Olhar Oeste a ótica de confiança

Fernando Martins, um nome indissociável da ótica na região oeste, tem uma trajetória marcada pela inovação e pela busca constante por soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas. Em entrevista, partilha insights sobre a sua experiência, as evoluções na área e os planos para o futuro da Olhar Oeste.

 

 

Fernando Martins, CEO

 

 

Fernando Martins deu início à sua carreira no LNETI, (atual INETI) situado no Paço do Lumiar, em Lisboa. No entanto, em 1999, um convite e desejo de mudança levou-o a dar um novo rumo à sua vida ao mudar-se para Torres Vedras. “Comecei a minha jornada na Azinhaga dos Besouros, mas decidi que era tempo de recomeçar em Torres Vedras”, confessa.

O seu envolvimento num projeto local, que eventualmente acabou, fez com que refletisse sobre o seu futuro. A proximidade com a Lourinhã, onde reside atualmente, surgiu como uma escolha natural. Apesar dos desafios, especialmente a falta de modernização em várias aldeias, Fernando encontra na tranquilidade da região um valor inestimável. “A serenidade que aqui encontro tem o seu preço. Muitas aldeias ainda não evoluíram – especialmente na ordenação  urbana – como deveriam, e sem uma vontade comum, pouco se pode fazer para alterar a situação”.

Durante a pandemia, a Olhar Oeste lançou um serviço pioneiro de consultas ao domicílio para idosos, mas a iniciativa não progrediu como se esperava. “Fui contactado duas vezes para me deslocar a lares de idosos, mas a ideia não avançou muito. No entanto, continuo à disposição para ajudar”, revela. O optometrista sublinha as dificuldades enfrentadas pelos mais velhos, como a ausência de transporte público e o acesso limitado aos cuidados médicos. “Na Lourinhã, a ligação entre a cidade e a praia da Areia Branca é quase inexistente, o que se torna um desafio para quem não dispõe de transporte próprio”.

A trajetória de Fernando destaca uma abordagem cuidadosamente personalizada na seleção de lentes e óculos. Ele explica a presbiopia como um desafio frequente a partir dos 40 anos, originado pela perda gradual de flexibilidade da lente natural do olho. “A presbiopia é uma condição que dificulta a transição entre a visão de perto e de longe. Embora as lentes progressivas tentem replicar a função da lente natural, elas ainda não conseguem igualar a eficácia do mecanismo natural do olho”.

O optometrista, entusiasta das lentes progressivas, reconhece que a adaptação a estas lentes pode ser um desafio para alguns. “A taxa de sucesso na adaptação a lentes progressivas é realmente notável, mais de 90%. No entanto, algumas pessoas podem enfrentar dificuldades, especialmente devido a questões posturais ou ao uso prolongado de grandes ecrãs”. Com isso em mente, sugere que, para determinadas atividades, as lentes progressivas “especiais para escritório” podem ser uma alternativa mais adequada, destacando a importância de personalizar as lentes para corresponder às necessidades específicas de cada pessoa.

 

 

 

 

A visão de Fernando Martins acerca da colaboração entre optometristas e oftalmologistas em Portugal revela um anseio por uma maior eficiência no sistema de saúde. “Recorro à Associação dos Diabéticos em Lisboa para auxiliar os diabéticos, mas o sistema de saúde português está sobrecarregado”, observa. O optometrista critica o corporativismo médico, que obstaculiza a integração plena da optometria no sistema de saúde. “A falta de reconhecimento da optometria em Portugal deve-se, em parte, ao poder corporativo dos médicos. Em Espanha, a colaboração entre optometristas e oftalmologistas promove uma melhoria significativa na eficiência do sistema”.

Além disso, explora a relevância da regulamentação e da ética no campo da ótica, sublinhando a necessidade de preservar a confiança e a integridade, especialmente num cenário competitivo dominado por grandes multinacionais. “A ética é fundamental. Com o crescimento das chamadas ‘fábricas’ de óculos, torna-se ainda mais vital optar por um optometrista e uma ótica em que se possa confiar plenamente”, destaca.

 

 

 

 

Sobre o futuro da Olhar Oeste, Fernando Martins revela que o foco está em manter a excelência dos serviços e em responder às necessidades da comunidade. “Estamos dedicados ao trabalho essencial e ao presente. Sinto que falta uma dimensão mais social e estou aberto a colaborar com instituições que possam contribuir para o acesso e melhoria da saúde da população”, acreditando que a visão é crucial para o quotidiano, influenciando tanto o desempenho académico quanto profissional das pessoas.

Por fim, reflete sobre o futuro da oftalmologia em Portugal e a evolução do setor. “Creio que há espaço para todos desempenharem os seus papéis específicos. A cooperação entre diferentes profissionais de saúde é vital para aumentar a eficiência do sistema”, conclui.

Fernando Martins, com a sua dedicação incansável e visão inovadora, desempenha um papel fundamental na transformação da saúde visual na região oeste de Portugal. A Olhar Oeste vai além de ser uma simples empresa; é a manifestação do compromisso de Fernando Martins com a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade. Com uma abordagem centrada no cliente e uma atenção meticulosa às necessidades da população, Fernando Martins e a sua equipa estão a esculpir um futuro brilhante para a ótica, com um impacto significativo e inspirador.

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