Franquiados McDonald’s de sucesso em Portugal

Desde a chegada da McDonald’s a Portugal, em 1991, histórias de empreendedorismo surgiram através de famílias que, ao longo das décadas, encontraram na franquia um modelo de negócio e uma forma de construir um legado. Entre as famílias que abraçaram este desafio estão Adelino Santos e José Santos, Maria Emília Santos e Ana Margarida Teixeira, e Eduardo Saragga Leal, pai e filho, que exemplificam valores de resiliência, compromisso e inovação.

 

Início da jornada e motivação pessoal

A história da McDonald’s em Portugal ganha um novo capítulo com a ascensão da segunda geração de franquiados e retirada da primeira geração de franquiados, que estão há quase 30 anos com a marca.

Entre eles, Adelino Santos, Maria Emília Santos e Eduardo Saragga Leal, cada um traz consigo uma trajetória única, mas todos partilham a mesma paixão pela marca e um compromisso com a continuidade do legado familiar. José Santos, filho de Adelino Santos, começou a sua carreira na McDonald’s em 1996, enquanto Maria Emília, que se tornou franquiada em 1997, e sua filha Ana Margarida Teixeira, que assumiu o negócio em 2020, também representam uma transição familiar bem-sucedida.

Eduardo Saragga Leal e seu filho Eduardo, ilustram como a inovação pode coexistir com a tradição. Cada um desses franquiados teve um início distinto, mas todos foram guiados por um desejo comum de empreender e criar algo significativo. José Santos, por exemplo, relembra que a sua ligação com a marca começou muito antes de assumir a liderança dos seus próprios restaurantes. “Comecei a minha carreira como funcionário no restaurante McDonald’s do GaiaShopping em 1996, do qual o meu pai era franquiado”, conta. Essa experiência inicial foi fundamental para moldar a sua compreensão do negócio e a sua paixão pela marca.

 

 

José Santos e Adelino Santos

 

 

 

Desafios da transição e continuidade do negócio

A transição de liderança não é simples e envolve desafios significativos. José Santos destaca que “a franquia da McDonald’s não é um negócio que se herda”, tanto que passou por um rigoroso processo de seleção antes de se tornar franquiado, refletindo a seriedade com que a marca trata a continuidade do negócio. Para José, essa responsabilidade é duplicada: “Em primeiro lugar, de corresponder ao que a McDonald’s espera de um franquiado, desde o compromisso com a comunidade aos elevados padrões ao nível da gestão da operação local”. Maria Emília e Ana Margarida enfrentaram desafios semelhantes. A mãe recorda o início da sua jornada em 1997, quando abriu o primeiro restaurante em Santarém. “Na altura, não existiam equipas formadas, e a construção de uma equipa foi o meu grande desafio”, diz. Essa dedicação à formação de equipas fortes e coesas é um testemunho do esforço conjunto para manter os padrões elevados da marca. Eduardo (pai) também ressalta a importância da continuidade quando afirma que “o meu maior contributo foi ter criado uma equipa sólida e leal”.

Relevância da formação e competências na gestão dos restaurantes

Os franquiados reconhecem a importância da formação e das competências adquiridas ao longo dos anos. José Santos, que se formou dentro da própria estrutura da McDonald’s, afirma: “Cada etapa foi essencial para a minha formação”. O seu percurso, desde funcionário até franquiado, exemplifica como a marca proporciona um caminho claro para o desenvolvimento pessoal e profissional. Ana Margarida, com um background em Gestão, trouxe uma nova visão ao negócio. “Sempre tive vontade de um dia vir a trabalhar com a McDonald’s, era como se tivesse ‘ketchup nas veias’”, explica. A sua experiência externa em multinacionais trouxe um olhar fresco e ideias novas, que são essenciais para a inovação contínua da marca. Este enfoque na formação não só garante a eficiência operacional, mas também prepara os franquiados para os desafios do futuro.

 

 

Maria Emília e Ana Margarida

 

 

Impacto da cultura McDonald’s e adaptação ao contexto atual

A cultura da McDonald’s, caracterizada pela inovação e adaptação, é um pilar fundamental para os franquiados. Eduardo (filho) menciona que “a McDonald’s se reinventa continuamente”, e essa capacidade de adaptação é crucial para o sucesso. O uso de tecnologia, como as plataformas de delivery e vendas online, é um exemplo claro de como a marca se atualiza para atender às novas exigências dos consumidores. “Introduzi processos de digitalização e sistematização que aprendi na advocacia, visando otimizar a gestão e preparar os meus restaurantes e equipas para o futuro”, diz Eduardo (filho), refletindo a necessidade de inovação no setor.

Maria Emília e Ana Margarida também destacam a importância de estarem “presentes nas comunidades, ajudando a identificar áreas de crescimento”. Essa ligação com a comunidade é vital, pois permite que os franquiados compreendam melhor as necessidades dos clientes e ajustem as suas operações de acordo. “Estamos sempre a ouvir o feedback dos nossos clientes, e isso é fundamental para a nossa evolução”, afirma Ana Margarida.

O futuro do franchising em Portugal

O futuro do franchising da McDonald’s em Portugal parece promissor com a entrada de novos franquiados e a ascensão de franquiados de segunda geração. José Santos expressa um sentimento de responsabilidade, afirmando que “em Portugal, fui o primeiro franquiado de segunda geração, o que é muito gratificante”. Segundo José, essa responsabilidade implica um compromisso não só com a marca, mas também com a comunidade que serve. “É, para mim, um grande orgulho fazer parte da história da marca no país, mas, acima de tudo, trata-se de honrar a obra que o meu pai começou há 27 anos”, acrescenta. Ana Margarida, por sua vez, acredita que “a nova geração traz novas abordagens, essenciais para o crescimento da marca”. Vê o franchising como uma oportunidade de inovar e adaptar-se às mudanças do mercado. “Sou parte de um grupo de segunda geração e vejo isto como um compromisso para o crescimento e desenvolvimento contínuo da marca nas comunidades onde estamos inseridos”, declara, mencionando o impacto positivo dos restaurantes locais.

 

 

Eduardo Leal (pai) e Eduardo Leal (filho)

 

 

Legado e sentimento de realização

O legado deixado pelos franquiados de primeira geração é um motivo de orgulho para os seus filhos. Adelino Santos sente um “redobrado orgulho” ao ver José assumir o negócio, enquanto Maria Emília reflete sobre o seu percurso com satisfação, afirmando: “Vejo a Ana Margarida a prosperar e a trilhar o seu próprio caminho com sucesso”. Este sentimento de realização é um testemunho do compromisso contínuo com a marca e com as comunidades, mostrando que a McDonald’s não é apenas um negócio, mas uma parte integral da vida das famílias envolvidas.

Eduardo (pai) também expressa a sua realização ao observar a evolução do seu filho, sublinhando que “enquanto estamos verdes, estamos a crescer”. Para eles, a passagem do bastão não é apenas um ato simbólico, mas uma oportunidade de continuar a construir sobre os alicerces sólidos que foram estabelecidos. “Temos alguns colaboradores que me acompanham desde 1997”, comenta Eduardo (pai), ressaltando a importância da coesão e do trabalho em equipa. A história da segunda geração de franquiados McDonald’s em Portugal é um testemunho de como a tradição e a inovação podem coexistir, criando um futuro promissor para a marca e para as comunidades que servem.

Estes percursos, construídos com coragem e um espírito de empreendedorismo, deixam um exemplo de determinação e sucesso, mostrando que o franchising é, acima de tudo, um negócio de pessoas e para pessoas.

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