33 anos da Escola Profissional Val do Rio

António Esteves, Administrador da Escola Profissional Val do Rio, revela as mais-valias que os alunos podem adquirir ao estudarem nesta instituição.

Apresente-nos a Escola Profissional Val do Rio. Em termos de oferta formativa, o que é que os alunos podem encontrar?
A Escola Profissional Val do Rio está agora a comemorar o seu 33º aniversário. Arrancou em 1989, em Oeiras, e podemos dizer que esta foi uma das primeiras escolas profissionais em Portugal.
A sede em Oeiras iniciou com Indústrias Gráficas, porque se tratava de uma área muito forte na região. À medida que o tecido empresarial foi evoluindo, a Escola foi dando resposta abrindo novos cursos, resultando na oferta atual: Técnico(a) de Multimédia, Técnico(a) de Eletrónica e Telecomunicações, Técnico(a) de Gestão de Equipamentos Informáticos, Técnico(a) de Design de Comunicação Gráfica, Técnico(a) de Vídeo e Técnico(a) de Desenho Digital 3D.
Três anos mais tarde arrancou um novo polo no Estoril, com os cursos de Áudio e Vídeo e Artes Gráficas, evoluindo atualmente para os cursos de: Técnico(a) de Ação Educativa, Técnico(a) de Apoio Psicossocial e Técnico(a) de Auxiliar de Saúde.

Sabemos que a internacionalização tem um papel importantíssimo no vosso estabelecimento de ensino, de que forma é que os estudantes podem usufruir desta experiência?
Esta é uma vertente muito consolidada no nosso projeto educativo. Iniciámos em 2005 e, atualmente, já vamos na 2ª carta de Erasmus, o que nos permite trabalhar em mobilidade de forma consistente, pois assegura, durante os próximos anos, colocação de alunos em estágios no estrangeiro. Anualmente, vão cerca de 24 estudantes, o que constitui uma experiência extremamente enriquecedora para eles. Nalguns casos acabam mesmo por ser convidados pelas empresas para ficar lá a trabalhar.

Ao longo destes mais de 30 anos têm estado a afirmar-se no que ao ensino diz respeito. Assim, que fatores considera que distinguem a Escola Profissional Val do Rio, das restantes do país?
O nosso projeto está muito centrado na formação integral dos alunos, isto é, existe uma enorme preocupação em ajudá-los a formar o seu carácter, a pensarem no seu projeto de vida, de forma a que, quando terminarem o curso, para além de terem uma boa base de formação técnica, tenham uma preparação humana à altura.
No fundo, o que nos interessa é formar as pessoas no seu todo para que estas, civicamente, saibam dar o seu contributo na sociedade, de uma forma fiável, tendo em conta que, atualmente, as empresas precisam muito de profissionais dedicados, polivalentes e com muitas soft-skills. Para esse efeito, existe uma atividade extracurricular que abrange todos os alunos, designada ética social e profissional. Para além disso, a escola disponibiliza a Tutoria de forma a acompanhar os três anos do ciclo de formação.
Existe, assim, uma cultura de proximidade na própria escola que abrange, os alunos e as suas famílias, no sentido de promover as componentes ética, técnica e profissional.

Acredita que o ensino profissional, por ter esta vertente mais prática, assume cada vez mais um papel preponderante na educação dos jovens até porque é precisamente isso que as empresas procuram?
Acredito, pois essa é uma realidade que encontramos nos países europeus mais desenvolvidos que conseguem ter uma percentagem de alunos em percurso de ensino e formação profissional entre os 50% e os 60% ao nível do ensino secundário. Esta é uma meta traçada, igualmente, pelo Governo português, porque é através das chefias intermédias e de técnicos capazes profissionalmente que as nossas empresas conseguem progredir. Temos sentido, nos últimos anos, e de forma crescente uma maior procura, o que reflete uma adequação da formação de quadros intermédios às necessidades das empresas.
No entanto, para os que o desejarem prosseguir os estudos no ensino superior poderão continuar a valorizar as suas competências, como técnicos(as) superiores ou mesmo licenciados nas mais diversas áreas.

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