Carlos Martins & Lourenço Construções: Construir no Algarve com sabedoria e honestidade

A Revista Business Portugal esteve à conversa com Carlos Martins, que dá nome à empresa de construção que fundou. Foi no terreno, numa das suas obras em execução, que o gerente da Carlos Martins & Lourenço Construções nos explicou como adquiriu a sabedoria no estrangeiro e a aplicou no mercado nacional.

Proveniente de uma família sem grandes posses, o nosso entrevistado começou desde cedo a trabalhar no mundo das obras, mas, ainda assim, conseguiu tirar um curso de eletromecânica, onde adquiriu conhecimentos em desenho de construção. Conhecimentos esses que o colocaram, desde o início, ao nível dos donos das obras, apesar de, na altura, não ter métodos de trabalho. No entanto, devido ao facto de estar rodeado de pessoas que sabiam trabalhar e da sua vontade de aprender, Carlos Martins cresceu no ramo e é hoje “um técnico de construção em qualquer serviço”, tal como o próprio afirma.
Iniciou o projeto com um irmão e, por isso, a Carlos Martins Construções sempre foi uma empresa familiar, fazendo hoje parte da equipa a segunda geração da família – Miguel, que desde sempre trabalhou com o pai e já domina a obra; e Márcio, formado em desporto que não nutre especial gosto pelo mundo da construção, mas vai aprendendo a gostar. O facto de ser uma empresa familiar implica muita responsabilidade, mas também alguma liberdade e segurança no futuro, por haver garantias de continuidade do projeto: “[os meus filhos] São o meu braço direito, eles são o futuro”, defende Carlos.
A empresa, que se dedica à construção de edifícios residenciais e não residenciais, tem hoje uma presença solidificada no mercado da construção civil, muito por culpa de, quase desde o início da sua atividade, assegurar uma panóplia de serviços: “Só não tinha eletricidade, mas agora o meu filho mais velho, que é técnico de eletricidade, preenche essa lacuna. Tenho os serviços todos, só não tenho capacidade de resposta, por isso, recorro a outras empresas”, refere Carlos Martins, que confessa que os prazos das obras são curtos e a pressão é elevada, obrigando à subcontratação.

Trazer para Portugal o que de melhor se faz lá fora

Foi de um momento para o outro que Carlos Martins recebeu uma proposta, de um alemão, para ir como chefe de obras para o estrangeiro, pensando mesmo tratar-se de uma brincadeira. Mas o alemão estava a falar muito a sério e “no dia seguinte já tinha o bilhete para mim”, como explica o nosso entrevistado, que ficou reticente porque “tinha algumas obras aqui e teria de deixar a minha mulher e os meus filhos pequenos”. Factos que pesaram na decisão e o levaram a recusar a proposta, para descontentamento do germânico.
Apesar de, inicialmente, não ter aceite rumar para fora do país, pensou melhor e decidiu embarcar na aventura temporariamente. A experiência acabou por se prolongar mais do que o previsto, mas apesar da diferença salarial e das condições de trabalho serem aliciantes, o saudosismo fizeram-no voltar a casa: “Lembrava-me do que tinha aqui e lá não. É uma vida dura, não a nível de trabalho, mas por estar longe de tudo, por estar longe da família”. E assim foi… voltou. Mas foi essa visão do exterior, essa experiência que Carlos adquiriu lá fora, que teve como consequência trazer para Portugal técnicas que ainda não eram conhecidas: “Trouxe conhecimento e experiência a nível de equipamentos, isolamentos, entre outras coisas. Nessa altura não tínhamos aqui nada do que se via lá fora. O estrangeiro é mais desenvolvido e eu trouxe técnicas novas para cá, alavancando uma qualidade que não se vê noutras obras”.

Trabalhar com sinceridade e honestidade

Para além da “qualidade e da segurança, que são duas premissas muito importantes e indispensáveis”, o que distingue a Carlos Martins & Lourenço Construções das demais empresas do setor, é a imagem. O nosso entrevistado diz fazer questão de dar sempre a cara e de estar sempre presente perante o cliente: “Trabalho com sinceridade e honestidade e, para mim, isso é a maior publicidade da empresa”.


Carlos foi construindo uma imagem assente em pilares como a confiança e a sabedoria: “Não houve uma obra que deixasse por acabar. Isso transmite confiança e, para mim, o cliente tem sempre razão, nunca se deve contrariar o cliente”. Esta relação de confiança leva a que os clientes voltem a procurar novamente as suas soluções, e não outras.
Composta por 12 colaboradores permanentes e por trabalhadores subcontratados, conforme as necessidades, a Carlos Martins & Lourenço Construções consegue assegurar uma capacidade de construção elevada: “Aqui são quatro [obras]. Tenho duas em Vale de Milho, duas em Sines, e no final do mês vou começar mais 34”, remata o nosso entrevistado, que garante haver capacidade de resposta para todos os serviços, desde o início da obra, sempre com uma qualidade transcendente.

 

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