Liderança que transforma a saúde
A saúde, enquanto pilar essencial da humanidade, encontra nos avanços farmacêuticos uma força para transformar vidas. Neste contexto, profissionais como Sofia Cochado enfrentam os desafios, em projetos de equipa que procuram transformar o futuro do cuidado ao doente. Com uma trajetória marcada pela gestão estratégica, aliada ao compromisso com a inovação, Sofia destaca-se como uma peça-chave na Takeda Portugal. Em entrevista à Revista Business Portugal, Sofia Cochado, Market Access & Corporate Affairs Head da Takeda em Portugal, conta-nos os desafios deste cargo e os segredos de uma boa liderança.

Sofia Cochado, Market Access & Corporate Affairs Head
A Takeda é uma empresa biofarmacêutica global de origem japonesa com mais de dois séculos de história, e representa mais que um legado, um farol de progresso que alia a tradição à pesquisa de ponta, atendendo às mais complexas necessidades terapêuticas. Presente em mais de 80 países, a organização dedica-se a áreas como Oncologia e Hematologia, Doenças Raras, Gastroenterologia, vacinas, derivados do plasma, entre outras, trazendo esperança para milhares de doentes a nível global. A história de Sofia Cochado e da Takeda ilustra que a combinação de liderança apaixonada e a inovação tecnológica pode redefinir os padrões de saúde global. Essa é uma jornada que inspira, desafia e reforça a crença de que um futuro mais saudável é possível. “É o meu primeiro cargo de liderança, a área da saúde é uma área bastante complexa e cheia de desafios, mas estou empenhada em dar o meu melhor todos os dias”. Sofia assume que o maior desafio é conseguir motivar continuamente as equipas naquilo que é a exigência inerente a um setor tão competitivo e regulado. “Igualmente importante é garantir, junto da equipa, equilíbrio entre um ritmo que é bastante acelerado e que é muito competitivo, com aquilo que, enquanto filosofia corporativa, chamamos de work-life balance”, confessa a Market Access & Corporate Affairs Head.
Representatividade feminina
Sofia revela ainda que existe muito a fazer naquilo que é a equiparação do papel da mulher, nomeadamente, em cargos de direção. De uma forma geral, “eu diria que a indústria farmacêutica é um setor que me parece estar um pouco à frente, na medida em que muitos dos cargos de direção na indústria farmacêutica, nomeadamente, em Portugal e, especificamente, na Takeda, são ocupados por mulheres. E, portanto, existe um compromisso, e diria que uma valorização naquilo que é o papel da mulher em cargos de liderança e de gestão”, refere a entrevistada.
Atualmente, se tivermos como exemplo a direção da Takeda em Portugal, temos os cargos de liderança completamente equilibrados, mas independentemente disso, Sofia sente que ainda existe um caminho que deve ser feito.
A todas as mulheres que desejam seguir um cargo de liderança na área da Saúde, Sofia deixa um conselho: “Acho que o melhor conselho que posso deixar é que as pessoas sejam autênticas e cultivem relações positivas, estruturem as suas ideias com o máximo de profissionalismo possível e arrisquem, na maioria das vezes, se estivermos confortáveis com aquilo que estamos a fazer, corre bem. No limite, se falharmos, aprendemos com o erro”.
Transformação digital no ramo farmacêutico
Na Takeda, numa perspetiva global, existem várias dimensões onde a tecnologia é cada vez mais importante, nomeadamente, naquilo que é a investigação e desenvolvimento através de programas que permitem a identificação de moléculas, de uma forma muito rápida, o que pode encurtar em muito o tempo de investigação e desenvolvimento de medicamentos. “A inovação e tecnologia é um pilar estratégico da Takeda. Também a nível local a tecnologia é um eixo estratégico, já integramos diariamente uma série de programas que nos permitem ser mais efetivos no nosso trabalho”, relata a entrevistada.
Colaboração na Saúde
Liderar num setor que trabalha diretamente com saúde é uma responsabilidade essencial que exige ética, cuidado e empatia. “O setor do medicamento é altamente regulado e escrutinado. Temos de ter a capacidade de conseguir, junto dos nossos interlocutores, ter relações de colaboração e estabelecer parcerias que garantam o acesso de doentes a tratamentos de qualidade”, sublinha Sofia Cochado.
Sustentabilidade e responsabilidade social
A sustentabilidade e a responsabilidade no setor farmacêutico são fundamentais para garantir a saúde das pessoas e a preservação do meio ambiente. Este setor deve adotar práticas que minimizem os impactos ambientais.
A Market Access & Corporate Affairs Head da Takeda revela que a empresa é um exemplo, com uma área de responsabilidade social corporativa que tem atividades a nível global e local. “A nível global, posso destacar tudo aquilo que é o nosso objetivo de neutralidade carbónica e a redução em 40% das emissões de gases poluentes até 2025 – temos vários exemplos de edifícios sustentáveis com 100% energia renovável. Em paralelo, damos prioridade a parceiros que também já tenham programas de sustentabilidade ambiental”.
A Takeda Portugal tem um grupo de responsabilidade social que faz cerca de duas a três atividades por ano e a nível ecológico fez também algumas alterações: “Erradicámos do nosso escritório garrafas de plástico e estamos a trabalhar numa frota elétrica progressiva, acompanhando a tendência do mercado. Na responsabilidade social, temos iniciativas que visam apoiar instituições locais e existem dias de voluntariado em que fazemos atividades junto da comunidade”, revela Sofia.
A Takeda destaca-se assim como exemplo de compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade social corporativa, integrando práticas inspiradoras tanto a nível global quanto local.
Carlos Ribeiro General Manager da Takeda Portugal
Carlos Ribeiro assumiu a função de novo General Manager da Takeda, com efeito a partir de 1 de novembro. Com mais de 20 anos de experiência na indústria farmacêutica, especialmente nas áreas de Oncologia e Hematologia, entre outras, Carlos Ribeiro ocupou diversas posições de liderança estratégica e operacional, tanto em Portugal como em posições de liderança a nível global.
Antes de assumir o cargo de General Manager da Takeda em Portugal, era Oncology Franchise Head para Hematologia na Europa e Canadá, posição que ocupava desde dezembro de 2021. De 2019 a 2021, atuou como Oncology Country Head em Portugal.
Antes de entrar para a Takeda, Carlos Ribeiro acumulou uma vasta experiência em gestão de produtos oncológicos e terapias renais, em empresas como Celgene, Sanofi Genzyme e Janssen-Cilag. Foi responsável pelo lançamento de medicamentos relevantes, consolidando a sua especialização nas áreas de mieloma múltiplo, leucemia e linfoma.
Refere que o que mais o cativa nesta área é a velocidade do progresso científico. A introdução de novas soluções médicas que, em menos de uma década, conseguiram transformar doenças fatais em condições crónicas geridas de forma eficaz, é algo que o motiva a apostar na indústria farmacêutica. “Sempre tive um interesse profundo pelas Ciências, particularmente na Química, Biologia e Saúde. O que mais me fascina é como as descobertas científicas podem ser aplicadas no nosso dia a dia para melhorar o bem-estar da sociedade. Foi isso que me levou a seguir uma carreira na indústria farmacêutica. A descoberta da penicilina e das vacinas são exemplos que me inspiram e mostram o potencial da ciência para transformar e melhorar a qualidade e a expectativa de vida das pessoas”, afirma Carlos Ribeiro. Um dos maiores desafios na sua carreira foi sair da sua “zona de conforto” após vários anos de consolidação profissional em Portugal, ao assumir uma posição de destaque na Takeda com responsabilidade estratégica na Europa e Canadá. Esta função permitiu-lhe não só conhecer diferentes modelos de negócio, mas também lidar com uma diversidade de stakeholders e ajustar-se a diferentes dinâmicas de mercado. Acredita num estilo de liderança baseado no compromisso com a inovação e o alcance de metas de excelência. Valorizando o desenvolvimento individual e a coesão das equipas, acredita que a distribuição adequada de responsabilidades é fundamental para criar um ambiente de confiança e satisfação. Além disso, promove a participação ativa dos colaboradores na geração de ideias e soluções, com ênfase num feedback contínuo que impulsiona a melhoria e a inovação. Entre os valores mais importantes que tenta incutir nas suas equipas estão a integridade, honestidade, perseverança e justiça, pilares que se alinham com a cultura da Takeda. “Acredito que o futuro da Takeda em Portugal será de contínuo crescimento, impulsionado pela inovação. Temos uma oportunidade única de ser pioneiros em novas soluções médicas, tanto no mercado português como a nível global. A curto prazo, a minha prioridade é acelerar projetos inovadores, enquanto a longo prazo pretendo reforçar a posição da Takeda como líder no desenvolvimento de soluções que realmente melhorem a vida dos doentes”, acrescenta o novo General Manager da Takeda. A nível pessoal, o equilíbrio fora do ambiente de trabalho é encontrado em momentos com a família e na prática de ciclismo. É um ciclista de longas distâncias, capaz de percorrer 300 km num só dia, o que reflete o seu espírito de resiliência e determinação, características que também aplica na sua vida profissional.