Yilport: “O mais eficiente terminal de contentores de import-export da península ibérica”

Fundado em 2000, o Terminal de Contentores de Leixões caracteriza-se por ser um dos terminais mais importantes, tanto em Portugal como no mundo. Em 2017 ocorreu uma das mudanças mais marcantes: o TCL foi adquirido pelo Yildirim Group of Companies – um grupo com uma visão futurista onde o sucesso e o crescimento estão na linha da frente.

Ao longo dos anos, a história do TCL é marcada por vários acontecimentos e mudanças, no que diz respeito à estrutura acionista. É sabido que, em 2017, o grupo turco Yildirim Group of Companies (que detém a Yilport Holding Inc.) obteve a totalidade do capital social da empresa. “Começámos como TCL. Hoje em dia somos denominação social TCL, a marca comercial é a Yilport e fazemos parte da Yildirim Group of companies, com presença em 21 países e quatro continentes.”, acrescenta Nuno David Silva, diretor geral.
A Yilport Holding Inc. é a empresa que abarca os portos e logística que fazem parte da companhia. Atualmente, a Yilport holding é o 12º maior operador mundial de terminais e o segundo a nível europeu.
Enquanto grupo têm uma panóplia de terminais, mais concretamente 23, espalhados pelo mundo. Apesar da Ibérica ser a região com mais terminais, ainda há espaço para Turquia, Noruega, Suécia, Portugal, Espanha, Malta, Perú, Guatemala e Equador. Muito em breve também estará presente em Itália e Estados Unidos.
A Yilport Leixões tem a exclusividade da movimentação de contentores no Porto de Leixões serve um hinterland de 14 milhões de pessoas e um foreland de 184 países.

Estratégias definidas para melhorar a qualidade ambiental e sustentabilidade
Em relação à Yilport Leixões, o ambiente tem sido, cada vez mais, uma das variáveis fundamentais de toda a operação. Nos dias de hoje, em Portugal, ainda são feitos contratos de concessão que não apresentam cláusulas ambientais. Porém, o diretor geral acredita que, no futuro, o fator ambiente será “a chave” das novas concessões.
Em Leixões, praticamente todo o equipamento de movimentação disponibilizado e que está a ser operado é movido a energia elétrica. “Não utilizamos combustíveis fosseis. A energia elétrica já é utilizada em reaproveitamento da energia produzida pelos equipamentos. Já vendemos energia à rede dessa mesma energia que produzimos”, prossegue. Uma vez que o porto está dentro da própria cidade, o mesmo “tem de se desenvolver, criar alternativas e métodos de movimentação que sejam amigos do ambiente e, por sinal, que o respeitem”.
Em relação aos restantes terminais do Grupo Yilport em Portugal, Nuno David explica que está a decorrer um retrofitting de todas as máquinas para que passem também a funcionar em modo elétrico.
Pelas palavras do diretor geral, a questão da qualidade ambiental tem sido cada vez mais debatida, pois a indústria está a caminhar no sentido do híbrido e do elétrico. Se, por um lado, influencia o menor consumo de combustível e consequentemente diminui o custo operacional, por outro toda a movimentação será mais amiga do ambiente.

Maiores dificuldades do setor portuário
No que concerne ao Porto de Leixões e para além da questão ambiental e da interação do porto com a cidade, Nuno David Silva salienta que existe uma dificuldade inerente ao setor: os navios que pretendem escalar o Porto são cada vez maiores. “Nós, portos, temos de conseguir acompanhar a evolução natural da indústria que continua a caminhar no sentido do crescimento da dimensão dos navios. Temos de conseguir adaptar rapidamente o porto às características desses navios, sob pena de os mesmos não escalarem o nosso Porto e a indústria que servirmos se tornar por inerência menos competitiva no mercado global”.

Conferência ‘Portos e concorrência’
Questionado sobre a conferência ‘Portos e concorrência’, direcionada ao setor que se insere, o diretor geral assinala que é bom realizarem a conferência, no sentido de darem a oportunidade de falar da indústria e da importância económica que os portos têm. “É importante que os próprios da indústria conheçam a realidade dos portos, as estratégias de desenvolvimento, onde estamos e para onde vamos”.

Balanço “mais do que positivo”
Com a ambição do Chairman Robert Yildirim em crescer, o balanço da Yilport é marcado de forma bastante positiva e é caso para dizer que é uma história de sucesso. Atualmente a movimentar 660 mil TEU, a empresa assegura que o movimento permitiu um novo recorde em 18 anos, na medida em que quase triplicou.
Em Portugal, o Porto de Leixões é considerado “o mais eficiente e com melhor produtividade. Temos sido sempre eleitos, mesmo pelos nossos clientes, o melhor terminal de contentores do país, o que aumenta a nossa responsabilidade e nos motiva a sermos melhores todos os dias”, sublinha.

Novo projeto a caminho…
Para se adaptarem aos mercados e acompanharem a inovação dos equipamentos, a empresa está a desenvolver um projeto no terminal de contentores sul. O investimento ronda os 43 milhões de euros que irão garantir uma maior capacidade de armazenagem para corresponderem à procura que têm na linha de cais. Este investimento permitirá um processo logístico mais direto e competitivo.
Assim, o sucesso aliado ao crescimento, “obriga-nos a ser e a fazer cada vez melhor. Sabemos que isto não seria possível sem as nossas pessoas, a nossa equipa e esse é o nosso segredo. Toda a equipa sente o TCL e a Yilport Leixões como sendo também delas”, finaliza.

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