A importância da formação na Engenharia Geotécnica
O engenheiro Pedro Chitas é Sócio-Gerente na Engigeo – Engenharia Geotécnica, Lda, uma empresa que já conta com quatro anos de existência. Durante a entrevista à Revista Business Portugal, falou sobre a forte aposta na formação dos colaboradores e sobre a relação de franqueza e abertura que a empresa mantém com os clientes.
A Engigeo, Engenharia Geotécnica, Lda é uma empresa cuja atividade abrange todas as vertentes da área. A estreita relação com as universidades permite à empresa estar na linha da frente, no que respeita à aplicação de metodologias de projeto e exploração de novas tecnologias de construção?
A ligação às universidades tem permitido o desenvolvimento de colaborações em projetos de maior complexidade técnica que, consequentemente, exigem cálculos e análises fora do comum. Esta ligação é um dos vetores de desenvolvimento que tem compensado e, por esse motivo, vamos manter esta aposta.
Os profissionais da Engigeo têm a capacidade de resolver problemas complexos, em colaboração com o cliente, chegando a soluções técnico-económicas, adequadas a cada situação. É a vossa constante aposta na formação dos colaboradores que contribui para que estes evoluam?
A formação constitui, de facto, uma das nossas grandes preocupações. Ultimamente, temos vindo a apostar em formação, no que respeita a novas metodologias, no âmbito do sector da construção, mais concretamente, em BIM.
Quais é que são as principais áreas de atuação da empresa e os serviços que disponibiliza?
A Engigeo está vocacionada para a elaboração de estudos, pareceres, projetos, revisão de projetos, assistência técnica, assessoria técnica à execução das obras e fiscalização de obras geotécnicas. Maioritariamente, temos tido participação em obras como a estabilização de taludes, estruturas de suporte e fundações especiais. Neste último ano, a Revisão de Projeto tomou uma parte importante da nossa atividade.
Dada a constante evolução tecnológica e técnica neste ramo, quais as estratégias que implementam para se destacarem no mercado?
Como já referimos, a questão da formação é essencial. Para além da desta, a participação na elaboração de projetos em mercados mais exigentes impôs-nos a necessidade de possuir ferramentas de cálculo mais poderosas do que as usadas correntemente no mercado português. Um próximo passo passará pela integração de ferramentas em linguagem Python e pelo dimensionamento paramétrico, que são tendências incontornáveis no sector da Engenharia Geotécnica.
A excelência, a integridade, a entreajuda e a justiça são os vossos valores-chave. Como é que os colocam em prática e qual a relação que mantêm com o cliente?
A relação que mantemos com o cliente ou com qualquer outra entidade interessada no projeto é de franqueza e de abertura. Quando há dificuldades, devemos assumir as responsabilidades e comunicar eventuais más notícias, assim que ocorram. A nossa postura, no nosso entender, tem valido a pena. Tem havido um crescimento do número de contratos por cliente, o que acaba por ser a nossa melhor medida de satisfação com os serviços prestados.
Depois de quatro anos de percurso, quais é que são os planos para o futuro da empresa?
O futuro da Engigeo passa por crescer, em termos de recursos humanos. Como é sabido, há uma grande dificuldade, neste momento, em recrutar pessoas para este sector de atividade. É, nesta fase, o maior entrave ao crescimento do sector da Consultoria de Projeto, e nós não escapamos a este constrangimento.