“Estamos e pretendemos continuar a estar no mapa!”

A sustentabilidade é mais do que um conceito na ENERCON, é um compromisso que orienta as suas práticas e seu impacto no mundo. Em entrevista, Carla Regina Oliveira, Diretora de Recursos Humanos da ENERCON Portugal, explana os benefícios da energia eólica no cenário empresarial nacional e o compromisso da empresa com o desenvolvimento tecnológico.

Carla Regina Oliveira, Diretora de Recursos Humanos – Foto Créditos: Bruno Rato Photography

A ENERCON é uma empresa conhecida pela sua atuação ecológica consciente. Como a sustentabilidade está enraizada na cultura organizacional e práticas de gestão da empresa?

Trabalhar na energia verde, cor que vai muito para além do nosso símbolo, é vivenciar diariamente práticas sustentáveis, numa procura constante de melhoria e menor impacto. Temos uma responsabilidade acrescida por este facto, por dependermos literalmente do vento para que o nosso produto seja rentável. A sustentabilidade está cada vez mais enraizada na cultura organizacional e nas práticas de gestão, não apenas como parte dos negócios, mas também como um agente de mudança na sociedade. Sem dúvida que a aplicação de práticas sustentáveis não só é benéfica para o meio ambiente, mas também para a nossa própria reputação e sucesso a longo prazo. A cultura organizacional sustentável envolve a conscientização e o compromisso de todos em relação à responsabilidade ambiental. Isso inclui a incorporação de princípios e valores sustentáveis nas políticas internas, na tomada de decisões e no dia a dia do trabalho. Isso não apenas fortalece a nossa reputação, mas também cria um impacto positivo na sociedade como um todo. Ao adotar a sustentabilidade como um agente de mudança na sociedade, tornamo-nos líderes, influenciando outras organizações e inspirando ações sustentáveis em toda a cadeia de valor.

A presença e o impacto da ENERCON em Portugal são notáveis, com contribuições significativas para o setor de energia eólica. Quais as vantagens específicas que a ENERCON traz para o tecido empresarial nacional?

Em Portugal, somos líderes de mercado e a nível mundial nos principais players da energia eólica. Estes factos falam por si e enchem-nos de orgulho e paixão organizacional. O facto de estarmos em Portugal, que no seio do Grupo significa ser o maior país fora da sede na Alemanha, é uma grande vantagem para quem cá trabalha, mas igualmente para uma série de parceiros e outras empresas. Estamos a falar de uma estrutura que em média tem 1500 colaboradores, podendo em picos de produção ultrapassar os 2000. Temos fábricas de produção de grandes componentes, áreas de instalação e de manutenção do nosso produto, parte corporativa e de desenvolvimento, serviços partilhados, equipas a trabalhar para todo o mundo. Tudo isto significa um grande nível de emprego numa indústria que trabalha sempre em desenvolvimento de ponta. Este sucesso português tem feito com que efetivamente as nossas equipas de trabalho, das mais diversas áreas, tenham crescido bastante – há a confiança no trabalho português com a vantagem de não ser visto como o low cost. É uma excelente prova de confiança nos resultados obtidos. Estamos e pretendemos continuar a estar no mapa!

A ENERCON tem enfatizado a importância da poupança de energia. Por que é crucial para as organizações investir em eficiência energética?

A poupança de energia e a sua utilização racional é uma responsabilidade global e que nos toca a todos particularmente. Investir, apoiar e promover eficiência energética e contribuir para a responsabilidade corporativa são cruciais por várias razões. Ao adotar práticas e tecnologias eficientes, as organizações podem economizar recursos valiosos, melhorar a sua produtividade e aumentar a sua competitividade no mercado. Sendo mais competitivos, somos mais atraentes no mercado e, ligando de novo ao tema de recrutamento, é uma grande ajuda para apoiar o crescimento das equipas que temos em curso e pela frente. Além disso, a eficiência energética desempenha um papel fundamental na sustentabilidade, compromisso ambiental que não apenas beneficia a sociedade como um todo, mas também fortalece a reputação da empresa e aumenta a confiança dos candidatos. Investir em eficiência energética também está alinhado com a responsabilidade corporativa. As organizações têm a responsabilidade de agir de forma ética e sustentável, considerando o impacto das suas atividades no meio ambiente e na sociedade. Ao adotar medidas de eficiência energética, demonstra-se o compromisso com a redução do impacto ambiental, preservação dos recursos naturais e promoção do desenvolvimento sustentável.

Nos últimos anos, a indústria de energia eólica passou por transformações significativas. Como a ENERCON se mantém atualizada e se adapta às mudanças tecnológicas e regulatórias?

Em Portugal, nos últimos anos, o paradigma mudou completamente e as equipas souberam muito bem responder às necessidades e adaptaram-se. Passamos de trabalho nacional, para ter a necessidade de viver para e do estrangeiro. E foi com esta estratégia que nos conseguimos reinventar e continuar no caminho. Neste momento, a grande maioria do que fazemos é para o exterior. Temos equipas que trabalham quase a 100% dedicadas a outros países, ou mesmo totalmente. Adaptar e desenvolver são as palavras-chave para que continuemos a conseguir colocar Portugal no mapa do negócio. Sem dúvida que os portugueses têm a reconhecida capacidade de se adaptar e só poderia ser assim.

Como mulher em posição de destaque, qual a sua perspetiva sobre a importância da diversidade de género em cargos de liderança?  De que maneira a ENERCON promove a igualdade de oportunidades no ambiente corporativo?

Vejo os temas de liderança pela essência de quem a exerce e não pelo género. Estamos a falar de características pessoais, que tanto podem estar em homens como em mulheres. Naturalmente, entendo também que há diferenças entre géneros e que podemos (e temos) diversos estilos de liderança consoante quem a exerce. Há áreas que para liderar exigem algumas competências que são mais femininas e podem existir outras que será o contrário, sendo o foco principal nos resultados e nas equipas que estão sob a alçada destes líderes. No âmbito corporativo posso afirmar com toda a certeza que não temos distinção – os cargos são ocupados por quem tem o perfil para o mesmo, independentemente do género. Nem sequer é um tema. Esta igualdade (ou inexistência de qualquer diferença) é a prática comum, faz parte da forma de trabalhar e da cultura organizacional. De outro modo, é um fator de sucesso e claramente diferenciador, que nos ajuda no recrutamento e no clima organizacional.

Olhando para o futuro, quais os principais objetivos da ENERCON? Como avalia a evolução da empresa nos próximos anos?

Crescimento e sucesso são o nosso caminho e um leva ao outro. Tal como já referi atrás, as equipas nacionais têm registado um grande sucesso no seu trabalho, o que faz com que cada vez mais se aposte em Portugal. Ora, isto faz com que haja um crescimento geral – basta consultar o site oficial na página do recrutamento e ver as ofertas de emprego nos diversos países. Naturalmente que além da sede, Portugal tem o maior número de vagas em aberto e já vivemos neste clima de full recruiment há pelo menos 3 anos. Nem a pandemia fez com que mudasse – algum abrandamento natural, mas que rapidamente recuperamos. O facto de sermos uma empresa verde, um produto sustentável, uma forma de trabalhar igualmente com foco no ambiente, marcam a diferença para quem trabalha connosco e abraça os nossos desafios. E com tecnologia de ponta, tornamo-nos num dos mais desejáveis locais para trabalhar quando falamos de empresas de energia verde.

You may also like...