudo organizado em categorias, pode recorrer a uma app de gestão de finanças pessoais.

  1. Analisar Gastos com Seguros

Ao contrário do que muitos possam pensar, quando contraímos um seguro não temos de o fazer para sempre, com a mesma seguradora.

Atualmente, existem dezenas de empresas seguradoras no mercado e é prudente analisar a oferta de cada uma pois poderá conseguir as mesmas condições que já possui, por uma fracção do custo actual.

Os seguros de vida e automóvel são os mais frequentes e por isso são também aqueles onde se conseguem melhores condições, principalmente se já possuir histórico com a seguradora.

  1. Renegociar o Contrato de Crédito à Habitação  

Os custos com a habitação são aqueles que mais pesam nas finanças familiares, sendo por isso, este o contexto indicado para rever as condições contratualizadas no seu crédito à habitação.

Pode fazer sentido, por exemplo, renegociar o prazo de pagamento do mesmo, o que conduzirá a uma redução imediata da prestação mensal.

Outra das condições que poderão ser revistas junto da sua instituição bancária é a modalidade de taxa contratualizada, o que nos leva ao próximo ponto.

  1. Mudar para Taxa Fixa ou Mista

Se possui atualmente uma taxa variável, está mais suscetível às subidas das taxas de juro e, consequentemente, em maior risco de entrar em incumprimento.

No entanto, saiba que é possível negociar com o banco e fazer o pedido de alteração da modalidade de taxa contratada. Poderá transitar para uma situação em que a sua taxa passará de variável a taxa mista, ou no melhor dos cenários (pelo menos no que concerne à estabilidade da flutuação da Euribor) poderá mudar para taxa fixa.

  1. Consolidar créditos

Ter mais do que um crédito contratado é sinónimo de ter diferentes montantes em dívida, com diferentes taxas de juro, diferentes prazos e, muitas vezes, também a pagamento a diferentes entidades credoras.

Perante esta situação, uma forma eficaz de poupar mensalmente e aliviar o orçamento familiar, passa por recorrer à consolidação de créditos.

Qual é o Objetivo da Consolidação de Créditos?

Consolidar créditos é o mesmo que juntá-los dentro do mesmo bolo, isto é, a consolidação consiste em condensar todas as suas dívidas a crédito numa única entidade financeira, permitindo assim conseguir melhores condições.

Ao centralizar a sua dívida, tem como principais vantagens a redução das taxas de juro e o alargamento do prazo de maturidade do crédito.

A “nova” entidade credora salda assim as suas dívidas com os credores iniciais, passando a receber um único montante mensal que é uma combinação dos valores em dívida restantes.

Estas são as principais formas que tem ao seu dispor para que se possa preparar para uma subida das taxas de juro que se antecipam.

 

Seja qual for a medida ou medidas que escolha adoptar, tenha presente que o seu grande objectivo é prevenir uma situação de instabilidade financeira, no entanto, se puder tirar desta situação hábitos de poupança, é aí que está o verdadeiro ganho.

 

 

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