Consultórios Médicos São Gregório: A sua saúde, tão perto de si!

Paulo Abreu e Lima, administrador

Este é o slogan que, em Rio Maior, rege a atividade dos consultórios médicos São Gregório. A propósito da recente mudança na administração desta entidade – agora a cargo do jurista e economista Paulo Abreu e Lima – a Revista Business Portugal esteve nestas instalações por forma a perceber qual a estratégia administrativa que será levada a cabo pelo novo diretor.

Assumiu a direção desta clínica em abril deste ano. Como surgiu este desafio?

Conheço algumas pessoas em Rio Maior e foi uma amiga, médica nesta região, que me lançou este desafio que aceitei, mas nunca pela perspetiva de negócio puro e duro. A minha intenção é dar o meu contributo para o bem-estar da população, aliás, na minha opinião, quem encara a saúde como um negócio – e há quem o faça amiúde –  não vai no bom sentido. Aqui não há clientes nem utentes: há pacientes.

 

Prestam um serviço bastante completo e diversificado. Fale-nos um pouco sobre isso…

Temos praticamente todas as valências, desde a clínica familiar e geral até à dermatologia (que tem muita procura), ortopedia, cardiologia, oftalmologia, pediatria, psiquiatria, gastroenterologia, fazemos exames de colonoscopia e endoscopia com as respetivas polipectomias (remoção dos pólipos para análise), psicologia, terapia da fala, enfermagem, acupuntura, entre muitos outros. Atualmente, estamos a pensar na viabilidade de algo relativamente novo em Portugal, que é a ozonoterapia (um conjunto de técnicas que utilizam o ozono como agente terapêutico num grande número de patologias).

 

Como pode descrever o corpo clínico que compõe esta equipa?

Esta equipa (composta por 23 pessoas) presta um leque muito alargado de serviços, nomeadamente em valências muito carenciadas na região e país. Como é normal, os  pacientes ficam afetos aos médicos e técnicos que já conhecem e é a sinergia entre esta equipa e o público em geral que faz com que os consultórios médicos São Gregório sejam uma referência quer em Rio Maior, que nas localidades circundantes.

 

Sente que os serviços que aqui são prestados funcionam como um apoio fundamental aos serviços na área da saúde já existentes em Rio Maior?

Sim, é uma resposta para o que não é encontrado nestes sítios. Neste caso, temos o Centro de Saúde e os hospitais de Santarém e Caldas da Rainha, mas a clínica complementa de uma forma bastante abrangente o que ali já é feito.

 

Como se encontra a saúde do ribatejano atualmente?

Está boa. O ribatejano já come melhor e preocupa-se muito mais com a sua saúde e forma física. O habitante daqui tem culturas muito enraizadas ao nível da gastronomia, mas também é de ideias fixas e atualmente o bem-estar e a saúde entraram na vida da população um pouco por todo o país. Aqui não foi exceção.

 

Qual o maior constrangimento com que já se deparou no exercício desta atividade?

Sem dúvida que são as urgências diárias. É muito difícil lidar com essa realidade e gerir estas situações da melhor forma possível, mas a verdade é que as pessoas, por vezes, procuram na clínica um serviço de urgência do qual não dispomos. Vejo pessoas que, desesperadamente, recorrem à nossa clínica como se este fosse um Centro de Saúde. Infelizmente, esta realidade é consequência do que se passa no sistema nacional de saúde do nosso país, mais concretamente nas salas de espera das urgências dos hospitais e centros de saúde.

 

O que falta, então, para melhorar o setor da saúde em Portugal?

Essencialmente dois quesitos: uma boa gestão dos recursos humanos e financeiros. Houve um desinvestimento completo neste setor nos últimos 10/15 anos. E, em último caso, quem sofre é quem contribui para o SNS, que somos todos nós.

 

Qual o futuro que tem delineado para esta clínica?

As principais novidades, a curto prazo, prendem-se com a expansão dos consultórios médicos São Gregório para os concelhos de Vila Franca de Xira, Alenquer e Lisboa.

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