“Criativos e eco-friendly inspirados pela natureza dos Açores”

O SO Architecture & Design é um atelier que junta as áreas da arquitetura, do design e da engenharia, o que, segundo os Sócios-Fundadores, Gonçalo Lopes e Bruno Furtado, veio preencher uma lacuna que existia no mercado. Os dois arquitetos afirmam que colocam inspiração, paixão e trabalho em todos os trabalhos que realizam.

Bruno Furtado e Gonçalo Lopes, Sócios-Fundadores

Para começar, conte-nos como surgiu o projeto da SO Architecture & Design e qual a sua visão acerca do percurso que têm traçado.

O projeto surge de um conjunto de circunstâncias. Primeiro, nasce da paixão que temos pela arquitetura. Segundo, da vontade que tivemos de colocar em prática a nossa visão, num lugar que é tão especial e importante para nós, como é o Arquipélago dos Açores. Achámos que aqui teríamos todas as condições para concretizar sonhos (os nossos e os dos nossos clientes) e alcançar tudo isso, num local absolutamente espetacular, onde é possível ver crescer o nosso trabalho e gozar de muita qualidade de vida.

 

A empresa é uma start-up que junta arquitetos, designers e engenheiros. O que gostaríamos de saber são os aspetos que vos distinguem das restantes empresas do sector.

Precisamente este. Juntamos as nossas valências. A arquitetura, design e engenharia. Havia uma lacuna no mercado, a engenharia, o design de interiores, industrial e de comunicação, a completar a obra de arquitetura, parecia-nos uma proposta interessante, que fazia falta e que era viável, e procurámos preencher esta lacuna. Acreditamos que este é o caminho certo, pois estas valências completam-se e tornam os projetos mais coerentes, do principio ao fim, em particular, quando se tratam de projetos de natureza turística ou edifícios de habitação coletiva.

 

Apesar de estarem localizados na ilha de São Miguel, nos Açores, estabelecem parcerias e partilham projetos com colegas além-fronteiras. Quais as vantagens destas iniciativas e no que é que estas beneficiam o vosso trabalho, enquanto arquitetos e designers?

Passámos por experiências académicas e profissionais fora do Arquipélago, em Lisboa e em França. Mantivemos contacto com os ateliers por onde passámos e continuamos a alimentar estas sinergias, sobretudo, porque temos projetos que requerem soluções criativas que assentem em princípios de sustentabilidade. E, neste em particular, procuramos manter proximidade com França pois, para além de conhecimento, já tem longa experiência na construção com materiais bio-source.

Mas, além deste vínculo, satisfaz-nos verificar que mais de oitenta por cento dos nossos clientes são estrangeiros que procuram construir nos Açores e que querem fazê-lo da forma mais responsável, criativa e sustentável possível.

Procuraram-nos porque percebem que a integração no território é algo que defendemos. O respeito pela natureza é algo para ser levado muito a sério em qualquer parte do mundo, mas, nos Açores, ainda mais. A natureza aqui é demasiado bela, demasiado preciosa para ser ignorada ou menosprezada. É a nossa maior riqueza. Criar um projeto com isso sempre muito presente na nossa mente, é a nossa obrigação.

 

O vosso método de trabalho prima pela inovação e, ao mesmo tempo, pela diferença. Que estratégias implementam para se manterem sempre a par da evolução dos mercados, quer da arquitetura, como do design?

Vivemos num paraíso afastado de quase tudo, mas o mais importante chega-nos. Se há trinta anos era essencial sair do Arquipélago para visitar o melhor do que se fazia no mundo, hoje saímos para poder ver de perto, o que já vimos à distância, através do infindável mundo da Web. É relativamente fácil acompanhar as tendências e ter acesso ao que se faz pelo mundo fora. Só não tem acesso a este manancial de informação, quem não faz um mínimo esforço para se manter atualizado. Mas verificar in-loco, conta, claro. Hoje é bastante mais fácil viajar a partir dos Açores. Há ligações aéreas contantes aos EUA, Canadá e a vários países da Europa que são referências para quem aprecia arquitetura. Sempre que temos a ocasião, procuramos viajar. Viajar é viver e aprender.

 

Dos projetos já realizados, em variados locais, há algum que gostasse de destacar? E algum que ambicionem realizar?

Ambicionamos realizar todos os projetos que já desenhámos. Todos os que se encontram à espera de um cliente apaixonado.  Desenhamos sempre com o intuito de os realizar e, mesmo que as circunstâncias não permitam que se concretizem no imediato, descansa-nos saber que um dia encontrarão um cliente tão entusiasmado quanto nós, que dará finalmente vida ao esquiço. Para nós, todos os projetos são especiais. Colocamos sempre inspiração, paixão e trabalho em todos eles. E, no final, sentimo-nos como fazedores de sonhos. E isso é uma imensa responsabilidade, mas também um enorme privilégio.

 

Enquanto sócios-fundadores da SO Architecture & Design, como é que olham para o futuro da empresa e que planos tem em mente?

Gostaríamos de continuar a crescer e expandir o nosso negócio. Os próximos passos serão concretizar projetos desenhados e que pretendemos ver erguidos no continente português e no Arquipélago da Madeira. Em paralelo com este crescimento, ambicionamos nunca perder a nossa identidade. Um atelier que quer ser divertido, criativo, eco-friendly e, sempre, disponíveis para ouvir e acompanhar a ambição e os sonhos dos nossos clientes.

 

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