Great Place to Work®: 25 Anos a construir o futuro das organizações

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A comemorar 25 anos de presença em Portugal, a Great Place to Work® não só avalia, mas molda o futuro das culturas organizacionais. Para Maurício Korbivcher, CEO e Country Manager, este marco é uma oportunidade para olhar para o passado com orgulho, mas, sobretudo, para impulsionar as organizações portuguesas rumo a um futuro de inovação, inclusão e bem-estar, pilares que definem as empresas mais admiradas no cenário corporativo atual.

 

 

Maurício Korbivcher, CEO e Country Manager

 

Este ano marca o 25.º aniversário da Great Place to Work em Portugal. Que balanço fazem destas duas décadas e meia a promover culturas organizacionais de excelência?

25 anos é a flor da idade! Mas, na verdade, este marco representa não só um olhar para o passado, mas sobretudo uma alavanca para o futuro. Desde o ano 2000, quando abrimos o primeiro escritório da GPTW® na Europa, precisamente em Portugal, muita coisa mudou no mundo do trabalho. Mas os nossos valores mantêm-se inabaláveis. Promover Culturas Organizacionais de Excelência é promover inovação, equidade, inclusão, bem-estar e pertença, sempre em comunidade e com o contributo de diferentes gerações.

Se há 25 anos contávamos com apenas 10 empresas no nosso estudo, hoje são mais de 250. Este crescimento enche-nos de orgulho e reforça a nossa missão: continuar a inspirar confiança e a transformar o mundo do trabalho para melhor.

Como tem evoluído a metodologia do estudo ao longo dos anos, e de que forma ela se adapta às novas exigências do mercado de trabalho e às expectativas dos colaboradores?

A nossa metodologia tem mais de 30 anos, e continua a ser aplicada de forma consistente em mais de 100 países, o que nos permite comparar culturas organizacionais em diferentes contextos e setores com rigor e credibilidade.

O que evoluiu significativamente foi a forma como a aplicamos: hoje, através da nossa plataforma SaaS, as organizações têm acesso imediato a dados e insights sobre a qualidade do seu ambiente de trabalho. Esta agilidade na análise e decisão é essencial num mercado cada vez mais dinâmico.

Apesar da evolução tecnológica, o que medimos permanece o mesmo:

– Se as pessoas confiam em quem as lidera;

– Se têm orgulho naquilo que fazem;

– E se gostam das pessoas com quem trabalham.

Estas três dimensões continuam a ser o coração de uma cultura de excelência e continuam a ser o que realmente importa para os colaboradores, independentemente das tendências ou gerações.

Que tendências destacariam nas organizações que, hoje, se posicionam como great places to work? O que mudou em relação às melhores práticas de há 10 ou 15 anos?

Hoje, as melhores empresas para trabalhar vão muito para além dos tradicionais benefícios ou da estabilidade financeira. As organizações mais reconhecidas têm um compromisso claro com escuta ativa, bem-estar integral, liderança empática e um forte sentido de propósito. São lugares onde as pessoas sentem que podem ser quem são, dar ideias, errar, crescer e contribuir para algo maior do que elas próprias.

Nos últimos dez anos, vimos uma transição clara do foco exclusivo na “satisfação” para a construção de relações de confiança e culturas humanizadas. A pandemia também acelerou esta mudança, tornando temas como o bem-estar mental, a flexibilidade e a inclusão verdadeiros diferenciadores de cultura.

 

 

 

 

De que forma o selo de Certificação Great Place to Work influencia a atratividade e a retenção de talento nas empresas portuguesas? Há evidência concreta desse impacto?

Sim, há evidência concreta de que a Certificação GPTW® tem um impacto direto na atratividade e retenção de talento em Portugal.

No nosso mais recente estudo de mercado, 36% dos colaboradores afirmaram que estariam mais propensos a querer trabalhar numa empresa ao saber que esta é Certificada. Porquê? Porque o selo reflete uma realidade interna: estas empresas escutam os seus colaboradores e ajustam as suas práticas com base nesse feedback. E isso sente-se dentro e fora.

A Certificação é, por isso, muito mais do que um reconhecimento externo: é uma poderosa ferramenta de Employer Branding. Nas empresas com o nosso selo, o turnover é 18pp inferior ao mercado.

Além disso, os dados falam por si:

– As pessoas nas empresas certificadas são, em média, 2x mais produtivas;

– Estas empresas crescem 17% acima da média do mercado;

– E o índice de Confiança das empresas Certificadas é de 83%, enquanto nas empresas não reconhecidas é apenas 56%.

Em resumo, ser uma Great Place To Work® não é apenas uma vantagem reputacional, é uma estratégia de negócio com resultados comprovados.

 

 

 

Para além da celebração do 25.º aniversário, o que podem as organizações esperar ao longo do ano em termos de oportunidades de reconhecimento? Há novas iniciativas ou momentos chave onde a Certificação GPTW ganha especial relevância?

A Certificação GPTW continua a ser o ponto de partida essencial para qualquer organização que queira afirmar-se como um excelente lugar para trabalhar, e pode ser obtida em qualquer altura do ano, basta ouvir a opinião dos colaboradores.

Além do reconhecimento contínuo que a Certificação oferece, temos também momentos temáticos que trazem visibilidade acrescida às empresas certificadas, como:

– Em junho, a publicação dos Melhores Lugares Para Trabalhar no setor de IT, com foco nas organizações que se destacam num setor altamente competitivo e exigente;

– Em outubro, a lista dos Melhores Lugares Para Trabalhar em Wellbeing, que valoriza empresas com práticas sólidas de promoção do bem-estar físico, mental e financeiro.

Mais do que rankings, estas iniciativas são acompanhadas de relatórios que aprofundam as práticas das empresas destacadas, oferecendo ao mercado referências reais e aplicáveis, porque as empresas ouviram os colaboradores.

É por isso que certificar ao longo do ano é tão relevante: garante a possibilidade de integrar estas listas temáticas, mede o estado da qualidade de ambiente de trabalho e reforça o posicionamento da marca empregadora.

Escutar os colaboradores é mais do que um processo, é a base de qualquer cultura de excelência.

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