“Acredito que posso fazer a diferença”

Filipa Jardim da Silva é a CEO e Diretora Clínica da Transformar, uma organização de destaque na área da saúde e do bem-estar. Com uma carreira marcada por uma visão inovadora e uma abordagem humanizada, Filipa tem-se dedicado a promover a transformação de vidas através de cuidados de excelência e práticas clínicas integradas.

 

 

Filipa Jardim da Silva, CEO

 

Trabalha todos os dias e aposta na sua formação contínua para poder contribuir de forma eficaz para os objetivos que lhe são colocados. Qual foi a motivação para se especializar em Psicologia Clínica e Coaching? Que experiências pessoais ou profissionais moldaram a sua abordagem como profissional?

Desde muito cedo, percebi que o comportamento humano me fascinava. A minha motivação para me especializar em Psicologia Clínica e Psicoterapia e, mais tarde, Coaching, surgiu da perceção que na base das nossas vidas estão os nossos pensamentos, emoções e comportamentos.

Então seja num sistema educativo ou organizacional, seja uma pessoa individual ou integrada num casal, é trabalhando de dentro para fora, que contribuo para grandes mudanças.

Ao longo dos anos, lidar com diferentes desafios, enquanto filha, mulher, mãe e empreendedora, ajudou-me a desenvolver uma prática mais empática, descomplicada e orientada para resultados. O meu foco está na promoção de literacia em saúde, ajudando a desmistificar preconceitos e mitos sobre a saúde mental. Acredito que posso fazer a diferença ao capacitar as pessoas a lidarem com as suas emoções, erros e vulnerabilidades sem vergonha mas com curiosidade, levando ferramentas transformadoras ao maior número possível de pessoas.

Como surgiu a Academia Transformar, e quais são os seus principais objetivos?

A Academia Transformar nasceu do sonho de levar saúde mental a mais pessoas e de dignificar o trabalho do psicólogo clínico. Com uma equipa multidisciplinar, composta por mais de 40 profissionais, criamos um espaço que fomenta uma abordagem preventiva e integrada à saúde psicológica, tanto em formato online como em formato presencial (em Lisboa e no Porto), para pessoas individuais e também para empresas. Queremos desmistificar e acessibilizar ferramentas e estratégias que ajudem as pessoas a viver de forma mais consciente, proativa e autêntica. Os principais objetivos passam pela promoção da saúde mental como um direito básico e pelo empoderamento individual para que as pessoas saibam gerir as suas emoções e desafios, de forma a desenvolverem uma relação mais saudável consigo e com os outros.

Que mudanças na área da saúde mental acha que serão mais relevantes nos próximos anos? Como é que a tecnologia tem influenciado a saúde psicológica das pessoas?

Acredito que a saúde mental deixará de ser vista apenas como uma resposta ao sofrimento e passará a ser encarada de forma preventiva, como um investimento no equilíbrio geral de cada pessoa, existindo uma maior articulação com outras especialidades médicas para intervenções mais integradas. A tecnologia poderá continuar a apoiar em tornar diversos recursos mais acessíveis, mas nunca substituirá a relação humana.

Que conselho gostaria de deixar às jovens que almejam uma carreira de sucesso no mundo da psicologia?

O meu conselho é: tenham “um para quê?” muito forte e não tenham medo de errar, de ser vulneráveis e de crescer com as vossas próprias experiências. Acreditem no poder da mudança e mantenham sempre o compromisso de fazer parte da solução. Uma boa prática de psicologia requer coragem, ética e empatia, a par de atualização científica e autocuidado.

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