Uma escola aberta para o mundo
Professor Pedro Oliveira, Dean da Nova SBE, em entrevista, dá a conhecer o universo da instituição de ensino superior, evidenciando o foco na integração de tecnologias avançadas para promover uma educação de alta qualidade, bem como a missão de ser uma comunidade dedicada ao desenvolvimento de talento e conhecimento com impacto no mundo.
Como é que a Nova SBE – Nova School of Business & Economics se tem adaptado aos desafios em constante evolução do mundo nas últimas décadas, mantendo-se fiel aos seus valores fundamentais? Como é que esses valores se refletem nas políticas e práticas institucionais?
Na Nova SBE temos enfrentado os desafios complexos e dinâmicos do mundo, com base nos nossos valores de rigor, impacto, vanguardismo, abertura ao mundo e conectividade. Estes valores inspiram as nossas escolhas e iniciativas, tanto na qualidade académica e inovação pedagógica dos programas que oferecemos, como na investigação que desenvolvemos. As políticas e práticas institucionais pautam-se por estes mesmos valores, suportados pela relevância e ética que assumimos, pela diversidade e cooperação que incentivamos, pela sustentabilidade e responsabilidade que demonstramos e pela transformação positiva que procuramos para a sociedade.
Outra dimensão que nos ajuda a dar resposta às constantes mudanças da sociedade é a internacionalização dos nossos alunos e professores e a diversidade que daí advém, uma vez que trabalham e estudam na Nova SBE professores e alunos de mais de 92 países de todo o mundo.
Considerando a missão da Nova SBE de desenvolver talento e conhecimento com impacto no mundo, como é que a instituição integra essa missão nos seus programas académicos e atividades de investigação? Que iniciativas específicas destacariam como exemplos dessa integração?
A missão da Nova SBE de desenvolver talento e conhecimento com impacto no mundo é transversal a todos os seus programas académicos e atividades de investigação. A instituição procura oferecer uma educação de excelência que prepare os alunos para os desafios globais, estimule o seu pensamento crítico e criativo, e promova o seu compromisso com a sociedade. Alguns exemplos de iniciativas que ilustram essa missão são:
– Os Project-based Learning (PBL), que são espaços interativos e multidisciplinares onde os alunos podem aplicar os seus conhecimentos teóricos a problemas reais, propostos por empresas, instituições ou organizações da sociedade civil, e
– Os Knowledge Centers (Centros de Conhecimento) que são unidades especializadas em áreas estratégicas, como Economia e Política Social, Educação, Finanças, Dados, ou Liderança, que produzem conhecimento relevante e de alto impacto, em colaboração com parceiros nacionais e internacionais.
Como é que a Nova SBE fomenta uma cultura de colaboração e inovação entre alunos, professores, pesquisadores e parceiros externos? Quais são os principais mecanismos ou programas que promovem essa colaboração e como é que eles têm contribuído para o sucesso da instituição?
A Nova SBE incentiva uma cultura de colaboração e inovação entre todos os membros da sua comunidade, bem como com os seus parceiros externos, apostando essencialmente na diversidade e na inclusão, tanto na composição do nosso corpo docente, como no nosso cohort de alunos. Valorizamos, em toda a nossa atividade, a partilha de ideias e experiências e a co-criação, através de diferentes plataformas e eventos, nomeadamente com os mais de 35 Clubes de Alunos que temos, os nossos Institutos e os nove Centros de Conhecimentos, além dos Institutos, que reúnem professores com foco na investigação de topo, projetos com empresas e com uma vertente mais aplicada e alunos que integram projetos no decorrer dos seus próprios programas. Para além destes mecanismos, importa salientar a nossa rede de Antigos Alunos, um exemplo máximo de colaboração a vários níveis: apoio na internacionalização da Nova SBE, no desenvolvimento profissionais e de carreira, por exemplo com programas de mentoria e com inúmeras oportunidades de recrutamento.
A internacionalização é uma prioridade para a Nova SBE. Quais são os principais desafios e oportunidades enfrentados ao expandir a presença da instituição globalmente? Como é que a Nova SBE pretende superar esses desafios e maximizar as oportunidades de crescimento internacional?
A internacionalização é, sem dúvida, uma prioridade para a Nova SBE. Ser uma escola aberta para o mundo faz parte dos seus valores atuais, mas já os seus fundadores e antigos diretores tinham essa premissa quando pensaram lançar o primeiro programa de MBA, ou mesmo a primeira licenciatura em inglês. No entanto, é claro que uma estratégia de internacionalização apresenta vários desafios. Entre os principais estão a adaptação a diferentes culturas e os seus sistemas educacionais, a necessidade de estabelecer parcerias estratégicas com instituições internacionais, e a garantia de que a qualidade do ensino e da investigação da Nova SBE não é comprometida. Além disso, a competição que se faz sentir entre instituições de ensino superior em todo o mundo é outro desafio significativo.
No entanto, a Nova SBE vê estes desafios como oportunidades para crescimento e inovação. Pretendemos superar estes desafios através da construção de uma forte rede de parcerias internacionais, como são já exemplos a parceria com o D^3 Digital Data Design Institute da Universidade de Harvard, ou a mais recente parceria com a Carnegie-Mellon University investindo em programas de intercâmbio para alunos e docentes, e adaptando os nossos programas para corresponder às necessidades de um mercado global.
Além disso, a Nova SBE continua a desenvolver oportunidades de crescimento internacional através da promoção da sua marca e reputação no exterior, atraindo alunos e docentes de alta qualidade de todo o mundo.
Como é que promovem a integração de tecnologias avançadas nos seus programas académicos e atividades de investigação? Em que medida essas tecnologias têm contribuído para melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos e impulsionar a inovação na instituição?
A Nova SBE tem feito um esforço significativo para integrar tecnologias avançadas nos seus programas académicos e atividades de investigação. Com a pandemia, o processo de digitalização transversal na escola acelerou e rapidamente quer a lecionação dos programas, quer o trabalho das equipas passou a ser feito num modelo híbrido com o uso de ferramentas digitais e plataformas de aprendizagem online, permitindo aos alunos e colaboradores aceder a materiais e colaborar em projetos de forma eficiente.
Além disso, a Nova SBE também promove a investigação em áreas tecnológicas emergentes como: análise de dados, desde logo com a criação do seu Data Science Knowledge Center, um Mestrado em Business Analytics desde 2021, ou mesmo o curso inovador de Elementos de IA, em parceria com a Universidade de Helsínquia; e inteligência artificial sendo pioneira na organização de talks e conferências sobre o tema e o seu impacto na Educação, ou mesmo através da parceria já referida com o D^# Digital Data Design Institute at Harvard.
Para além disto, estamos a preparar os nossos alunos para o mercado de trabalho digital com a integração de tecnologias digitais nos currículos dos nossos programas, ensinando-lhes competências técnicas essenciais como programação e análise de dados. Desde cedo, assim que começámos a assistir à democratização do Chat GPT e outras ferramentas de Open AI, incentivámos alunos e professores à exploração destas ferramentas.
Diante do atual cenário global, quais são os principais planos e prioridades da Nova SBE para o futuro próximo? Como é que a instituição pretende continuar a destacar-se como líder em educação superior e investigação, enquanto mantém o compromisso com a sua missão e valores fundamentais?
Como Diretor da Nova SBE, os nossos principais planos e prioridades para o futuro próximo estão alinhados com a nossa missão de ser uma instituição líder em ensino superior e investigação, mantendo o compromisso com os nossos valores fundamentais de rigor, impacto e abertura ao mundo. Estamos focados na integração de tecnologias avançadas para promover uma educação de alta qualidade e conduzir sempre de forma pioneira a inovação. O estabelecimento de parcerias internacionais com universidades e organizações não-académicas que estão entre as melhores do mundo, é importante para a consolidação da reputação académica no contexto global. Sendo uma importante iniciativa para internacionalização, continua a ser uma aposta forte, com uma estratégia de recrutamento de longo prazo para atrair e reter um corpo docente de excelência, captar financiamento e consolidar a relação de proximidade e parceria com as empresas.
O crescimento da área de investigação, orientada ao impacto, é um dos nossos objetivos principais, alicerçado no desenvolvimento de novos institutos em áreas cruciais que já tenho vindo a partilhar como Sustentabilidade, Políticas Públicas e Governo, e Longevidade, em parceira com a Faculdade de Ciências Médicas da NOVA (Nova Medical School).
A Nova SBE tem vivido uma transformação significativa nos últimos anos, desde a mudança para o novo campus de Carcavelos, até ao reforço do reconhecimento internacional, especialmente nos nossos programas de mestrado. Estes esforços refletem a nossa convicção de que é necessário crescer com uma forte orientação internacional, mantendo sempre em vista a excelência e a inovação.