Rural-Urbano, onde a tradição gera inovação
O território da ADDLAP, situado no distrito de Viseu, abrange os concelhos de Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela, tendo uma área de 1.372,00 km2. É um território de tipologia rural e com baixa densidade demográfica.
Neste território situa-se a cidade de Viseu, importante núcleo urbano a nível regional e nacional. A rede de acessibilidades envolvente inclui importantes eixos viários de ligação entre o litoral e o interior.
A região é marcada pelo relevo das serras da Gralheira (S. Pedro do Sul), de Leomil (Vila Nova de Paiva) e do Caramulo (Oliveira de Frades e Vouzela). As paisagens de montanha e as abundantes linhas de água, com destaque para os rios Vouga, Paiva, Dão, Teixeira e Alfusqueiro, convidam à prática do turismo ativo e de natureza.
Entre os espaços que integram a Rede Natura, a icónica Reserva Botânica do Cambarinho (Vouzela) preserva uma importante e rara mancha de loendros, planta protegida que confere à paisagem envolvente um colorido deslumbrante durante a floração. Numa perspetiva de educação ambiental, em Vila Nova de Paiva, o Parque Botânico “Arbutus do Demo”, situado no espaço do antigo Viveiro de Queiriga, reúne mais de mil espécies botânicas diferentes. Para o património geológico, destaca-se o Museu do Quartzo, no Monte de Santa Luzia, próximo de Viseu.
Todos os concelhos disponibilizam percursos temáticos que permitem a prática do turismo de natureza e do turismo ativo. Salienta-se ainda, na zona de Viseu, parte do percurso da Ecopista do Dão, a mais extensa do país e que retoma o traçado da extinta Linha do Dão, entre Santa Comba Dão e Viseu e alguns troços da Ecopista do Vouga no traçado da extinta linha do Vouga, entre Viseu e Oliveira de Frades.
O percurso do Rio Paiva, que integra também a Rede Natura, proporciona a fruição de praias fluviais, no concelho de Vila Nova de Paiva e São Pedro do Sul; não é difícil encontrar outros espaços de lazer e desportos náuticos nos restantes concelhos como, por exemplo, a Lapa da Meruge (Vouzela), no alto da serra do Caramulo, ou o espelho de água da Barragem de Ribeiradio (Oliveira de Frades), junto ao Vouga.
A qualidade das águas da região estende-se à saúde e bem-estar, nas Termas de S. Pedro do Sul, consideradas as mais importantes da península ibérica, cujas águas medicinais são utilizadas desde a época romana, ou ainda nas Termas de Alcafache (Viseu), junto ao rio Dão.
Ou podemos conhecer, na aldeia de Várzea de Calde (Viseu), as tarefas árduas do ciclo do linho, ainda presente no quotidiano local e explicado no Museu do Linho ali instalado.
A região é também rica em património arqueológico e monumental. Salientam-se os monumentos megalíticos, os castros da Idade do Bronze e do Ferro, os troços de via romana, as termas romanas de S. Pedro do Sul, as torres senhoriais medievais, os solares e igrejas barrocas, outras tantas chaves de regresso às nossas raízes.
Na gastronomia regional, a Vitela à moda de Lafões é um prato omnipresente mas o cabrito assado, o Rancho à moda de Viseu e as trutas de escabeche de Vila Nova de Paiva são também uma referência, a acompanhar com os vinhos de Lafões e do Dão. A doçaria regional regista alguns saborosos ícones como as Tigelinhas de Lafões (Oliveira de Frades), as Caçoilinhas do Vouga (S. Pedro do Sul), as Papas de Relão de Vila Nova de Paiva, os Pasteis de Vouzela, as Castanhas de Ovos e os Viriatos de Viseu.
E para os amantes do enoturismo, o território oferece um interessante leque de experiências na zona que integra a Região Demarcada do Dão.
O alojamento turístico do território oferece diversas possibilidades, desde o parque de campismo ao turismo em espaço rural ou sofisticadas unidades hoteleiras no espaço urbano.
E há ainda Viseu, autointitulada “cidade jardim” desde os anos 30 do século XX. Os seus jardins, o Parque Aquilino Ribeiro e o Parque do Fontelo, com raízes no século XVI, comprovam o título e irão agradar a toda a família. A cidade possui um valioso património arqueológico e monumental; e mantém um mistério, a Cava de Viriato, a maior fortificação em terra da Península Ibérica. Existe também uma variada oferta museológica, adequada a famílias, desde o Museu Nacional de Grão Vasco à rede municipal de museus, passando pelos museus da Misericórdia e de Arte Sacra da Diocese. Mas novos patrimónios vão surgindo, destacando-se o roteiro de “street art” que anima as ruas da cidade e alguns espaços nas freguesias rurais. Uma agenda cultural com eventos que marcam todos os meses do ano (incluindo a emblemática Feira de São Mateus) e uma oferta gastronómica de excelência constituem também bons motivos para visitar a melhor cidade para viver.
Da ruralidade à criatividade, este é, pois, um território a descobrir. Deixe-se surpreender!