A2S: Maçãs de Lisboa
Sabia que na Área Metropolitana de Lisboa são produzidas variedades de maçã com características únicas?
Sabia que segundo a lenda, a Praia das Maçãs assim se chama devido às grandes maçãs que caíam dos pomares e que eram transportadas pela Ribeira de Colares até à praia?
Sabia que a Maçã Riscadinha de Palmela é de Denominação de Origem Protegida?
Sabia que a Maçã Camoesa da Azóia (Sesimbra) também se chama maçã férrea e é recomendada a doentes anémicos pois produz-se em terrenos argilosos, ricos em ferro, na zona do Cabo Espichel?
Estas são algumas das características singulares que levaram à criação do projeto Maçãs de Lisboa, que pretende valorizar as variedades tradicionais deste fruto produzidas na Área Metropolitana de Lisboa. O projeto surgiu na sequência do primeiro Orçamento Participativo Portugal (OPP), um processo em que as pessoas apresentam propostas e votam em projetos a implementar nas diferentes áreas de governação. Em 2017, foram selecionados 38 projetos e foram investidos três milhões de euros do Orçamento de Estado, para a implementação dos mesmos e o projeto 689 – Transformação de variedades de maçãs tradicionais de abrangência regional, foi vencedor, visando promover e potenciar as variedades tradicionais de maçã – a Camoesa de Sesimbra, a Reineta de Sintra e a Riscadinha de Palmela.
Neste âmbito, a Direção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo protocolou com os Grupos de Ação Local, A2S – Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia e ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal a implementação deste projeto nos respetivos territórios de intervenção.
Estas duas associações de desenvolvimento local são entidades reconhecidas pelo Portugal 2020 para apoiar o desenvolvimento local de base comunitária, e selecionam e financiam projetos de investimento nas áreas da agricultura, da agroindústria, dos produtos locais e do empreendedorismo, implementando ainda outras atividades de animação para os agentes dos territórios rurais.
Na sequência do protocolo, deu-se início à implementação do projeto e, em março de 2018, o projeto OPP ganhou uma imagem e marca próprias – “Maçãs de Lisboa”.
A partir desta marca comum, serão realizadas campanhas de divulgação e de sensibilização sobre a existência destas variedades regionais, procurar-se-á incentivar a sua produção, e em particular e a sua transformação em produtos tradicionais e ou inovadores, potenciar a comercialização em circuito curto (do produtor ao consumidor) e sensibilizar os consumidores para a importância do consumo dos produtos locais de qualidade.
A criação da marca Maçãs de Lisboa, permitirá promover e valorizar as variedades regionais de maçã, que têm uma produção muito limitada e de baixa rentabilidade e, ao mesmo tempo, associar produtores e transformadores de maçã de modo a aumentar a produção, a transformação e a comercialização destes produtos. Pretende-se ainda criar um repositório de informação útil sobre estas maçãs e até utilizar a marca enquanto elemento agregador e valorizador dos produtos.