Almada com água de qualidade

A Revista Business Portugal esteve à conversa com o vereador administrador executivo dos SMAS de Almada, Miguel Salvado. Conheça esta cidade-exemplo quando falamos da rede de distribuição de água.

O acesso a água potável e saneamento é um direito humano fundamental. Considera que a cidade de Almada está bem servida?

A cidade de Almada encontra-se neste momento, em todas as zonas edificadas, totalmente coberta pela rede de distribuição de água. Quanto à qualidade, são várias as certificações já conquistadas pelos SMAS de Almada. Temos certificados na área da qualidade, ambiente, patrimonial e infraestruturas e no âmbito do Sistema de Gestão de segurança alimentar. Temos 32 furos de captação, nove estações elevatórias, 25 reservatórios e 85.350 m3 de volume de reserva, 18 estações elevatórias de águas residuais e quatro estações de tratamento de águas residuais. Temos ainda 82km de redes adutoras, 880km de condutas de distribuição. A nossa rede de drenagem pluvial tem 502 km e a rede de drenagem doméstica tem 608 km.

Qual a importância do saneamento básico para a saúde pública?

Fazemos o tratamento integral do saneamento, através das nossas quatro ETAR e as águas residuais urbanas tratadas que resultam desse processo são enviadas para o meio aquático, neste caso, o próprio rio Tejo. Posto isto, é essencial haver um tratamento eficiente para que possamos contribuir para a sustentabilidade ambiental e ecológica no rio. Além do mais, é através da boa gestão do saneamento básico que se evita a propagação da poluição, de odores e até mesmo de doenças.

Quais são as maiores dificuldades que enfretam e como as ultrapassam?

A maior dificuldade que os SMAS enfrentam é o estado das redes de água, saneamento e pluviais. Algumas delas estão no limite da sua vida útil. Esta situação representa um desafio a médio-longo prazo, onde teremos que proceder à substituição destas redes. Este processo será demoroso e implica uma gestão muito cuidada dos nossos ativos até porque é necessário minimizar o impacto que esta renovação poderá vir a ter na vida dos nossos munícipes. Outro fator crítico é o impacto financeiro e orçamental que este processo irá representar para os SMAS de Almada, no entanto estamos a tomar todas as medidas necessárias para ultrapassar esta dificuldade.

 

Até que ponto a sustentabilidade ambiental é fundamental para a SMAS?

Todas as matérias que estão relacionadas com responsabilidade e sustentabilidade ambiental dos SMAS é algo que encaramos com muita seriedade. Os SMAS têm um Gabinete de Compromisso Social e Ambiental que trabalha diariamente para consciencializar os almadenses para a importância da água e para os alertar para as nossas responsabilidades ambientais. Prova disto é que após algumas medidas tomadas pelos SMAS, e o maior empenho de cada cidadão na defesa do ambiente, observámos o regresso dos golfinhos ao estuário do Tejo em busca de novos cardumes. Um fenómeno motivado pela despoluição resultante do tratamento dos efluentes domésticos nas duas margens e que são uma prova de que o rio está no bom caminho.

Quais são os projetos que ambicionam concretizar num futuro próximo?

No próximo ano queremos, remodelar a rede de água junto à praça dos Navegantes na Costa de Caparica, na rua Manuel Sousa Coutinho; Torcato José Clavine; Galileu Saúde Correia; na Avenida do Cristo Rei e Avenida D. Leonor, em Almada. Na cova da piedade a remodelação da rede de água irá acontecer no Largo Filinto Elísio, rua Luís António Verney e Avenida António José Gomes. No laranjeiro a remodelação irá acontecer na rua dos Castanheiros. Na Charneca-Sobreda iremos remodelar a rede de água na rua General Sousa Dias e na Avenida Vale Bem.

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