VINHO COM HISTÓRIA
No Palácio da Brejoeira, em Monção, produz-se o vinho com mais história e tradição da casta Alvarinho. Entre o bosque, a vinha, a adega e o palácio, é de uma propriedade centenária com 30 hectares e de referência na região. Em entrevista à Revista Business Portugal, a Assessora da Administração e o Enólogo – Cláudia Fernandes e engenheiro João Garrido, respetivamente – deram-nos a conhecer as valências do local e este vinho único.
Ex-líbris de Monção e Património Nacional desde 1910, o Palácio da Brejoeira assume-se como um local harmonioso e encantador. Trata-se de uma grandiosa construção em estilo neoclássico, que inclui o palácio, capela, bosque, jardins, vinhas e adega, sendo possível visitar todo este património através de dois programas: O Programa Quinta (que inclui visita ao bosque, vinhas, lago e capela de São Francisco) e o Programa Património (com visita ao interior do palácio, jardins, adega antiga e capela). “O palácio, logo à partida, é grandioso e imponente. As pessoas, normalmente, ficam bastante impressionadas com o exterior e com a Vinha do Pomar, com meio século de existência, não por se destacar em termos de produção, mas pela qualidade e pelo caráter afetivo e histórico que tem”, conta Cláudia Fernandes. “Quanto ao bosque, é uma surpresa, as pessoas não estão à espera de encontrar um ambiente paradisíaco com um lago, uma gruta, uma ilha, uma ponte, entre outro recantos”. Aberto a visitas desde 2010, o Palácio da Brejoeira é uma referência no Enoturismo, proporcionando experiências únicas a quem por lá passa e descobre os seus recantos e sabor do maravilhoso vinho da casta Alvarinho.
Um ícone da casta Alvarinho
Com cerca de 18 hectares de vinha, aqui produz-se vinho “tradicional e fiel às origens”, começa por descrever o engenheiro João Garrido. No entanto, o vinho da Quinta da Brejoeira acaba por se diferenciar entre os Alvarinhos, “primeiro pelo terroir. Falamos do clima e do solo que, por si só, fazem logo diferença na prova, depois pelas pessoas envolvidas, que conferem qualidade e tradição ao produto final”, explica. Para além disso, “os vinhos definem-se mais com algum tempo de estágio em garrafa [6 a 8 meses] e, no caso do Alvarinho Palácio da Brejoeira, como só vai para o mercado após este período, é outro fator distintivo”, conclui o enólogo. O estágio em garrafa acaba por conferir um sabor harmonioso e persistente, evidenciando as características únicas desta nobre casta. Mas a viticultura da Brejoeira não se fica por aqui, o engenheiro João Garrido acrescenta: “Aproveitamos os bagaços para fazer Aguardente Bagaceira e uma parte do vinho alvarinho de qualidade é destilado e resulta depois na Aguardente Velha, que tem sido um sucesso”.
Mais do que um aperitivo, o vinho é o mote de uma mesa de jantar de amigos e/ou família… e não só! Vinhos que criam bons momentos, aliando qualidade e tradição, é o cartão de visita do Palácio da Brejoeira.