Junta de Freguesia de S. Mateus da Ribeira: “Ser político é sentir!”

António Marques, presidente da Junta de Freguesia de S. Mateus da Ribeira, esteve à conversa com a Revista Business para contar as suas aventuras e desventuras mostrando as principais potencialidades da terra que o viu nascer.

Localizada nas margens do rio Homem é uma região em que as paisagens são a principal atração. “Aqui na freguesia quem visita pode encontrar as belas paisagens que falam por todos nós. ‘São de cortar a respiração’ e fazem a delícia de todos os miúdos e graúdos”, refere.
Abençoada por São Mateus é uma terra diversificada no que diz respeito aos seus solos. A norte é favorecida pelos montes da Seixeira e assenta em terrenos acidentados, mas férteis e conta ainda com a zona ribeirinha que proporciona ótimos momentos de lazer. Para apreciar estas maravilhas naturais existem os famosos trilhos pedestres do “Couto de Souto” com quase dez quilómetros de distância. Uma forma de passar quatro horas de forma agradável, praticando exercício físico e usufruindo de paisagens únicas.
O turismo religioso está na moda e como não poderia deixar de ser, temos de falar da Festa em honra de S. Mateus (21 de setembro de 2019) e da Igreja Matriz da freguesia. “A Igreja Matriz possui uma escadaria em alvenaria de granito, ladeada por duas cruzes ao alto. No corpo principal da igreja está gravado o ano de 1719, que se refere, provavelmente, à data da sua reconstrução ou transladação, dado que a original se situava no lugar do Casal. O seu interior é guarnecido de magníficas talhas douradas e o altar-mor, também joanino, ostenta figuras de Serafins e valiosas esculturas”, explica. A poucos metros de distância podem ainda ser visitadas as capelas do Senhor do Socorro e da Senhora da Agonia, da Nossa Senhora de Fátima e de São Bento.
São poucos os habitantes da freguesia, devido ao envelhecimento da população e à emigração. Porém, nos últimos anos, vários têm sido os turistas que visitam a região e fazem crescer a economia local que se tem baseado na construção de edifícios de apoio ao turismo, como alojamento local e turismo rural. “Saber receber é também uma das nossas valências. Aqui na região apesar de sermos poucos somos acolhedores. Dar a conhecer as nossas tradições e costumes é um ponto positivo. Quem visita não pode ir embora sem provar o nosso Cabrito da Serra ou provar um dos nossos pratos do conhecido Bacalhau”, afirma.

Um regressar às origens
Conta já com cinco mandatos na Junta de Freguesia e esse feito só pode significar o excelente trabalho que tem vindo a desenvolver. Questionado sobre a sua ida para Braga e o porquê do seu regresso, António Marques, emocionado, refere que “na política é preciso sentir, voltar às origens e representar as pessoas da terra. Voltar foi uma forma de vir sentir a minha terra e tentar desenvolver, dentro do possível, a freguesia que me viu nascer. Esta escola primária que temos na freguesia foi onde me sentei nos meus tempos de criança e aprendi as bases para a minha vida”, conta.
No entanto, não é de grandes eventos, mas sim de pequenos gestos que fazem a diferença. Humilde, mas confiante olha para o futuro e espera que a freguesia continue a ter pessoas que trabalhem e que se esforcem em prol do seu crescimento. “Ainda há muito para fazer aqui na freguesia e tendo um orçamento reduzido é preciso sermos focados e termos os pés bem assentes no chão”, explica. Com a casa mortuária concluída, os próximos projetos passam por captar os jovens para a região promovendo a dinamização para que consigam ver nela um futuro.
Em jeito de despedida deixa o convite: “Não deixem de visitar a nossa freguesia e aproveitem para apreciar os espaços verdes e o ar puro da região”, remata.

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