Claudete Teixeira: A advocacia com paixão e propósito

Com uma trajetória marcada pela especialização e pela ousadia de aceitar novos desafios, Claudete Teixeira consolidou o seu nome na advocacia, sobretudo no Direito da Família e do Trabalho. Acredita que a excelência profissional nasce do conhecimento atualizado, da experiência partilhada e da sensibilidade para lidar com casos humanos complexos.

 

Claudete Teixeira, Advogada

 

 

 

 

Desde a fundação da Claudete Teixeira Advogados, quais foram as decisões ou abordagens mais determinantes para o seu crescimento e consolidação no mercado?

Existiram duas decisões que considero determinantes, a primeira foi a aposta na especialização, dos meus conhecimentos, com a frequência de pós-graduações na área do Direito da Família e das Sucessões e, mais recentemente, em Direito do Trabalho. Esta formação especializada foi importante para o meu crescimento  enquanto advogada e do meu escritório. A outra foi precisamente o ter aceitado novos desafios.

Depois de ter passado vários anos a especializar-me no ramo do Direito da Família, mais recentemente, aprofundei também a minha jornada no Direito do Trabalho e  isso permitiu igualmente o crescimento do meu escritório. A aliar a isto o facto de ter a trabalhar comigo colegas muito competentes nas áreas em que trabalham.

Que desafios inesperados surgiram ao longo do caminho e que lições esta trajetória lhe proporcionou?

O maior desafio, embora não fosse inesperado, foi conciliar a maternidade com o trabalho. Especialmente os tempos após o nascimento, são tempos muito duros porque praticamente não deixei de trabalhar e não é fácil não dormir e continuar a trabalhar. Fora o resto. Mas só isso já é suficiente para ser muito difícil. Contudo,  depois de conseguirmos isto, conseguimos tudo.

O que despertou o seu interesse pelo Direito da Família e como essa área a desafiou e transformou ao longo da sua trajetória profissional?

Juridicamente é um ramo do direito que eu gosto de estudar. O Direito Sucessório, por exemplo é complexo e tem imensas questões jurídicas interessantes. Mas em particular o tema dos direitos das crianças é um tema ao qual sou sensível e no qual gosto de estar envolvida. Os temas do Direito da Família, em geral, despertam-me emoções e eu gosto de trabalhar apaixonada pelo meu trabalho. Eu gosto de proteger pessoas e, neste ramo do direito, todas as pessoas com quem eu me cruzo estão a precisar dessa proteção.

Diante da complexidade e sensibilidade dos casos familiares, que habilidades considera essenciais para um advogado atuar com equilíbrio, empatia e eficácia?

Antes de mais seria muito importante que todos os advogados que trabalham nesta área tivessem um conhecimento atualizado e especializado da mesma e percebessem que trabalhar em tribunais de família e menores não é o mesmo que litigar em processos-crime. Um advogado que não perceba isto não é um problema para a parte contrária, é um problema para o seu próprio cliente.

Que conselhos daria às mulheres que desejam empreender na área jurídica, conciliando liderança, excelência profissional e bem-estar pessoal?

Penso que, qualquer pessoa que tenha de conciliar responsabilidades profissionais com responsabilidades familiares, filhos e com um mínimo de tempo para si, a dada altura sente que não está a conseguir fazê-lo da melhor forma. Mas, nessa altura, é preciso respirar fundo e manter a calma. Nós conseguimos. E se precisarmos, temos de pedir ajuda. O erro poderá estar em achar que conseguimos fazer tudo sozinhos. Eu não conseguiria se não tivesse ajuda.

No contexto do Dia do Advogado, celebrado a 19 de maio, que conselhos daria a um jovem advogado que procura trilhar um caminho de excelência e reconhecimento na profissão?

Um jovem advogado tem pelo menos uma vantagem que é o facto de ter os conhecimentos jurídicos atualizados e, portanto, numa fase em que têm a desvantagem de não ter experiência, é fundamental que continuem a estudar muito, para reduzir ao mínimo o risco do erro. E observem bastante aqueles que já têm essa experiência e ouçam-nos, aprendam com eles. Não há nada pior para um profissional do que a falta de noção das suas fragilidades. Só podemos melhorar o que sabemos que está insuficiente.

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