13 ANOS A APOSTAR NA QUALIDADE DIFERENCIADA

Na Qualistamp não basta fazer, é preciso fazer diferente e, para isso, é fundamental estar sempre a par das tendências do mercado e investir. Em entrevista à Revista Business Portugal, Artur Marinho e Romeu Vieira, sócios-gerentes da estamparia têxtil especializada na estampagem localizada, revelam que o sucesso da empresa está assente em três pilares: qualidade, preço competitivo e cumprimento de prazos.

Em plena época de crise, há 13 anos, Artur Marinho e Romeu Vieira tiveram a bravura de dar início a um projeto que se dedica à estampagem de artigos têxteis, em Fafe. A ousadia combinada com qualidade diferenciada, tornaram a Qualistamp numa referência no setor têxtil, sendo, pelo sétimo ano consecutivo, PME Líder. Segundo Romeu Vieira, “o êxito da empresa deveu-se à conjugação de dois fatores fundamentais para o negócio: o saber fazer e a gestão acompanhada. A minha área é Engenharia e Gestão Industrial e o Artur Marinho é a base do know-how, com 34 anos de experiência. Com a conjugação dos dois fazemos mais, melhor e diferente”. Quem assegura a formação dos colaboradores é Artur Marinho, dono de uma vasta experiência e que nos elucida que “a estamparia é uma passagem controlada de tinta para o tecido e não é qualquer pessoa que o consegue fazer”. Os nossos entrevistados garantem que a estamparia é uma arte e há duas coisas fundamentais para que esta resulte: toque e sensibilidade.

Com uma equipa jovem, dinâmica e proativa, a Qualistamp assegura a valorização de um produto e o potenciamento da sua venda. Assim que o desenho é recebido e o objetivo de cada cliente percebido, desenvolve-se uma amostra, através de técnicas de estampagem (que vão desde o floco projetado, caviar, devoré, relevo, estampagem 3D, entre outras) e em função das tendências de mercado, potenciando assim uma simples malha, que até então não tinha valor acrescentado.
O crescimento sustentado da empresa deve-se à forte aposta num produto diferenciado e da busca insaciável pelo conhecimento, sendo que, segundo os nossos entrevistados, para se prevalecer no mercado é imprescindível manter a qualidade, o preço competitivo e cumprir os prazos estipulados pelos clientes. Com uma forte aposta na tecnologia e novos produtos, a empresa está sempre a inovar. “Acompanhamos a evolução dos produtos, matérias-primas, processos de fabrico e, inclusive, implementamos processos que não existem no mercado. Desenvolvemos mecanismos e até máquinas que permitem fazer inversão de processos de fabrico, ou seja, tornamos possível a conjugação de produtos que são incompatíveis”, explica Romeu Vieira.

Investir para crescer e para diferenciar
O que diferencia a Qualistamp é o investimento e procura constante, quer em termos tecnológicos ou em processos de fabrico, aumentando a eficiência da empresa em termos produtivos, quer em conhecimento: “Procuramos sempre acompanhar os mercados, porque isto é tudo muito volátil, muito dinâmico e nós temos de acompanhar constantemente, apostando sempre na melhoria contínua. É um fator preponderante na nossa atividade”, defende Romeu Vieira. Posto isto, a empresa marca presença em várias feiras internacionais, para que conheça, profundamente, o mercado: “Procuramos estar presentes, no sentido de procurar produtos e novas técnicas que possamos transportar para Portugal. Investir nas feiras de referência a nível mundial é muito importante, pois assim estamos onde está toda a informação”, afirma Romeu Vieira, que acrescenta, convicto, que a Qualistamp está na vanguarda: “São 13 anos a investir para fazer diferente e devemos continuar a apostar num produto diferenciado, de valor acrescentado e que seja aceite no mercado”.
Presente no mercado espanhol, nórdico e alemão, a Qualistamp tem vários clientes de referência, como são o caso do Grupo Inditex, onde trabalham com cinco marcas (Bershka, Massimo Dutti, Oysho, Pull&Bear e Zara); Sniff; Mango; Esprit e CR7. Neste momento, os mercados-alvo são o norte-americano e irlandês, sendo objetivo apostar nestes mercados, mantendo aqueles em que estão alocados. Segundo Romeu Vieira, os fatores penalizadores dos últimos anos são “a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o Brexit e a questão da Turquia, sendo este último o nosso grande problema. A Turquia é o nosso concorrente mais direto e, em capacidade, tem uma oferta muito superior e uma ferramenta que nós não temos: a moeda própria. Quando desvalorizam a moeda, há uma fuga de encomendas. Só no produto diferenciado é que conseguimos reter encomendas aqui em Portugal”.
Fidelizar clientes e dar continuidade ao investimento e diferenciação são os grandes desafios para o ano que agora se inicia: “A única forma de ainda retermos o trabalho aqui em Portugal é fazendo diferente, sendo o nosso foco a fidelização nos mercados-alvo. Queremos manter os padrões de qualidade, que são elevadíssimos, quer no controlo físico e químico dos produtos utilizados em produção, quer em termos de processo, para que haja um cumprimento integral. Em termos de investimento, aquilo que temos contemplado são algumas atualizações em termos de processos tecnológicos, para poder implementar novas técnicas como floco projetado de cinco milímetros e estampados holográficos. Estando capacitados, conseguiremos dar uma resposta rápida e eficiente aos clientes”, remata Romeu Vieira.

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