45 anos pautados por uma relação de confiança

Ivete Gonçalves, António Gonçalves Dias e Renato Gonçalves
na gala PME Excelência

Após um longo período de tempo emigrado na França, António Gonçalves Dias tomou uma decisão que mudou, radicalmente, a sua vida para melhor, regressar a Portugal e fundar a sua própria empresa ligada à indústria metalúrgica. Hoje, a Gomel é reconhecida como uma empresa com excelentes profissionais que procuram disponibilizar as melhores soluções aos seus clientes. Fiquemos a conhecer um pouco mais sobre a mesma, através das palavras do seu fundador.

 

António Gonçalves Dias começou a trabalhar desde tenra idade. Tinha apenas 14 anos quando enveredou pela área da metalúrgica. Passados dois anos, emigrou para França, país onde viveu e trabalhou durante 13 anos da sua vida e onde aprendeu muito daquilo que sabe hoje, tal como o próprio reconhece.

Em 1978, decide voltar para Portugal e abrir o seu próprio negócio, a Gomel, que está localizada na Rua Principal nº 106 – Sandoeira, em Ourém. Esta começou por ser uma empresa do sector da serralharia civil. Atualmente, tem-se vindo a especializar no fabrico e montagem de estruturas metálicas para pavilhões industriais, coberturas, fachadas, pontes, entre outros, prestando serviços ao nível da perfilagem, corte e quinagem, decapagem automática e manual, pintura e metalização. No fundo, tal como o proprietário indica, fazem de tudo, “desde o cabide até ao portão ou até pavilhão, do pequeno ao maior”.

Quanto aos trabalhos já efetuados, o entrevistado destaca a obra realizada para a empresa Uniovo, que se dedica à produção de ovos, para a qual fizeram um vão de 50 metros e 100 pilares. Orgulha-se, igualmente, do projeto levado a cabo com a Petmaxi, uma fábrica portuguesa de alimentos para animais de companhia. “Esta foi a maior obra que alguma vez fizemos”, salienta, destacando no entanto outros grandes clientes como a Zêzerovo, a Agrozel, a Rações Zêzere e a Campovo.

Relativamente à área de atuação, a Gomel abrange, sobretudo, as zonas de Ferreira do Zêzere e Lisboa. No entanto, para além dos trabalhos realizados em Portugal, os serviços desta empresa já são procurados além-fronteiras, nomeadamente em Angola.

O sucesso está à vista de todos e a confirmação disso é o estatuto de PME líder que demonstra a solidez financeira da empresa e evidencia a gestão cuidada, sendo que tudo isto é um enorme “motivo de orgulho” para o fundador António Gonçalves Dias.

Todavia, este não é o único negócio do entrevistado, uma vez que é, de igual modo, sócio maioritário da Perficentro que se encontra situada na Zona Industrial Lote 14, também em Ourém. Esta empresa foi constituída há, sensivelmente, 30 anos e dedica-se à perfilagem a frio, um processo de dobradura contínua, em que uma tira de chapa (normalmente em aço ou alumínio), é passada através de uma série de rolos montados em grupos consecutivos, sendo que cada um deles realiza uma parte da moldagem até obter o perfil com a forma desejada. António conta ainda que “na Gomel gastamos cerca de 10% daquilo que é fabricado na Perficentro”.

Relação com os clientes

Através da qualidade dos serviços prestados e do profissionalismo da equipa, a Gomel tem estabelecido, ao longo dos anos, uma relação de proximidade e confiança com os seus clientes, alguns dos quais já os procuram há vários anos. Por vezes, “nem perguntam sobre o valor da obra, eu só apresento a fatura no final”, o que é uma prova inequívoca dessa confiabilidade.

A atenção e o apoio prestado aos clientes são, de igual modo, características que fazem parte da identidade da Gomel e que acabam por fidelizar as pessoas. “Se for necessário, até mudamos as fechaduras das portas. Tentamos sempre ajudar”, revela o entrevistado.

 

A longevidade da equipa

“A empresa está no mercado há 45 anos e temos colaboradores com 35 de casa. Muitos estão connosco, praticamente, desde o início”, começa por revelar o fundador com manifesto orgulho.

Assim, a Gomel é composta por uma equipa com cerca de 25 técnicos qualificados que procuram, ao máximo, ir ao encontro das necessidades dos clientes.

Ainda assim, António reconhece que é cada vez mais difícil arranjar mão de obra qualificada e que muitos trabalhadores acabam por emigrar tendo em conta o nível salarial dos outros países.

 

A família e a garantia do futuro

Quando questionado acerca do futuro da sua empresa, o entrevistado refere que o facto dos filhos Ivete e Humberto Gonçalves e do neto Renato Gonçalves, fazerem parte da empresa há algum tempo, lhe dá alguma esperança de que o futuro da Gomel estará assegurado.

De momento, pretende manter o trabalho que tem sido feito e, se possível, crescer, mas de forma sustentada.

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