A 13ª edição do Fórum Ibérico CMS NPL despede-se mais um ano depois de um dia com a presença de especialistas do sector

O evento, que com esta edição reafirmou o seu papel como um acontecimento chave para a indústria, fecha as suas portas depois de ter reunido os maiores nomes do sector com mais de 250 executivos seniores e mais de 30 oradores.

 

 

 

Na quarta-feira, 10 de abril, teve lugar a décima terceira edição do Fórum Ibérico de NPL, um evento histórico no sector, organizado pelo CMS Group na Fundación Pablo VI em Madrid. Com mais uma edição de sucesso, o Fórum Ibérico de NPL despediu-se depois de ter reunido as figuras mais relevantes do sector, criando um espaço de encontro onde especialistas de Bancos, Investidores e Servicers de Espanha puderam partilhar as suas perspectivas sobre a nova era do Non-Performing Loans, em que o tema em voga foi a dívida subjectiva.

Os participantes puderam testemunhar em primeira mão profissionais que debateram um vasto leque de temas: desde as perspectivas, oportunidades e o futuro do Financiamento ao Consumo até às operações de Dívida Garantida em Fase Inicial: Re-Performing Loans, Sub-Performing Loans, Securitização, bem como a Reestruturação da Dívida das PME e a tecnologia aplicada ao sector, a personalização do devedor e a justiça digital no atual contexto regulamentar: informação pré-contratual, análise de solvabilidade e IA.

Nesta edição, os participantes puderam desfrutar de 8 debates e apresentações ao longo de um dia inteiro dedicado a abordar as tendências, os desafios e o futuro do sector da dívida, num contexto económico turbulento. Para o efeito, o Fórum Ibérico NPL contou com a participação e os contributos de mais de 30 oradores e com o apoio de mais de 20 patrocinadores que reconheceram as oportunidades oferecidas por este evento.

 

 

 

O debate que deu início ao evento intitulou-se “Non-Performing Exposures from different perspectives”, moderado por Carlos Ruiz Cabrera, Presidente da ANGECO. Os participantes foram David Villacampa, Diretor de Recuperações e Refinanciamento da Ibercaja; Manuel Paiva Raposo, Partner & Executive Managing Diretor da Finsolutia; Pablo Enciso, CEO da Redwood; Pedro Valle-Domingues, Chief Business Development Officer da Hipoges; e Salvador Loscertales, CEO da Oney. Os especialistas sublinharam a importância da gestão interna e da relação com os devedores para encontrar soluções atempadas. Além disso, mencionaram o aumento das reestruturações e a diminuição prevista das carteiras REOS, com o mercado de RPL a tornar-se cada vez mais atrativo devido ao interesse dos investidores. Foi referido que estas alterações apontam para uma tendência descendente do ciclo de NPL nos próximos anos.

A esta sessão seguiu-se a apresentação de Gonzalo Ortega, Partner Asset Management da Axis Corporate, que apresentou os principais dados do mercado: 70% dos empréstimos são garantidos e 89% são considerados empréstimos saudáveis. O rácio de NPL é de 2,87% nos principais bancos espanhóis e, globalmente, mantém-se nos 10%, o que reflecte a preocupação e a prudência das instituições financeiras na classificação e reclassificação da dívida. Ortega referiu que todas as instituições financeiras estão a considerar a venda de carteiras como normal, e não apenas os grandes bancos, o que é visto como uma boa notícia para o mercado.

Depois do Coffee Break, um espaço de networking patrocinado pela Go Bravo, retomaram-se os debates, começando com “Early Stage Secured Debt: Re-Performing Loans as a trend in the industry”. Moderado por José Antonio Olavarrieta, Partner da Deloitte, o painel contou com a participação de Alejo García, Diretor de Gestão de Dívida Duvidosa e Venda de Carteiras do Banco Sabadell; Alfonso Vázquez, Diretor de Projectos Especiais da ABANCA Corporación Bancaria; Andrés López, Country Manager da Axactor; e Jesús Medina, Co-Head of Financing Coverage, Southern Europe do Deutsche Bank.

Nesta palestra, foi discutida a necessidade de os investidores de longa data se adaptarem a esta nova tendência e de os serviços de gestão de carteiras melhorarem as suas capacidades de gestão da dívida antecipada. Além disso, foi sublinhada a importância de informações pormenorizadas sobre os clientes para garantir a continuidade do comportamento de pagamento.

 

 

 

Seguiu-se o debate”As carteiras sem garantia como oportunidade de investimento: Movimentos das carteiras a curto prazo”, moderado por Fernando Fernández-Kelly, Diretor Geral da ALANTRA. Neste painel, Alberto Bravo, Diretor Financeiro da Zolva; Ignacio Meylán, Co-Head Debt & Structure Finance da CBRE SPAIN; e Jorge Barreiro, Head of Litigation and Judicial Control da Ibercaja, partilharam os seus conhecimentos. Discutiram a evolução do mercado e as estratégias para fazer face ao segmento dos créditos de cobrança duvidosa e falhados, bem como a maior disponibilidade dos devedores para encontrar soluções e adaptar-se a novas modalidades de financiamento. Foram também abordados os desafios relacionados com a digitalização e a contactabilidade das carteiras.

Seguiu-se o debate “Personalização do devedor e justiça digital no atual contexto regulatório: informação pré-contratual, análise de solvência e IA”, moderado por Carlos Cuatrecasas, Partner of Consulting Financial Services da KPMG. Com a experiência de Elisabeth Valencia, Advogada da CAIXABANK S.A.; María Gil, Head of Foreclosed Assets and Real Estate da Lexer; Natalia Font, Of Counsel da M&P LEDESMA ABOGADOS; e Pilar Peiteado, Of Counsel da Adarve, foram discutidas as implicações da nova diretiva, bem como o papel da inteligência artificial no processo de declaração de solvência e os riscos associados a algoritmos tendenciosos. A eficiência e a agilidade que a justiça digital pode trazer ao sistema judicial foram discutidas, embora a incerteza legislativa tenha sido identificada como um desafio a ser enfrentado.

O último debate antes da pausa para almoço foi conduzido por Jorge Barrios, Head of Collection and NPL Management do BANCO CETELEM | BNP PARIBAS PERSONAL FINANCE; José Soto, Head of Collections da Oney e Susana Delgado, Head of Recoveries da Findirect, e moderado por Manuel González-Mesones, Partner – Corporate Finance, Portfolio Solutions Group da KPMG. Sob o título “Financiamento ao Consumo: Indicadores sobre a evolução desta dívida nos últimos anos e previsão a curto prazo”, os executivos debateram os desafios do sector do financiamento ao consumo, destacando a aposta no controlo do risco e a adaptação a um ambiente de subida das taxas de juro. A importância da gestão de cobranças e a implementação de tecnologias como a inteligência artificial para melhorar o perfil dos clientes e a agilidade dos processos também foram destacadas.

 

 

Depois de mais de uma hora de pausa para o almoço e para estabelecer novas relações com os profissionais presentes no evento, teve início o penúltimo debate do dia:”Situação atual e evolução da inadimplência em Espanha. Diferentes tipos de dívida: estratégias e abordagens de gestão”, moderado por Saül Canongia, Diretor Jurídico da M&P LEDESMA ABOGADOS. Anton Alfaya, Diretor de Recuperações do BANCO SABADELL; Eric Monso de la Mota, Partner da PWC e Joaquin Baumela, Diretor de Servicing Iberia da Zolva. Estes comentaram a importância de compreender a situação dos clientes para oferecer soluções mutuamente vantajosas, com uma aposta na especialização e na tecnologia. A gestão dos ICOs da Covid e a normalização das taxas de juro foram mencionadas. Apesar dos desafios, o mercado mantém-se estável.

Por fim, a encerrar a sessão, o sector das PME foi abordado com o painel “A dívida das PME e os monopólios: a inadimplência a curto prazo e as reestruturações previstas”, moderado por Carlo Savani, Senior Diretor da ALVAREZ & MARSAL. Com as opiniões de Ana Fernández-Velasco, Partner da The Bell Capital; Juan José Asegurado, Head of Corporate Legal Services do BBVA e Milena Gozalo, Diretor Corporate Loans da Hipoges, foi sublinhada a importância da antecipação e do consenso nos processos de reestruturação, bem como a necessidade de um acompanhamento ativo por parte dos credores. Foram referidas as oportunidades de negócio para os servicers nesta área, bem como a importância de trabalhar em parceria com os bancos para maximizar os resultados. Foram também discutidos os financiamentos alternativos e os riscos associados ao factoring.

Com estas reflexões, o evento, que há treze anos é um dos principais acontecimentos no sector da dívida, chegou oficialmente ao fim. Vemo-nos em 2024!

 

——- versão em espanhol —–

 

13º NPL Iberian Forum 2024

La 13ª edición del NPL Iberian Forum de CMS se despide un año más tras una jornada protagonizada por expertos del sector

El evento, que con esta edición ha reafirmado su labor como cita clave para la industria, cierra sus puertas luego de haber reunido a las más grandes figuras del sector con más de 250 ejecutivos de alta dirección y más de 30 speakers.

Este miércoles 10 de abril tuvo lugar la decimotercera edición del NPL Iberian Forum, un evento histórico en el sector, organizado por CMS Group en la Fundación Pablo VI de Madrid. Sumando otra exitosa edición a la lista, el NPL Iberian Forum se despidió tras haber reunido a las figuras más relevantes de la industria, creando un espacio de encuentro donde expertos de Bancos, Inversores y Servicers de España pudieron compartir sus perspectivas sobre la nueva era de Non-Performing Loans donde el trending topic fue la deuda subjetiva.

Así, los asistentes pudieron presenciar de primera mano a profesionales debatiendo sobre una gran variedad de temas: desde perspectivas, oportunidades y futuro del Consumer Finance hasta operaciones de Deuda Secured en Etapa Temprana: Re-Performing Loans, Sub-Performing Loans, Securitization así como Reestructuración de deuda PYME y tecnología aplicada al sector, personalización del deudor y justicia digital en el contexto normativo actual: información pre-contractual, análisis de solvencia e IA.

En esta edición, los asistentes pudieron disfrutar de 8 debates y ponencias a lo largo de una jornada completa dedicada a abordar las tendencias, desafíos y el futuro del sector de deuda, en un contexto económico agitado. Para ello, el NPL Iberian Forum ha contado con la participación y las aportaciones de más de 30 ponentes, y el apoyo de más de 20 sponsors que han reconocido las oportunidades que ofrece este evento.

El debate que constituyó el pistoletazo de salida del evento fue el titulado “Non-Performing Exposures desde distintas perspectivas”, moderado por Carlos Ruiz Cabrera, Presidente de ANGECO. Los participantes fueron David Villacampa, Director de Recuperaciones y Refinanciaciones de Ibercaja; Manuel Paiva Raposo, Partner & Executive Managing Director de Finsolutia; Pablo Enciso, CEO de Redwood; Pedro Valle-Domingues, Chief Business Development Officer de Hipoges; y Salvador Loscertales, CEO de Oney. Los expertos destacaron la importancia de la gestión interna y la relación con los deudores para encontrar soluciones tempranas. Además, se mencionó el incremento en reestructuraciones y la disminución esperada en carteras de REOS, con un mercado de RPL cada vez más atractivo debido al interés inversor. Se señaló que estos cambios indican una tendencia hacia mínimos en el ciclo de NPL en los próximos años.

Esta sesión estuvo seguida por una ponencia protagonizada por Gonzalo Ortega, Partner Asset Management en Axis Corporate, quien presentó datos clave sobre el mercado: el 70% de los créditos cuentan con garantía y que el 89% son considerados créditos sanos. La tasa de morosidad es del 2.87% en los principales bancos españoles, y a nivel global se mantiene en un 10%, lo que refleja preocupación y prudencia por parte de las entidades financieras en la clasificación y reclasificación de la deuda. Ortega destacó que todas las entidades financieras están considerando la venta de carteras como algo normal, no solo los grandes bancos, lo cual es percibido como una buena noticia para el mercado.

Después del Coffee Break, un espacio de networking patrocinado por Go Bravo, se retomaron los debates, empezando con “Deuda Secured en Etapa Temprana: Re-Performing Loans como tendencia en la industria”. Moderado por José Antonio Olavarrieta, Partner en Deloitte, el panel contó con la participación de Alejo García, Director de Gestión de Dudosos y Ventas de Cartera en Banco Sabadell; Alfonso Vázquez, Director de Proyectos Especiales en ABANCA Corporación Bancaria; Andrés López, Country Manager en Axactor; y Jesús Medina, Co-Head of Financing Coverage, Southern Europe en Deutsche Bank.

En esta charla, se discutió sobre la necesidad tanto de los inversores antiguos de adaptarse a esta nueva tendencia, como de los servicers de gestión de carteras de mejorar las capacidades para gestionar la deuda temprana. Además, se enfatizó la importancia de disponer de información detallada sobre el cliente para garantizar un comportamiento de pago continuo.

El debate “Carteras Unsecured como una oportunidad de inversión: Movimientos de carteras en el corto plazo” fue el siguiente, moderado por Fernando Fernández-Kelly, Managing Director de ALANTRA. En este panel, Alberto Bravo, Finance Director de Zolva; Ignacio Meylán, Co-Head Debt & Structure Finance en CBRE ESPAÑA; y Jorge Barreiro, Jefe de Contencioso y Control Judicial en Ibercaja, compartieron sus conocimientos. Hablaron sobre la evolución del mercado y las estrategias para abordar el segmento dudoso y fallido, así como el aumento en la disposición de los deudores para encontrar soluciones y adaptarse a nuevas modalidades de financiamiento. También se abordaron los desafíos relacionados con la digitalización y la contactabilidad de las carteras.

Después, se abrió paso para el debate “La personalización del deudor y justicia digital en el contexto normativo actual: información pre-contractual, análisis de solvencia e IA”, moderado por Carlos Cuatrecasas, Socio de Consulting Financial Services de KPMG. Con el expertise de Elisabeth Valencia, Abogada de  CAIXABANK S.A.; María Gil, Responsable Área Activos Adjudicados y Real Estate en Lexer; Natalia Font, Of Counsel en M&P LEDESMA ABOGADOS; y Pilar Peiteado, Of Counsel en Adarve, se comentaron las implicaciones de la nueva directiva, así como el papel de la inteligencia artificial en el proceso de declaración de solvencia y los riesgos asociados con los algoritmos sesgados. Se debatió sobre la eficiencia y agilidad que la justicia digital puede aportar al sistema judicial, aunque se señaló la incertidumbre legislativa como un desafío a abordar.

El último debate antes del Lunch Break estuvo protagonizado por Jorge Barrios, Head of Collection and NPL Management en BANCO CETELEM | BNP PARIBAS PERSONAL FINANCE; José Soto, Head of Collections en Oney y Susana Delgado, Directora de Recuperaciones en Findirect, y moderado por Manuel González-Mesones, Socio- Corporate Finance, Portfolio Solutions Group en KPMG. Bajo el título, “Consumer Finance: Indicadores sobre la evolución de esta deuda en los últimos años y previsión en el corto plazo”, los directivos debatieron sobre los desafíos del sector de financiamiento al consumo, señalando el enfoque en el control del riesgo y la adaptación a un entorno de tasas de interés en aumento. Se subrayó, también, la importancia de la gestión de recobro y la implementación de tecnologías como la inteligencia artificial para mejorar la identificación de perfiles de clientes y la agilidad en los procesos.

Tras más de una hora de descanso para comer y para establecer nuevos vínculos con los profesionales que asistieron al evento, empezó el penúltimo debate de la jornada: “Actualidad y evolución de la morosidad en España. Distintos tipos de deuda: estrategias y enfoques de gestión”, moderado por Saül Canongia, Head of Legal en M&P LEDESMA ABOGADOS. En él, hablaron Anton Alfaya, Director de Recuperaciones en BANCO SABADELL; Eric Monso de la Mota, Partner en PWC y Joaquin Baumela, Servicing Director Iberia en Zolva. Comentaron la relevancia de entender la situación de los clientes para ofrecer soluciones beneficiosas para ambas partes, con un enfoque en la especialización y la tecnología. Se mencionó la gestión de los ICO Covid y la normalización de los tipos de interés. A pesar de los desafíos, el mercado se mantiene estable.

Finalmente, a modo de cierre, la temática se trató el sector de SMEs con el panel “Single names y deuda SME: Repuntes de mora y reestructuraciones esperados en el corto plazo”, moderado por Carlo Savani, Senior Director en ALVAREZ & MARSAL. Con las opiniones de Ana Fernández-Velasco, Partner de The Bell Capital; Juan José Asegurado, Responsable de los Servicios Jurídicos de Empresas en BBVA y Milena Gozalo, Director Corporate Loans en Hipoges, se subrayó la relevancia de la anticipación y el consenso en los procesos de reestructuración, así como la necesidad de una vigilancia activa por parte de los acreedores. Se mencionaron las oportunidades de negocio para los servicers en este ámbito, así como la importancia de trabajar en colaboración con los bancos para maximizar los resultados. También se abordaron temas como la financiación alternativa y los riesgos asociados al factoring.

Con esas reflexiones, se da oficialmente por finalizado el evento que, desde hace trece años, es una cita multitudinaria del sector de deuda.

¡Nos vemos en 2024!

You may also like...