Portugueses da Bynd criam feira virtual para startups

Fotografia cedida pela Bynd Venture Capital

De 11 a 15 de maio vai decorrer a E-Bynd Portfolio Week, contando com mais de uma dezena de startups em exibição.

 

A sociedade de capital de risco portuguesa Bynd Venture Capital tinha preparado uma feira física para startups para a primeira semana de maio, mas a pandemia do novo coronavírus trocou as voltas aos investidores, que resolveram transferir tudo para o mundo digital.

A feira E-Bynd Portfolio Week vai decorrer entre 11 e 15 de maio e já tem mais de uma dezena de startups confirmadas. “Cada uma das nossas participadas vai promover o seu produto e serviço no seu espaço virtual. Depois, há contactos por chat e podem ser marcadas reuniões individuais, como se tratasse de uma feira física”, explica Lurdes Gramaxo, uma das sócias da Bynd. Como haverá vários investidores presentes nesta feita, “também vão existir dedicados para as startups que estiverem à procura de financiamento”.

Além da exibição de produtos, também será possível assistir a várias palestras, sobre vendas para empresas e consumidores, financiamento e recursos humanos. João Barros, líder da Veniam, vai dar uma palestra sobre vendas para empresas; Saniye Gülser Corat, responsável pela igualdade de género da Unesco, vai dar uma palestra sobre a importância da diversidade nas startups; Stephen Nundy, da Lakestar, vai falar sobre o investimento internacional do capital de risco na Península Ibérica.

A passagem da feira física para o mundo digital é possível através da Easy Virtual Fair, startup do portfolio da Bynd e que há vários anos organiza eventos virtuais para feiras de emprego. Lurdes Gramaxo acredita que “os investidores estão cada vez mais familiarizados com as ferramentas online”, embora assuma que “substituir o contacto direto humano é difícil”. A investidora, ainda assim, acredita que isto “acabe por dar em resultados semelhantes ao que seria numa feira presencial” e diz mesmo que esta iniciativa “vai ser precursora dos eventos do futuro. Sabemos que esta pandemia ainda vai durar vários meses, pelo menos, e temos de continuar a viver e a trabalhar”.

Para já, está confirmada a presença de startups como Colvin, Defined Crowd, Dharma5, Doppio, Easy Virtual Fair, Endado, Enging, Fastinov, Jack the Maker, Legalvision, Luope, Medical Port, Probely, SAK, UpHill, Weezie, Woffu.

 

Investimento em tempo de pandemia

Numa altura em que a economia portuguesa enfrenta grandes desafios, todas as organizações devem estar preparadas para aguentar vários meses de incerteza, incluindo as startups. A investidora Lurdes Gramaxo recomenda que “estas empresas vão reduzindo custos e redefinir a sua posição num mundo em grandes alterações”, acrescentado que devem manter o foco na inovação “e procurar novas formas de chegar aos clientes”.

 

Fonte: Lusa

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