A tecnologia de ponta ao serviço de um futuro partilhado

 

Guido Santos, Co-Founder

Ricardo Correia, Co-Founder

O presente dita que os próximos anos serão produtivos e evolutivos em transformação digital e inovação e a genesis.studio orgulha-se de participar nos mais promissores projetos de tecnologia de ponta em Portugal. Guido Santos e Ricardo Correia, Co-Founders, não têm dúvidas de que o futuro será colaborativo e por isso as parcerias assumem-se como um pilar estratégico.

A genesis.studio tem o compromisso de conectar pessoas e negócios através de uma transformação evolutiva e tecnologia de ponta, um mote que, hoje, é transversal a todas as áreas e dimensões de negócio?

Transformação evolutiva contrasta com transformação disruptiva. Se, por um lado, algumas novas tecnologias são apelidadas de “disruptivas”, no dia a dia dos negócios, a transformação é normalmente gradual, evolutiva. A adoção de novas tecnologias não implica, ao contrário do que alguns advogam, reformar toda a tecnologia tradicional usada até hoje. Pelo contrário, a experiência diz-nos que os primeiros passos da transição no negócio são justamente em potenciar o que já existe. Nós aceleramos esta transição nas organizações com que trabalhamos fazendo a ponte entre o negócio e a tecnologia e usando uma metodologia que permite que todos, do negócio às operações, partilhem uma visão comum e informada sobre o que pode ser feito com as várias tecnologias com que trabalhamos. Após os tempos difíceis que passámos com a situação pandémica, cada vez mais as diferentes áreas das empresas percebem que a tecnologia permite manter ou até fazer crescer os seus negócios. Por exemplo, vemos que muitos dos micro e pequenos empresários conseguiram continuar a sua atividade com vendas on-line, através das redes sociais, e que algumas grandes empresas adaptaram a sua estrutura para que as suas equipas pudessem trabalhar de forma remota, com pouco ou nenhum impacto negativo no negócio. Há dois anos, poucos pensariam que seria possível renovar um cartão de cidadão sem sair de casa, ou ter uma consulta médica por videochamada, ou que se pudesse abrir conta num banco utilizando apenas o telemóvel. Orgulhamo-nos de estar a participar em alguns dos mais promissores projetos com tecnologia de ponta em Portugal, nomeadamente com Blockchain e com Inteligência Artificial, que permitem esta aceleração e transformação digital.

A empresa desenvolve soluções que automatizam processos e tarefas servindo-se de robots concebidos para esse fim. De que soluções se tratam e quais as vantagens?

Os nossos robots, e a Inteligência Artificial (IA) no geral, têm três grandes funções: Previsão, Interação e Automação. A Previsão é a capacidade de os robots conseguirem antecipar eventos, riscos, evoluções no negócio, etc. Desenvolvemos recentemente uma solução na área da saúde, a plataforma PLANO-A, em que a componente de IA foi desenvolvida para prever o risco de agravamento do estado de saúde de cada doente, através de algoritmos de Machine Learning, de forma a alertar os médicos, facilitar a priorização de casos e permitir que possam atuar de forma mais preventiva e menos reativa. A Interação foca-se na capacidade de compreender linguagem escrita ou falada, tais como os cada vez mais familiares chatbots, que respondem a questões e executam tarefas de forma automática. Na área de Automação, é possível criar robots que replicam o que uma pessoa pode fazer com um rato e um teclado. Através do desenvolvimento de árvores de decisão, é possível que o robot saiba o que fazer em diferentes cenários. 

As aplicações mais comuns desta Automação têm sido focadas em automatizar processos manuais previsíveis e repetitivos, que passam a poder ser feitos até ser fora do horário laboral. Muitos dos problemas que estes robots resolvem estão presentes em várias áreas dos negócios e em empresas de todas as dimensões, de PME a multinacionais.

Toda a experiência adquirida em consultoria corporativa e serviços e operações de TI de nível empresarial permitiu-vos conhecer processos que facilitam na criação de soluções para clientes distintos?

Não só nos permitiu conhecer processos e dinâmicas diferentes, como também nos ajudou a criar e refinar os nossos próprios processos e metodologias, de forma a maximizar o valor que aportamos e a flexibilidade face às diferentes realidades que encontramos. A base do nosso trabalho é tecnológica, mas os seus impactos estendem-se além do âmbito estritamente tecnológico de cada cliente, das operações até ao próprio negócio. Só percebendo como todas estas áreas e seus requisitos se ligam é que conseguimos trazer uma transformação holística dentro das organizações, não apenas tecnológica. Como trabalhámos com clientes em praticamente todos os continentes, sabemos também que a diversidade cultural, étnica e religiosa enriquece ainda mais a experiência e adaptabilidade das nossas equipas. 

As empresas já perceberam que existe um grande potencial de poupança e otimização de operações com a adoção de algumas tecnologias e que lhe permitem competir no mercado?

Acreditamos que uma grande parte do tecido empresarial já percebeu que sem otimizar alguns processos, principalmente com automação e previsão, será mais difícil permanecer competitivos. A Amazon foi o primeiro grande caso: no início do século comprou uma empresa de inteligência artificial. Tem, atualmente, mais de 200 mil robots e esmagou a concorrência em faturação, produtividade e capacidade de resposta. Contudo, muitas outras empresas estão ainda a dar os primeiros passos da sua jornada de modernização. Para estas, é preciso desmistificar que a transformação digital não serve apenas para poupar recursos, mas também para aumentar a produtividade e a resiliência da empresa. Também se torna clara a noção de que o cliente/consumidor final exigirá experiências cada vez mais harmoniosas, seja na resolução de problemas, na capacidade de resposta, ou apenas numa comunicação mais eficaz e mais próxima. 

Adicionalmente, esta exigência por mais e melhores interações digitais chegará também aos próprios colaboradores das empresas, que, cada vez mais, escolherão os seus empregadores em função da inovação e qualidade da experiência de trabalho. 

Um futuro “partilhado” com diversos parceiros será fundamental para que possam contribuir para um tecido empresarial português mais digitalizado e competitivo?

As parcerias são um pilar estratégico para nós. Por um lado, por termos trabalhado com vários consórcios no espaço da tecnologia Blockchain, muitas vezes, colocando lado a lado concorrentes, acabamos por identificar quase sempre vantagens em trabalhar com quem tenta resolver os mesmos problemas que nós. 

Depois, não faz sentido reinventar a roda quando alguns dos nossos parceiros já têm soluções desenvolvidas e prontas a implementar. Em particular, no âmbito da tecnologia Blockchain, a nossa visão é que o tecido empresarial ainda é muito fragmentado, e só através de parcerias e cooperação é que poderemos atingir a escala que ambicionamos. Vemos cada vez mais aplicações desta tecnologia nas áreas de identidade digital, em vários sectores, por exemplo para a troca de informação no âmbito da administração pública central e local, ou no sector financeiro, nos processos de Know Your Customer (KYC) e abertura de conta, ou na transferência de informação entre bancos e seguradoras. Estamos também envolvidos em alguns consórcios no âmbito do PRR, dos quais destacamos o consórcio Data4Life, em que participamos com a plataforma PLANO-A, que nasce da cooperação entre várias instituições de diferentes âmbitos – prestadores de serviços de saúde, universidades, entre outros – que se juntaram para criar uma solução única, focada em resolver problemas em vários sectores – saúde e ciência de dados – e que poderá traduzir-se em diversas melhorias nos cuidados de saúde em Portugal. 

O futuro será colaborativo pelo que continuamos a expandir a nossa rede e a participar em consórcios de variados âmbitos.

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