O Impacto Multicultural de Portugal no Mundo

Desde 2007, o International Club of Portugal tem sido um farol de diversidade e inclusão. À medida que revisitamos a sua jornada, Manuel Ramalho, Fundador e Presidente, reflete sobre o impacto notável e a evolução do clube ao longo dos anos, projetando um 2024 repleto de sucessos.

Manuel Ramalho, Presidente

Fundado em 2007, o International Club of Portugal promove a partilha de conhecimento num ambiente multicultural. Como descreveria o impacto e a evolução do clube desde a sua fundação? Quais os principais valores e objetivos que impulsionam esta iniciativa ao longo dos anos?

Desde a sua fundação, o clube evoluiu de forma notável, tendo um impacto significativo na nossa sociedade. Tornou-se de forma sólida, uma instituição de caráter multicultural e multinacional verdadeiramente independente e inclusiva, transcendendo barreiras que anteriormente separavam as pessoas com base em nacionalidades, profissões, extratos sociais, preferências políticas, entre outros. Assim, o nosso clube tornou-se um símbolo de inclusão. Acolhemos a diversidade de origens, saberes e objetivos, promovendo um ambiente de respeito mútuo, onde todos são bem-vindos e valorizados. Tudo isto resulta numa convivência mais enriquecedora, onde as pessoas interagem e aprendem com indivíduos de diferentes saberes, gerando um impacto profundamente positivo na nossa sociedade.

O International Club of Portugal na sua carta de princípios, afirma que “A nossa Sede é o Mundo”. Como avalia o papel de Portugal no cenário global? De que forma o clube contribui para a projeção da cultura e das realizações de Portugal além-fronteiras?

A inspiração para fundar este clube e elaborar a sua Carta de Princípios e Estatutos surgiu durante uma fase da minha vida passada em Londres, a capital do associativismo e dos clubes. Ao frequentar vários clubes na cidade, percebi que muitos deles tinham uma abordagem segregacionista, separavam as pessoas. Esta abordagem contrastava com a visão que tinha para o clube, que desde início valorizou a diversidade e a inclusão. Assim, a nossa iniciativa diferenciou-se, até mesmo a nível internacional, ao desafiar os padrões estabelecidos pelos clubes britânicos, promovendo a união em vez da separação. No que diz respeito à projeção do nome de Portugal além-fronteiras, o nosso clube conquistou respeito e notoriedade entre centenas de diplomatas estrangeiros que passaram por Portugal ao longo dos anos. Por meio de eventos com oradores qualificados de diversas áreas, como ciência, desporto, negócios, economia, estes debates não apenas promovem amizades e aprofundam relacionamentos, mas também proporcionam um maior conhecimento sobre a realidade portuguesa e do Mundo.

À medida que nos aproximamos do final de 2023, qual o balanço das atividades e realizações mais significativas do International Club of Portugal durante este ano? Que marcos ou eventos destaca como particularmente importantes para a missão do clube?

2023 foi um ano muito importante, já que representou o primeiro ano pós-pandemia. Regressámos à normalidade, com uma média de dois a três eventos por mês. Todos os eventos foram igualmente interessantes, mas destaco dois em particular: o primeiro envolveu o Cardeal Américo Aguiar, que partilhou a sua visão sobre o impacto das Jornadas Mundiais da Juventude, o maior evento já realizado em solo português. O segundo evento notável contou com a participação da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhailenko, dadas as circunstâncias delicadas em que a Ucrânia se encontra. É importante esclarecer que este evento não tomou partido a favor de qualquer uma das partes envolvidas no conflito armado. Em vez disso, serviu como uma plataforma para obter informações esclarecedoras sobre a situação. Adicionalmente, reforçando a nossa independência e procura pela diversidade de perspetivas, já endereçámos um convite ao Embaixador da Rússia para ser nosso orador num futuro próximo.

Olhando para o futuro, quais os planos e perspetivas do International Club of Portugal para o próximo ano, 2024? Como o clube pretende continuar a promover a cultura e o conhecimento de maneira inovadora e envolvente?

Continuaremos a fortalecer a nossa dinâmica de trabalho cívico, mantendo firmemente a nossa independência. Através desta abordagem, pretendemos realizar mais eventos exclusivamente para os associados do clube. Ao longo dos anos, já realizamos centenas de eventos abertos a não associados, e esta prática continuará. No entanto, a partir de janeiro, também introduziremos encontros exclusivos para associados, que não serão divulgados nos nossos canais de comunicação. Estes eventos exclusivos terão um carácter mais intimista e proporcionarão aos associados a oportunidade de se conhecerem melhor, estabelecer ligações significativas e fortalecer o networking. Além disso, temos planos para organizar missões culturais e empresariais a outros países, com programas previamente definidos em função dos interesses dos associados do clube.

You may also like...