Têxtil ao serviço do conforto do seu lar e da sua segurança

Após 27 anos no mercado têxtil, a Betinatêxteis, sediada em Leiria, continua a assegurar um crescimento sustentado e em plena pandemia conseguiu tornar o seu negócio mais competitivo. A Revista Business Portugal apresenta-lhe aqui um excelente exemplo de reinvenção e superação numa altura de maior risco, depois de ter estado à conversa com Ana Sousa e Rúben Jorge – diretora de marketing e comunicação e diretor técnico, respetivamente.

 

Rúben Jorge, Fernando Sousa, Isabel Amaral e Ana Sousa

Foi em 1992 que os pais de Ana Sousa – Fernando Sousa e Isabel Amaral – começaram a traçar o destino da Betinatêxteis, tendo como principal área o têxtil-lar. Anos mais tarde, em 2011, e depois da entrada da segunda geração da família no negócio, a empresa passou a disponibilizar um produto exclusivo. “Desde que eu e o Rúben nos juntámos ao projeto, a Betinatêxteis começou a ter um design próprio, o que contribui para o nosso crescimento e afirmação no mercado. Começámos a desenhar os tecidos e, como tal, passamos a ter um desenho exclusivo, mais adaptado ao nosso mercado”, explica-nos Ana Sousa.

Mas a mensagem transmitida pelos mentores do projeto também foi fundamental. Desde cedo ensinaram que o sonho aliado ao trabalho árduo permite chegar muito longe… só essa ambição permitiu que um pequeno armazém de revenda se tornasse uma referência na indústria têxtil-lar. Assinalando um crescimento sustentado ao longo dos anos, a Betinatêxteis viu-se a dar um grande salto quando introduziu a indústria. Depois da implementação da fábrica, a produção têxtil, que até então estava maioritariamente concentrada no norte do país, começou a ter mais dinâmica na zona centro. Rúben Jorge, que começa por nos elucidar que no início da sua atividade a empresa era composta apenas pelos seus sogros e uma funcionária, refere que conseguiram “criar muitos postos de trabalho. Neste momento, já somos perto de 50 pessoas”, tendo a dupla a perspetiva de que a equipa irá continuar a crescer.

Apesar de no início da pandemia as vendas terem abrandado, esta acabou por impulsionar um novo salto para a Betinatêxteis. “Perante este cenário, surgiu uma nova oportunidade, um novo projeto: começámos a importar máscaras e a ganhar outro tipo de clientes”, refere Rúben, acrescentando Ana: “a procura aumentou muito neste tipo de produtos e começámos a perceber que no mercado português não havia oferta”.

Já com experiência comprovada no fardamento profissional, o foco da empresa passou a ser o fardamento para os hospitais. “Acabamos por juntar o útil ao agradável. Estudámos um tecido impermeável que já utilizávamos para fazer resguardos de capas de colchão – o PU – e achámos que seria uma boa ideia começar a fazer fatos e oferecê-los para serem testados. Os primeiros fatos que fizemos foram doados ao hospital de Leiria e a partir daí começamos a ter cada vez mais procura e visibilidade. Quando surgiram as máscaras, a procura era tanta que percecionamos que devíamos apostar numa unidade de fabrico próprio. A burocracia de importação, de registo e de certificação é de tal forma complicada, que achámos que valia a pena o esforço e o investimento para começarmos a produzir”, revela Ana.

 

Resiliência e investimento de mãos dadas

O investimento e a aposta no progresso não são de agora, segundo a nossa entrevistada, a Betinatêxteis está “sempre a acompanhar os desenvolvimentos da tecnologia de produção têxtil. Procuramos ter sempre a última maquinaria, de forma a facilitar a produção”. Em concordância com isso, e de forma a aproveitar um novo nicho de mercado, Rúben adianta-nos ainda que “só em obras e maquinaria, investimos cerca de 800 mil euros e, numa primeira fase, investimos mais de 500 mil euros em matéria-prima, assegurando, neste momento, a produção de 200 mil máscaras por dia, se tivermos as três máquinas a trabalhar. O objetivo é fazer cerca de quatro milhões por mês”.

E o que é certo é que este investimento e rápida adaptação às exigências do mercado não contribuíram apenas para tornar o negócio mais competitivo, como também se revelou muito importante para a sociedade. Colocando-se ao serviço da população, a Betinatêxteis fez chegar ao mercado um produto extremamente necessário e escasso, contribuindo, ao mesmo tempo, para a criação de emprego. “Para além de estarmos a disponibilizar artigos que eram difíceis de encontrar em Portugal, também vamos aumentar os postos de trabalho. Com os novos investimentos e com a nova máquina que instalamos, vamos precisar de recrutar mais trabalhadores”, afirma Rúben.

 

Qualidade como primazia

Os nossos entrevistados asseguram que compram matéria-prima de máxima qualidade e que as condições criadas na fábrica cumprem o máximo rigor, uma vez que se trata de um trabalho com dispositivos médicos. “Damos primazia à qualidade. Por outro lado, também primamos pela disponibilidade ao cliente e pela rapidez de entrega”, assevera Ana.

Rúben continua por nos explicar que a empresa comercializa dois tipos de máscaras: “as cirúrgicas (as quais iremos assegurar uma produção diária de 180 mil unidades); e as FFP2 (com uma produção diária de 40 mil unidades). As cirúrgicas têm três tecidos – dois TNT de 25 gramas e um melt-blown –; já as FFP2 são as máscaras que mais protegem, porque têm cinco camadas de tecido e dois filtros”. Considerando que o melt-blown é a “joia da coroa” das máscaras, não há dúvida alguma que as que são aqui produzidas garantem a máxima proteção. “O melt-blown é o que realmente assegura proteção e nós compramos um que protege acima de 98 por cento, que é o máximo”. Em adição, a Betinatêxteis está a terminar os processos de marcação CE, o que vai contribuir para uma maior credibilidade e confiança por parte dos consumidores.

Apesar de este nicho de mercado ter surgido devido à pandemia do novo Coronavírus, a Betinatêxteis tem a ambição de continuar a crescer nele e de se tornar uma referência também nesta área. “Reinventamos o nosso negócio e agora temos uma nova aprendizagem a cada dia, por isso também vamos continuar a investir em formação. Com a abertura da fábrica, pretendemos continuar a fornecer os hospitais, não só de Portugal, como de outros países”, finalizam os nossos entrevistados, que garantem manter os padrões de excelência, continuando, assim, a assegurar o conforto e segurança dos consumidores.

 

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