Será que tenho uma alergia?

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Os sintomas respiratórios são os mais dominantes, afetando até 30% da população geral. Segundo a Organização Mundial da Saúde, centenas de milhões de pessoas no mundo têm rinite e estima-se que cerca de 300 milhões tenham asma.

 

Dr.ª Isabel Rezende (OM54096), Imunoalergologista no Trofa Saúde Gaia e Maia

 

 

A prevalência da doença alérgica e da asma é mais elevada nos países desenvolvidos. Estima-se que a prevalência da asma terá tido um aumento de duas a três vezes na última parte do século XX, provavelmente em consequência de fatores ambientais, que aumentam o risco em indivíduos geneticamente suscetíveis. Os sintomas respiratórios são os mais dominantes, afetando até 30% da população geral. Segundo a Organização Mundial da Saúde, centenas de milhões de pessoas no mundo têm rinite e estima-se que 300 milhões tenham asma. O diagnóstico de alergia alimentar e a fármacos tem vindo também a aumentar, espelho de uma maior consciência em relação à doença e da evolução de exames de diagnóstico na área da Imunoalergologia.

Quais são os sintomas de alergia?

Os indícios da doença alérgica incluem: manifestações respiratórias, tais como rinite (espirros, pingo, prurido e obstrução nasal) e asma (falta de ar, tosse e pieira); oculares, nomeadamente a conjuntivite (prurido ocular e lacrimejo); cutâneas, como o eczema, a urticária e o angioedema; e a alergia a alimentos, a fármacos e a insetos.

A alergia afeta a qualidade de vida?

Doentes com alergia apresentam sintomas quando expostos ao alergénio agressor. No entanto, muitos desconhecem quais os alergénios implicados na sua doença. Viver com sintomas tem um efeito prejudicial na qualidade de vida, limitando na maioria das vezes a qualidade do sono, do trabalho/escola, e das atividades sociais.

Como se diagnostica?

Os testes cutâneos são a ferramenta mais prontamente disponível para diagnosticar a alergia. São simples, rápidos de executar, de baixo custo e altamente sensíveis, o que explica a sua posição fundamental no diagnóstico. Apesar de ajudarem o Imunoalergologista a confirmar ou refutar a alergia, pode haver necessidade de completar o estudo com realização de análises sanguíneas (doseamentos de IgE´s específicas) e de provas de provocação com alimentos ou medicamentos, dependendo do caso. A realização de um estudo completo e orientado tem implicações prognósticas e terapêuticas importantes e permite orientar o tratamento e o prognóstico direcionado a cada doente alérgico.

Como se trata?

O doente alérgico deve ser ensinado a evitar o contacto com o alergénio implicado. Um doente com rinite alérgica a ácaros, por exemplo, deve conhecer medidas que permitam minimizar o contacto com os mesmos.

Um grupo significativo de doentes alérgicos terá necessidade de realizar tratamento com fármacos, como anti-histamínicos e corticoides, que visam evitar o surgimento de sintomas. As vacinas antialérgicas são, atualmente, o único tratamento que permite modificar a evolução da doença alérgica, diminuindo sintomas e o número de fármacos necessários para estabilizar a doença, bem como reduzem o risco de desenvolvimento de asma em doentes com rinite alérgica. Trata-se de um tratamento que se dirige especificamente ao alergénio implicado, e apresenta grande eficácia. A escolha do tratamento deve ser personalizada, atendendo ao perfil alérgico de cada doente, e sob orientação de um Imunoalergologista.

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