Serra da Estrela, uma montanha de oportunidades
O território da ADRUSE, situado no distrito da Guarda, abrange os concelhos de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Manteigas e Seia, com uma área de 1.237 km2 e uma baixa densidade demográfica.
A rede de acessibilidades envolvente permite uma ligação fácil a grandes centros urbanos da região (Guarda, Covilhã e Viseu) e a Espanha, atendendo à proximidade com a fronteira de Vilar Formoso.
A Serra da Estrela define a paisagem e os costumes desta região, proporcionando experiências fascinantes para toda a família, particularmente em contexto de turismo ativo e de natureza, mas também no segmento do turismo cultural.
A descoberta da natureza em ambiente serrano tem no Parque Natural da Serra da Estrela um ambiente ideal, reconhecido internacionalmente pela recente classificação como Geopark Mundial pela UNESCO.
Cascatas, praias fluviais, e trilhos com paisagens deslumbrantes convidam à descoberta da Serra e do seu património geológico durante o verão e não apenas em tempo de neve.
Os “Trilhos Verdes” da Serra da Estrela permitem descobrir os segredos da montanha. E, junto a Manteigas, o Vale Glaciar do Zêzere, memória da última glaciação e um dos maiores da Europa, deslumbra-nos ao longo dos seus 13 quilómetros. Aqui encontra-se o berço do rio Zêzere.
As quedas de água como o Poço do Inferno são outro dos pontos de interesse da zona. E, em tempo quente, são também incontornáveis as praias fluviais como a de Loriga e da Lapa dos Dinheiros, em Seia, Valhelhas em Manteigas ou, já em Gouveia, a do Vale do Rossim, considerada a mais alta de Portugal. Por ali nasce outro grande rio, o Mondego.
Para saber um pouco mais sobre o Património Natural da região estão disponíveis o Centro Interpretativo do Vale do Zêzere, em Manteigas, o Centro de Interpretação do Geopark Estrela e o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), em Seia. Para os mais novos, é também aconselhável uma visita ao Parque Ecológico de Gouveia, espaço onde podemos apreciar o cão Serra da Estrela, o javali, o veado, a raposa, entre outras espécies autóctones da região.
O património arqueológico e edificado deste território é também diversificado. Podemos viajar desde os tempos mais antigos, com vestígios como os povoados fortificados da Idade do Bronze da Fraga da Pena ou de São Romão às marcas medievais, como a necrópole de sepulturas escavadas na rocha de Forcadas, em Fornos de Algodres, ao Castelo de Celorico da Beira. E, na rota das aldeias históricas, encontramos a ruralidade quase intemporal de Folgosinho ou de Linhares da Beira, que das muralhas do seu castelo faz a ponte para aventuras mais radicais, oferecendo a possibilidade da prática de parapente.
Os diversos museus e núcleos museológicos da região são uma janela aberta para os mais diversificados olhares sobre o património e as tradições. Do Centro de Interpretação Histórica e Arqueológica de Fornos de Algodres ou do Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta em Gouveia ao Museu do Brinquedo e ao Museu Natural da Eletricidade, em Seia, não deixarão miúdos e graúdos indiferentes. E, ainda junto a Seia, todos se juntarão em algum momento no Museu do Pão, que nos quer contar tudo sobre a história do pão e do seu fabrico, mas também deixa os mais pequenos “meter a mão na massa”.
Em terra de pastores, há que conhecer dois ícones da região – o burel, tecido feito a partir da lã da ovelha bordaleira e o Queijo da Serra da Estrela. Na região é possível visitar unidades de produção de ambos os produtos. Mas a viagem gastronómica destas serranias não pode deixar de incluir, entre outras iguarias, os pratos de cabrito, borrego, javali ou as trutas de Manteigas. E, se há sobremesa, o arroz doce e o leite-creme estão habitualmente presentes, o requeijão fresquinho, com mel ou doce de abóbora merece a nossa atenção.
Parar e relaxar para o dia seguinte é uma experiência cada vez mais diversificada numa região com excelentes unidades de alojamento turístico, onde o alojamento em espaço rural está cada vez mais presente na oferta local.
A neve é naturalmente um dos ex-libris das experiências na Serra da Estrela. E a Torre, o ponto mais alto de Portugal Continental, com 1993 metros de altitude, é um local incontornável.
Mas, para além da neve, este vasto território serrano é mesmo uma “montanha de oportunidades”. Vai querer descobri-lo!