Pioneiros na Reprodução Assistida

A IERA destaca-se como uma referência de excelência na área da medicina reprodutiva. Com uma abordagem centrada no paciente e impulsionada pela inovação, a instituição oferece soluções avançadas para casais que enfrentam desafios de fertilidade. Através das palavras de Fernando Faria, Gestor da IERA, conhecemos os bastidores desta instituição conceituada e as suas contribuições pioneiras no campo da reprodução assistida.

 

Equipa da IERA

 

 

A IERA foi pioneira na implementação de diversas técnicas e tecnologias de Reprodução Assistida e recentemente introduziu o teste KIR-HLA-C para avaliar a compatibilidade imunológica materno-fetal e Plasma Rico em Fatores de Crescimento para recrutamento folicular. De que forma estas novas tecnologias podem melhorar as taxas de sucesso nos tratamentos de PMA?

A área da medicina de reprodução é uma área em que os avanços tecnológicos ocorrem muito rapidamente. Somos pioneiros em apostar em novas metodologias que nos pemitam tratar melhor as nossas pacientes, aumentando as taxas de sucesso. Os testes imunológicos  e os fatores de crescimento (PRP) permitem alterar a abordagem em mulheres com falhas de implantação repetidas ou baixa reserva ovárica. Mas não são apenas estes procedimentos que são inovadores; todos os nossos embriões são  incubados com tecnologia Timelapse, que permite acompanhar o desenvolvimento embrionário sem abrir a incubadora, mantendo assim as condições ambientais ideais durante todo o processo. Instalámos, este ano, um sistema eletrónico de rastreabilidade dos gâmetas e embriões, de modo a aumentar a segurança na identificação de amostras e pacientes durante todas as fases do processo. Dispomos de um laser de última geração para fazer biópsias a embriões, o que nos permite realizar testes genéticos aos próprios embriões e estamos a testar a introdução da inteligência artificial no laboratório para nos ajudar a classificar os embriões. O nosso compromisso com a disponibilização das últimas tecnologias aos nossos pacientes é total.

Considerando o impacto psicológico que a infertilidade pode ter nos pacientes, como é que a IERA aborda o apoio emocional e psicológico durante os tratamentos? Qual é o papel do gabinete de psicologia no processo de tratamento e na preparação dos pacientes para as dificuldades emocionais que possam surgir?

Damos a possibilidade aos nossos pacientes de usufruir de acompanhamento psicológico de uma forma integrada. Esta pode ser uma parte fundamental para o seu bem-estar e todos os nossos tratamentos têm incluídas três sessões, caso os pacientes assim pretendam. Estas consultas têm o objetivo de ouvir, acompanhar, tranquilizar e mesmo desmistificar alguns dos seus medos. Todo o processo é delicado e consideramos o acompanhamento psicológico uma boa prática que é intrínseca à nossa atividade assistencial.

A IERA está envolvida em iniciativas de educação para a saúde reprodutiva, como palestras em escolas locais. Quais são os principais objetivos destas iniciativas e de que maneira acreditam que a educação reprodutiva pode contribuir para a consciencialização sobre a infertilidade e a procura precoces de tratamentos?

Existe ainda um grande tabú no que concerne à saúde reprodutiva em geral e à infertilidade em particular. A melhor forma de mudar esse paradigma é começar a educar os jovens logo desde cedo. As nossas embriologistas e enfermeiras deslocam-se a escolas secundárias e, se por um lado, ajudam a explicar as partes mais técnicas relacionadas com técnicas e tecnologias, por outro lado, este torna-se um momento ideal para esclarecer e tirar as muitas dúvidas que estes jovens têm, criando um ambiente descontraído onde se podem fazer perguntas, tirar dúvidas, falar de assuntos mais práticos, como contraceção, prevenção de DST, ou infertilidade. Fomo-nos apercebendo que a informação disponível para estes jovens é muito centrada na contraceção, mas poucos sabem o que fazer se precisarem de ajuda para engravidar. Ter profissionais da área a abordar os temas, de forma aberta, pode fazer a diferença para termos a próxima geração com uma maior litereacia na área da saúde reprodutiva.

No contexto do Mês da Consciencialização para a Fertilidade, quais são alguns dos mitos mais comuns sobre a infertilidade que encontram no dia a dia dos pacientes e como é que a equipa da IERA trabalha para desmistificá-los?

Podíamos estar aqui horas…diria que muitas mulheres pensam que a fertilidade é constante ao longo da vida até terminar abruptamente com a menopausa, quando a partir dos 35 anos ocorre um decréscimo significativo da capacidade reprodutiva da mulher. Outro mito comum é o de que os problemas de infertilidade são maioritariamente femininos, quando as estatísticas dizem que a prevalência da infertilidade masculina é semelhante à feminina. Todos estes mitos são abordados de forma tranquila pela equipa, nomeadamente médica e de enfermagem, que faz um trabalho excecional em informar e esclarecer os nossos pacientes para que possam tomar decisões informadas.

A personalização dos tratamentos é uma marca distintiva da IERA. Como é que determinam a abordagem mais adequada para cada paciente e quais são os fatores considerados ao personalizar um plano de tratamento de infertilidade?

A abordagem mais adequada é determinada em equipa e caso a caso. Temos em conta fatores como a idade da mulher, fator que mais influencia o sucesso dos tratamentos, número de tratamento realizados previamente, fator de infertilidade, mas também se os pacientes estão no país ou se precisam de orientação à distância, se se trata de um casal heterossexual, um casal de mulheres ou uma mulher sem parceiro, tudo isso é considerado de modo a tratar caso a caso de forma especial, não só do ponto de vista clínico, das técnicas e tecnologia que temos à disposição, mas também do ponto de vista do relacionamento que temos com cada um dos pacientes. Temos depois casos muito específicos, como por exemplo casos de doença genética conhecida, menopausa precoce, fatores masculinos muito graves, insucessos repetidos ou mesmo perdas gestacionais. São casos que têm que ser tratados com especial sensibilidade e temos uma equipa completamente preparada para construir com o casal um plano de tratamento adequado.

Quais são as expectativas e metas para os próximos anos em termos de avanços e resultados na reprodução assistida no novo centro em Lisboa?

Estamos em fase de grande crescimento, esperamos um crescimento de cerca de 25% já em 2024, a aumentar todas as nossas equipas. Acabámos, por exemplo, de contratar mais duas médicas especialistas em reprodução e imunologia, estamos a implementar uma nova estratégia de comunicação e a estabelecer parcerias com instituições, seguros e subsistemas de saúde que não têm no seu portefólio a medicina de reprodução, no sentido de produzir sinergias para que os seus pacientes possam ter acesso a tratamentos nesta área. Mas este crescimento, embora grande, será certamente sustentado nos nossos valores de receber e tratar os pacientes com humanidade, grande proximidade e foco na inovação, para obter os melhores resultados, com total empenho e dedicação da equipa IERA: Médicos, Embriologistas, Enfermeiras, Psicóloga e Equipa de Apoio ao Paciente.

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