No passado dia 15 de setembro, o candidato presidencial do PSD, Luís Marques Mendes foi o orador convidado no almoço-debate do International Club of Portugal, no Hotel Sheraton Lisboa & Spa, no qual partilhou a sua visão sobre um tema essencial: a ambição para Portugal num contexto internacional adverso, sublinhando que, mais do que nunca, o país precisa de confiança e de um rumo claro para enfrentar os desafios globais com determinação e esperança.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, marcou presença, tal como a antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, a ex-secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, o ex-deputado Miguel Frasquilho, além de várias figuras de destaque do PSD em Lisboa e na região. Todos eles começam a alinhar-se em torno de Marques Mendes, preparando o seu apoio à candidatura ao Palácio de Belém.
Considerado um dos políticos mais sábios e experientes da centro-direita portuguesa, a sua mensagem foi clara: num mundo e numa Europa marcados pela incerteza e instabilidade, Portugal precisa de uma governação ambiciosa e que traga estabilidade para o povo, as suas empresas e os investidores. “Hoje em dia, tanto em Portugal como no estrangeiro, o radicalismo e o ruído do radicalismo estão na moda. Isto pode estar na moda, mas não é a cultura de que o país precisa”, afirmou, reiterando que Portugal precisa de “moderação, tolerância, equilíbrio e bom senso”, e da experiência de “construir pontes” em vez de criar divisões; “compreensão e convergência” em vez de extremos.

Durante o seu discurso, o antigo ministro de dois governos do PSD, prometeu que, caso fosse eleito Presidente de Portugal, trabalharia arduamente num projeto que “transformasse o Estado e a sociedade”. E foi a voz da moderação e da tolerância na questão da imigração, argumentando que Portugal precisava de imigrantes estrangeiros na agricultura, no turismo e para tornar o sistema de segurança social do país sustentável.
Sobre a questão da burocracia excessiva e da lentidão do regime de licenciamento em Portugal – uma questão levantada pelo presidente da APPII (Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários), Hugo Santos Ferreira –, Luís Marques Mendes admitiu que tanto os partidos de esquerda como os de direita concordavam que a burocracia tinha piorado nas últimas duas décadas em Portugal. “O Governo terá muitas dificuldades porque a burocracia é sempre do interesse de alguém e, dentro da máquina do Estado, as pessoas interessadas irão mudar as coisas de uma forma ou de outra (para parecer que se está a fazer progressos), mas na essência tudo continuará na mesma”.
Marques Mendes afirmou que o plano geral do Governo de construir mais casas e mais rapidamente era a política certa, mas insuficiente. “Não é possível alimentar as esperanças de milhares de portugueses que precisam de uma casa a preços acessíveis e depois dizer que isso levará alguns anos a concretizar-se. Entretanto, precisamos de soluções e parece que a única solução é tornar o mercado de arrendamento mais dinâmico e atrativo. Há muitas casas que poderiam ser arrendadas, mas não o são porque os seus proprietários perderam a confiança no Estado, que está sempre a mudar as regras (leis de arrendamento), o que traz instabilidade. Se não agitarmos o mercado de arrendamento, este pesadelo da falta de casas vai continuar e ninguém vai alimentar esperanças dizendo que haverá habitação daqui a dez anos”, concluiu o candidato do PSD às eleições presidenciais do próximo ano, Luís Marques Mendes.





