Caravanas residenciais: Uma alternativa de qualidade às casas de férias tradicionais 

Pierre Micossi é o responsável pelo negócio das Caravanas Residenciais, desde há 10 anos. Em Portugal há duas décadas, este empresário francês começou por criar uma empresa de manutenção de embarcações, mas foi na área das caravanas residenciais que se estabeleceu em definitivo. Feliz com a sua escolha e sentindo-se em casa em Portugal, Pierre Micossi explicou como se processa este negócio diferente, mas que, cada vez mais, é uma opção para quem procura ter uma casa de férias no Algarve.

O empresário é natural de uma região francesa onde existem muitos parques de campismo. Na sua família existem elementos que trabalham neste setor e Pierre Micossi resolveu adaptar esse negócio à realidade portuguesa. ​“​​Quando cheguei, abri uma empresa de manutenção de barcos, em Vilamoura, mas é uma área muito exigente. Assim, quando quis enveredar por um negócio diferente, escolhi a área das caravanas residenciais de segunda mão, pois são fabricadas pela grande construtora mundial de barcos, em França, e           porque eu tinha alguns familiares nesta área e já conhecia o funcionamento do setor”.

As caravanas residenciais 

Estas caravanas residenciais vêm dos grandes parques de campismo, situados em França. Pierre Micossi faz uma seleção daqueles com que trabalha e escolhe  apenas os de quatro ou cinco estrelas, que estão abertos apenas durante seis meses a cada ano: ​“interessa-me negociar um material de muito boa qualidade, para assegurar que é feita uma utilização mínima da habitação”.

Estas habitações têm habitualmente dois ou três quartos, casas de banho, uma sala e uma cozinha totalmente equipada. Cada casa tem uma decoração personalizada, prontas a viver. Construídas sobretudo em madeira de contraplacado cobertas de PVC, chassis galvanizado vidros duplos e isolação lã de vidro, o telhado é metálico, a imitar telha. Estas caravanas são excelentes para o período de férias para o qual foram concebidas. “Quem compra a casa, normalmente acrescenta uma esplanada, porque permite aproveitar melhor o tempo excelente que o Algarve tem. Essa é a única parte da habitação que é feita em Portugal e que é adquirida nova”.

Enquanto caravanas residenciais, estas habitações não precisam de licença camarária: ​“só precisa de ter uma forma de fazer a ligação elétrica e a água é conseguida, frequentemente, através de tanques. As águas residuais são escoadas através de fossas sépticas”​​.  Com preços que oscilam entre os 10 e os 30 mil euros, as caravanas residenciais são cada vez mais uma opção para quem quer uma habitação para férias, mas não consegue pagar os valores que, atualmente, o mercado imobiliário algarvio pede.  O transporte é o maior desafio deste negócio. Pierre Micossi tem a sua própria empresa de transporte, e trabalha com uma equipa muito profissional: ​“os camiões têm 2.50 metros de largura e uma casa pode ter mais de quatro metros. Só por causa disso já é exigido um transporte excecional, com licenças especiais e materiais específicos para conseguir colocar a caravana em cima do camião e, depois, no terreno”. ​​

Cada transporte é um novo  desafio. Além disso, existem ainda terrenos para onde simplesmente não é possível transportar as caravanas, porque os próprios caminhos não permitem a passagem de um transporte de dimensões tão grandes, mas felizmente raramente.  Ainda assim, Pierre Micossi garante que chegou onde queria, neste negócio: “a cada ano eu descobri novas casas, novas tecnologias, novos mercados para oferecer sempre mais oportunidades interessantes e de prazer aos nossos  clientes”.

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