nBanks: Uma visão única e inovadora da gestão financeira
A propósito das mais recentes inovações promovidas pela nBanks – o software de gestão financeira que permite empresas, contabilistas e assessores de negócios pouparem recursos e tempo – entrevistámos Orlando Gomes Costa, Co-Founder e CEO da nBanks.
Como é que a combinação de Open Banking e inteligência artificial da nBanks está a transformar o mercado financeiro tradicional e que mais-valias acredita que estas tecnologias trazem, não só para as empresas, mas também para os consumidores finais?
Vivemos num mundo globalizado, onde a tecnologia quebra continuamente com as fronteiras outrora firmadas entre países, setores, empresas. A nBanks emergiu num contexto de disrupção e de visão, com o objetivo de, através do Open Banking e Open Finance, colocar os dados do lado do cliente, reconfigurando o paradigma bancário e financeiro vigente. O nosso produto, seja no seu formato mais económico ou no âmbito mais personalizado, permite-nos chegar já a 75 países, integrando 2500 entidades bancárias numa proposta que conta com mais de 60 funcionalidades pioneiras. Somos os únicos no mundo com esta oportunidade completamente aproveitada e entregamos, através de um software de gestão financeira com informação agregada, qualificada e independente, uma nova relação entre empresas, contabilistas, auditores e instituições financeiras.
Agregamos, num só spot e numa só view Contas Bancárias de diferentes origens e com diferentes propósitos, com a possibilidade de personalização do câmbio, filtragem por país setor e empresa, visualização de saldos e cash flow em tempo real e categorização automática dos movimentos. Com a tecnologia aliada às finanças, nomeadamente por via de Inteligência Artifical com Machine Learning, materializamos esta proposta e conseguimos, hoje, automatizar tarefas outrora demoradas e rotineiras. Permitimos que cada operacional atue direta e unicamente na tarefa que a função lhe incube e garantimos que o gestor consiga com um “fast update” visualizar todos os dados necessários para uma tomada de decisão mais qualificada. O tempo é o nosso principal asset e ficamos felizes com o retorno dos nossos clientes que poupam já 86% do tempo habitualmente consumido na obtenção e tratamento diário de informação bancária e obtêm um ROI de 5.29.
A inteligência artificial tem sido amplamente discutida, tanto pelos benefícios que pode trazer às empresas, como pelas suas potenciais implicações éticas e sociais. Qual é a visão da nBanks relativamente a estas questões? De que forma a vossa aposta na Financial AI está a ser moldada por preocupações éticas e pela responsabilidade social?
Apesar das recentes transformações tecnológicas e digitais nos provarem que estes novos recursos podem ser aliados, há ainda um medo patente na sociedade que, como quase sempre acontece, é oriundo do desconhecimento e que nos motiva também no investimento da literacia neste âmbito. Sabemos que podem fruir desta área inúmeras vantagens, para todos os stakeholders, motivo pelo qual acreditamos e continuamos a investir neste produto e o feedback positivo dos nossos clientes, que se sentem mais seguros, mais informados e mais conscientes do valor dos seus ativos financeiros, vem reforçar este ponto. São já 3000 users com os seus processos rotineiros automatizados, permitindo que as pessoas tenham mais tempo para se dedicar a tarefas de maior valor e estímulo e que os gestores tomem decisões sentindo-se mais seguros e com a informação do seu lado. Cada vez mais o talento humano tem de estar da decisão, na subjetividade, na capacidade e sensibilidade crítica e não nas tarefas rotineiras, muito ocupacionais e de pouco valor acrescentado. Como o nosso produto funciona 100% em cloud, com o nosso parceiro no âmbito da segurança sendo o Microsoft Azure, o maior provider do mercado, estamos também tranquilos sobre este que, desde o início, foi um tópico prioritário na nBanks. Adicionalmente, temos vindo também a voltar a nossa gestão organizacional para questões do âmbito da ESG, perspetivando recorrer à Inteligência Artifical para obtermos mais indicadores neste sentido. Como sempre, olhamos para o futuro e acreditamos que, dentro de alguns anos, o apoio desta tecnologia na promoção de rotinas laborais com mais bem-estar e eficiência não será tema de tantas dúvidas, mas sim uma necessidade.
A nBanks acaba de anunciar a criação da primeira equipa de advisors em Open Banking e Financial AI. Que desafios enfrentaram no desenvolvimento desta equipa, e qual o impacto previsto desta equipa no setor bancário nos próximos anos?
Somos, uma vez mais, os primeiros no mundo com esta iniciativa. Acreditamos que com uma proposta inovadora deve vir também uma equipa de acompanhamento devidamente qualificada e, por isso, esforçamo-nos por selecionar os elementos que melhor respondem aos desafios impostos e dedicamos um sólido bloco temporal à sua formação sobre o tema. Na nBanks promovemos o trabalho em equipa e, por isso, a estreita relação entre Marketing, Desenvolvimento Tecnológico e Advisoring permite um acompanhamento personalizado, próximo e orientado para a solução. A nossa proposta atual, que vem reconfigurar o paradigma bancário, é a de que o cliente tenha serviços bancários a trabalhar para si, independentes, isentos. Olhando os recentes fenómenos que se debatem sobre esta área, acreditamos que o futuro será também nesta linha.
A inovação tecnológica pode reduzir a desigualdade ao ampliar o acesso a serviços financeiros, mas também pode excluir quem não tem literacia tecnológica ou financeira. Como é que a nBanks pretende abordar este dilema e garantir que as suas soluções são inclusivas e acessíveis a toda a população?
Primeiramente, acreditamos no nosso potencial enquanto atores promotores da literacia tecnológica e financeira, aliando-nos a empresas parceiras e à Academia para a promoção do diálogo e conhecimento neste tema. Apesar disto, é um tema que requer o envolvimento mais holístico das instituições, nomeadamente, pela entrada destes conteúdos da atualidade e que fomentam as competências transversais, no ensino formal. Temos observado a orientação para o seu enquadramento no quotidiano das pessoas, como é exemplo o lançamento da diretiva PSD1, PSD2 e, brevemente, PSD3, na comunidade europeia, que abre o espaço e os dados bancários a novos players, subscrevendo, dessa forma, o mote de responsabilização e consciência de cada pessoa sobre eles. Colocamos os dados do lado do cliente e facilitamos o acesso e visualização dos mesmos, promovendo decisões mais conscientes e abolindo etapas que junto dos bancos tradicionais envolvem mais obstáculos. Abrimos caminho para o empoderamento do cliente e somos parceiros na transição tecnológica das empresas.
A sustentabilidade é um dos pilares da nBanks, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental através da digitalização de processos e redução do uso de papel. Como a tecnologia da nBanks contribui para o desenvolvimento sustentável e como antevê que a inovação tecnológica possa continuar a moldar as práticas sustentáveis no setor financeiro?
Assumimos a importância deste ponto de forma orgânica e, por isso, como tudo o que nasce dessa forma, acreditamos que é de dentro para fora que esta transição se dá. Na nossa lógica de operacionalização organizacional abolimos o papel, usufruímos de uma gestão de recursos materiais mais eficiente e assumimos até um regime de trabalho com uma menor carga de office days. No âmbito do nosso produto, promovemos também esta redução, desde já pela agregação de dados bancários num só sítio. Um processo outrora delimitado como o pedido de extrato bancário superior a 90 dias, com um custo associado para o cliente, além do custo ambiental, deixa de ser tema com a possibilidade de acesso ao ficheiro num só clique. Os nossos ficheiros podem ser extraídos em diferentes formatos e integrados em plataformas de gestão contabilística e de auditoria, possuímos já uma agenda organizacional e fiscal integrada na nossa plataforma e oferecemos a possibilidade de filtrar as permissões de visualização e extração de determinados dados, aos nossos clientes, permitindo que possam num só clique aceder a tudo o que precisam sem terem de passar por dados sensíveis e, deste modo, sem que os gestores e contabilistas tenham de imprimir e rasurar estes pontos. A inovação tecnológica continuará a ser aliada na promoção de rotinas organizacionais mais sustentáveis, tendo a nBanks já em mente um projeto que, através da IA, permitirá uma maior consciência sobre esta pegada.
Qual a visão da nBanks para o futuro da banca e da gestão financeira com o avanço de tecnologias como blockchain, criptomoedas e IA? E qual será o seu papel na liderança desta transformação digital?
O avanço das tecnologias, nomeadamente a IA, tem já no presente um impacto na gestão bancária e financeira das empresas e, como prova disso, temos o aproveitamento desta oportunidade de negócio pela própria nBanks. Em cinco minutos, o tempo que demoramos a tomar um café, 3000 dos nossos clientes, oriundos de 75 países diferentes e por via da nossa integração de 2500 entidades bancárias, categorizaram aproximadamente 4000 movimentos e extraíram mais de 170 documentos. O tempo de um café, convertido em produção! O nosso produto assenta neste preceito e, com base no resultado positivo apresentado pelos nossos clientes, no âmbito da eficiência e da poupança de tempo e recursos, afirmamos com confiança que há potencial para a reconfiguração do paradigma no futuro. Como exemplo disto, temos a experiência da nBanks enquanto consultores, atores colaborantes e especialistas em vários países lusófonos, onde levamos pela primeira vez o Open Banking. Somos parceiros nesta transição digital.