Dia Mundial da Incontinência Urinária
Este dia assinala-se a 14 de março e visa sensibilizar o público para esta patologia, alertando para os modos de identificar o problema (os sintomas), para os tratamentos apropriados, para os significativos impactos negativos na qualidade de vida dos afetados e para a prevenção do mesmo. A Incontinência Urinária é um estigma social para muitos que sofrem deste problema, como a vergonha e as inseguranças associadas, o que leva a uma diminuição da autoestima. Por isso, também este dia se torna tão importante, pois pretende não só consciencializar a sociedade do problema, como enfrentá-lo com cada vez mais naturalidade.
10 dados sobre a incontinência que talvez desconheça
1. A incontinência urinária afeta 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Se todas estas pessoas fizessem parte de um país, seria a terceira região mais povoada do planeta, apenas atrás da China e da Índia.
2. Uma bexiga pode conter entre 300 e 400 ml de urina (uns dois copos de água) durante o dia. Durante a noite, o valor aumenta até aos 800 ml.
3. A incontinência tanto afeta homens como mulheres. Um em cada cinco portugueses com mais de 40 anos sofre de perdas de urina.
4. 40% a 70% das pessoas com incontinência urinária não procura ajuda médica.
5. 78% das mulheres com incontinência urinária ainda não usa produtos específicos para as perdas de urina.
6. Os programas de prevenção e reabilitação do pavimento pélvico podem atrasar o surgimento ou melhorar o grau de afeção das perdas de urina até 70% dos casos.
7. Doem-lhe as costas? As perdas de urina provocadas pelo enfraquecimento do pavimento pélvico estão relacionadas com um maior risco de sofrer dores de costas.
8. A prevalência das perdas de urina nas mulheres que praticam desporto de elite é elevada. As atividades de alto impacto são prejudiciais para o pavimento pélvico.
9. Existem três tipos de incontinência urinária: de esforço (as perdas ocorrem ao rir, tossir, espirrar ou fazer exercício), de urgência (a necessidade é tão intensa que não permite chegar a tempo à casa de banho) e mista (combinação das duas anteriores).
10. 35,4% das mulheres com diabetes sofre de incontinência. Os níveis elevados de açúcar no sangue associados à diabetes costumam provocar uma quantidade de urina considerável, o que faz com que o risco de perdas de urina aumente.
10 diferenças entre a incontinência masculina e feminina
1. A quem afeta: afeta 1 em cada 3 mulheres a partir dos 50 anos; a proporção entre eles é de 1 em cada 4, a partir dos 40 anos.
2. Causas: nas mulheres surge principalmente devido ao enfraquecimento do pavimento pélvico; já neles, além da idade, a incontinência está relacionada com o aumento do tamanho da próstata, o cancro da próstata ou doenças neurológicas, como Parkinson ou Alzheimer.
3. Tipos de incontinência: nas mulheres, a incontinência mais comum é provocada pelo esforço; neles é mais frequente a de urgência, conhecida por “bexiga hiperativa”.
4. Tratamento: aqui, para ambos, os médicos e fisioterapeutas estão de acordo: fortalecer a musculatura pélvica.
5. Acompanhamento profissional: estima-se que cerca de 42% das mulheres que têm incontinência não vão ao médico; no caso deles, a percentagem sobe quase 20 pontos, chegando aos 60%.
6. Tabu: para um número elevado de mulheres, (32%), este tema continua a ser tabu e 27% delas não fala do assunto por vergonha; no caso dos homens, mais de metade espera mais de um ano para consultar um médico.
7. Vida social: tentamos sempre assegurar-nos que temos uma casa de banho por perto, ainda que isso limite em parte a nossa vida social por medo das perdas de urina; entretanto, metade dos homens diz que dorme pior por ter que se levantar durante a noite e que este problema limita a sua vida sexual e profissional.
8. Impacto emocional: a incontinência afeta a qualidade de vida das mulheres, provoca insegurança, baixa autoestima e isolamento; 90% dos homens sentem-se menos seguros e chegam mesmo a sentir-se deprimidos devido a este problema.
9. Desconhecimento: alguns maus hábitos, como limitar a ingestão de líquidos para evitar as perdas, não são solução, pois a urina fica mais concentrada e aumenta a frequência da micção. A ignorância é um dos piores inimigos neste tipo de situação. A informação sobre a incontinência ajudará a entender e prevenir o problema.
10. Utilização de pensos específicos: apesar de haver um grande desconhecimento sobre a utilização de produtos específicos, pensados para neutralizar o odor e a densidade da urina (mais líquida), um número expressivo de mulheres e de homens (mais eles) não os conhecem e utilizam pensos para a menstruação, papel higiénico ou mais do que uma peça de roupa interior em simultâneo.