TXIRTE: Uma t-shirt, um país

Filipe Pimenta deixa a área financeira para aplicar o seu lado empreendedor. Cria a Txirte, uma empresa que desenvolve t-shirts originais e de autor de vários artistas e países. Em entrevista à Revista Business Portugal, o CEO, apresenta as motivações que o levaram a criar a Txirte.

Apresente-nos do seu percurso e conte-nos como surgiu a ideia de criar uma marca como a Txirte?
A ideia foi crescendo por causa das viagens que fazia, com especial enfoque no continente africano. Encontrava muitas recordações disponíveis para venda, mas nunca consegui encontrar uma boa t-shirt para trazer de recordação e era justamente essa a peça que eu gostava de trazer pelos locais que visitava. O que existia era em material e design duvidoso. Entretanto apercebi-me que no Algarve, região de onde sou natural, acontecia a mesma coisa. A ideia foi maturando e quando a minha situação profissional se alterou, decidi que era altura de pôr esta ideia em prática. A aventura começou aqui. Comecei com a coleção do Algarve, por motivos óbvios, e apontei para um segmento de mercado mais alto, do turista cinco estrelas devido à qualidade e originalidade do produto. Apostei no algodão orgânico e ring spun, bem como na qualidade da serigrafia e no saco que pode ser reutilizado, depois de esticadas as suas fitas, se transforma num saco-mochila. São produtos pensados ao detalhe desde o primeiro momento.

A Txirte está acessível nos quatro cantos do mundo? Como é que o consumidor pode ter acesso aos seus produtos?
Basta aceder ao site www.txirte.com e tem acesso às duas coleções disponíveis, à world e à art collection, para além deste meio, tenho alguns artigos em hoteis cinco estrelas e resorts e em lojas direcionadas para o público que tem interesse neste tipo de produto. Recentemente apostei em expôr os meus artigos num multibrand web shop.

Tem duas gamas de produtos: A world collection e a art collection. Quais as diferenças entre elas?
A world collection tem que ver com os locais ou países onde a pessoa esteve ou de onde é natural e é um produto mais direcionado para o turista e para os viajantes que pretendem levar um souvenir do local onde se encontram. Portugal, Algarve e Cabo Verde são, para já, as ofertas disponíveis. A art collection tem particularidades como o facto dos desenhos serem exclusivos, de serem feitos por artistas dos países ou regiões em questão e com edição limitada. Neste momento tenho uma coleção exclusiva, desenhada pelo artista plástico de Portimão, o João Sena, com edição limitada e estou a trabalhar noutra com um tatuador de Albufeira e procuro alargar este leque que pode ir desde o caricaturista, passando pelo fotógrafo e pelo street artist.

É seu objetivo continuar a criar memórias aos viajantes de forma criativa e original?
O meu objetivo máximo, para me sentir realizado, será o de ter uma t-shit de cada país do mundo. Haverá sempre a condicionante primordial de terem de ser desenhadas por artistas nativos desse país. Venho da área financeira, por isso, gosto de planear todos os custos e passos para poder garantir o crescimento sustentado da Txirte. Fiz algumas experiências durante este verão e há algumas premissas que vou alterar, no sentido de ser mais bem-sucedido. Outro objetivo passa por alargar o leque de coleções a disponibilizar online e nos espaços físicos com quem tenho parceria.

Considera-se criativo e empreendedor?
Não me considero criativo quanto ao desenho e criação das t-shirts, mas quanto à originalidade do negócio. Pretendo manter a originalidade dos desenhos, as edições limitadas e o facto de serem artistas nativos dos países a desenharem os artigos. Empreendedor sim por ter criado uma empresa de raiz depois de cerca de 20 anos a trabalhar na área financeira.

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