Cegid debate sobre Futuro, Sustentabilidade e Inteligência Artificial Generativa

Após um ano do anúncio da compra do Grupo Primavera por parte da Cegid, a empresa reuniu mais de 150 parceiros e clientes no evento Cegid Unlimited, em Lisboa, onde apresentou a visão para o futuro. Sustentabilidade e Inteligência Artificial Generativa marcaram o evento Cegid Unlimited. Especialistas colocam Cegid no bom caminho em ambas as temáticas.

Santiago Solanas, CEO

A Cegid, fornecedora líder mundial de soluções cloud de gestão empresarial para os setores Financeiro (Tesouraria, Fiscal e ERP), Recursos Humanos (Processamento Salarial, Gestão de Talento), Contabilidade, Retalho, para Pequenas Empresas e Empreendedores, reuniu na semana passada mais de 150 parceiros na Estufa Fria, em Lisboa, no seu primeiro evento para parceiros e clientes Cegid, onde apresentou a sua visão do futuro e debateu Sustentabilidade e a Inteligência Artificial.

Santiago Solanas, CEO da Cegid para a região da Península Ibérica, América Latina e África, reforçou o «compromisso» da empresa com os clientes e parceiros de Portugal, no evento Cegid Unlimited, o primeiro da marca desde a aquisição do Grupo Primavera.

 No evento, dedicado à partilha da visão de futuro da empresa que contou com um debate sobre Sustentabilidade e a Inteligência Artificial, o diretor da região assegurou que «o negócio dos nossos parceiros está a crescer rapidamente» com a integração de serviços e produtos, junto de 500 clientes e a entrada destes em países onde não operavam, mas que são abrangidos pela Cegid. Santiago Solanas reforçou a aposta na «proximidade e inovação» e sublinhou os resultados da empresa, «mantendo a nossa essência» e com «a mesma equipa, mesma estratégia e valores» da fase anterior da empresa.

A pouco mais de três meses da entrada em vigor da legislação que torna inválidas como faturas eletrónicas todas as faturas que não tenham assinatura digital qualificada, Santiago Solanas lembrou o estudo realizado pela Cegid no início de 2023, que revelou que apenas 39% das PME estão preparadas para esta situação. O CEO da Cegid para a região sublinhou a inclusão desta funcionalidade nos produtos Cegid e a vontade da empresa em «ajudar as empresas, a fazer o que têm de fazer, não só para cumprir a lei, mas para aproveitar esta tecnologia para fazer cada vez melhor e aproveitar a possibilidade de inovação.»

Para o futuro, Santiago Solanas reforçou a aposta da Cegid na cloud e o foco nos parceiros, mas deixou claro que «não queremos ser uma empresa que se destaca apenas pelos resultados, mas sobretudo pelo impacto que temos na sociedade».

Debate apresenta Sustentabilidade e Inteligência Artificial como fenómenos complementares 

Durante o evento, realizou-se uma mesa-redonda com três oradores: Carlos Azevedo, Professor & Research Manager do Centro de Investigação Católica Yunus Social Innovation Manager, Ricardo Santos, cofundador e CTO da AssetFloow e Sérgio Ribeiro, CEO e cofundador da Planetiers World Gathering. A moderação esteve a cargo de Marta Sobral, jornalista da SIC.

O debate colocou na agenda os temas da Sustentabilidade, Impacto Social e Inteligência Artificial. Antes, Santiago Solanas já tinha revelado que está a ser estudada a introdução da IA generativa (como o Chat GPT) em aspetos como o apoio ao cliente, complementando o trabalho humano.

No debate, Carlos Azevedo, professor & Research Manager na Católica-Lisbon Yunus Social Innovation Center, citou boas práticas como o impact sourcing – a divisão de tarefas por localizações carenciadas onde a sua remuneração gera impacto social e considerou o posicionamento da Cegid «um bom exemplo de como posicionar a marca para colocar a tecnologia ao serviço da sociedade, uma solução que aproxima, resolvendo problemas éticos». O investigador sublinhou o mérito de a Inteligência Artificial Generativa «trazer uma perspetiva humana» sobre a IA.

Ricardo Santos, cofundador e CTO da AssetFloow, referiu que «a possibilidade de resolver os problemas de sustentabilidade está mais nas empresas que nas pessoas, individualmente». E deu o desperdício alimentar como exemplo de «incapacidade de prever o consumo do cliente» em que a Inteligência Artificial pode fornecer «uma análise mais proativa, em tempo real, para resolver a economia fantasma», que, segundo o especialista, representa mais de 10% da faturação das empresas.

Sérgio Ribeiro, CEO e cofundador da Planetiers World Gathering, entidade que organiza o maior evento do mundo dedicado à sustentabilidade, deixou claro que, nas empresas, a melhor forma de trabalhar a sustentabilidade é «não criar um departamento de ESG paralelo ao negócio, mas introduzir os critérios de ESG no negócio». O exemplo das 500 árvores poupadas em 2023 graças à utilização da faturação eletrónica pelos clientes Cegid foi considerada um «bom exemplo visual, uma ótima forma de transmitir a mensagem» de integração da sustentabilidade no negócio.

Finalmente, Carlos Oliveira, Presidente Executivo da Fundação José Neves, na sua intervenção após a mesa-redonda, mostrou-se crítico da «transformação digital que não aconteceu» durante a pandemia e sublinhou «a desigualdade de custos» que impede alguns países de absorver tecnologias como a IA, «havendo muitos desafios que podem resolver-se com a Inteligência Artificial».

Como conclusão ficou a mensagem de que a tecnologia deve servir para melhorar a vida das pessoas, da vida em comunidade, em sociedade, e de que não devemos prescindir da componente humana.

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