Turismo deverá ter estratégia de recuperação “a médio prazo”
Segundo defende a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, o setor do turismo deverá ter uma estratégia de recuperação da pandemia da covid-19 “a médio prazo”, incluindo a “reativação do setor aéreo”.
Rita Marques, que esteve na reunião de ministros e secretários de Estado do Turismo da União Europeia, por videoconferência, disse, citada em comunicado, que há “uma responsabilidade coletiva de mobilizar todas as ferramentas para responder às necessidades do setor”. Na mesma nota, referiu que “as respostas europeias terão também de abranger atividades indiretamente relacionadas, como transportes, imobiliário, comunicação social, cultura e ambiente”. A secretária de Estado “defendeu, assim, uma estratégia de recuperação de médio prazo com ações concretas e um envelope financeiro, que deverá incluir um programa para reativação do transporte aéreo”, segundo o mesmo comunicado.
Rita Marques destacou ainda que foi possível “lançar uma declaração conjunta de ministros do Turismo subscrita pela Bulgária, Chipre, Espanha, Grécia, Itália, Malta e Portugal, que reforça a necessidade de a UE dedicar ao turismo um pacote de ajuda financeira robusto”, além de defender “uma atenção especial para as regiões e territórios economicamente mais afetados pela pandemia”.
Esta declaração “estimula a mobilidade intraeuropeia, apoiando as companhias aéreas e a definição de medidas sanitárias e de segurança comuns”, defendeu a tutela. Os ministros do Turismo da UE defenderam que o setor deve ser uma prioridade para Bruxelas no futuro plano de recuperação económica, dado o “impacto negativo” da covid-19 e pediram alterações em regras comunitárias. Os responsáveis dos 27 “descreveram as medidas tomadas até agora pelos Estados-membros, individual ou conjuntamente, a fim de atenuar o impacto negativo da pandemia no setor do turismo e noutros setores conexos”, tendo “salientado que o turismo deveria figurar entre as principais prioridades do plano de recuperação da UE”, que está a ser desenhado pelo executivo comunitário para traçar a reconstrução da economia europeia.
Segundo um comunicado divulgado no final do encontro à distância, na ocasião foi também sublinhada a “importância de uma solução harmonizada para o reembolso dos pacotes de viagens, incluindo os ‘vouchers’”. E, “no que respeita ao quadro jurídico para os operadores turísticos, a Comissão foi convidada a trabalhar prioritariamente no sentido de uma abordagem comum da UE que proporcione flexibilidade e liquidez temporárias e garanta um justo equilíbrio de interesses entre os operadores turísticos e os consumidores”, referiu o Conselho da UE na nota de imprensa.
Fonte: Lusa