Investimentos com resultados à vista

Uma das zonas mais emblemáticas de Ponta Delgada, São Roque tem crescido a um bom ritmo e canalizado os seus investimentos na melhoria da qualidade de vida dos habitantes e na atração turística. Em entrevista à Revista Business Portugal, Pedro Moura, Presidente da freguesia, salienta as pequenas e grandes obras que transformaram a freguesia, mais moderna e atrativa para investir e viver.

O vasto potencial por explorar e desenvolver e a contribuição pessoal para a terra que o viu nascer foram os desafios que o motivaram a iniciar o seu percurso na presidência da Junta de Freguesia de São Roque. Ao dia de hoje pode dizer que já deu o seu contributo?

Passados quase oito anos sobre a decisão que tomei de dar o meu contributo para o desenvolvimento da freguesia onde nasci e vivi grande parte da minha vida, estou satisfeito pelo trabalho realizado, mas consciente de que ainda há muito a fazer. A freguesia de São Roque hoje está sem dúvida diferente, para melhor. A Junta de Freguesia, que abria duas vezes por semana apenas uma hora à noite, para apoiar os cidadãos, passou a funcionar todos os dias em horário diurno. Temos uma loja RIAC (Loja Cidadão Açores) novas acessibilidades, zonas balneares de referência, a frente mar requalificada, novos estabelecimentos turísticos e de restauração e a consequente criação de postos de trabalho, uma nova sede da Filarmónica de São Roque a comemorar 120 anos. Criamos parques de estacionamento, criamos um centro de dia para os mais idosos no edifício dos CTT onde funciona também um centro de informática e apoio escolar para os jovens, cujo funcionamento, infelizmente, a pandemia tem limitado. A igreja, ex-libris da freguesia está iluminada, foi pintada e foi construída uma rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Os becos da Rosinha passaram a ruas com o trânsito fluido. Enfim uma série de pequenas e grandes obras que transformaram São Roque numa freguesia mais moderna, mais atrativa, para investir, criar novos negócios e onde, sem dúvida, se vive melhor.

Quais são maiores desafios de governar esta região e lutar contra as fragilidades dela advêm?  O que tem sido feito para combater todas as lacunas que vão surgindo?

O Poder Local, neste caso as Juntas de Freguesia, porque estão mais perto dos cidadãos, conseguem responder com muito mais eficiência e rapidez, aos anseios e necessidades da população. Não têm no entanto os meios humanos e materiais necessários. O grande desafio é fazer o nosso trabalho ultrapassando estas limitações.

A freguesia tem vários motores dinamizadores da região, como o Azores Parque, um parque industrial que contribui para o desenvolvimento e empregabilidade. Neste momento a preocupação de dar todas as condições a estes negócios impulsionadores é ainda maior?

A Junta de freguesia tem criado condições para o aparecimento de novos negócios e a iniciativa privada tem respondido. Os resultados estão à vista. Nos últimos anos tem sido grande o desenvolvimento no sector de serviços em especial no turismo, alojamento e restauração com uma interessante dinâmica empresarial e a criação de postos de trabalho.

Ser uma região pequena não implica falta de recursos ou polivalências para os jovens e São Roque é exemplo disso. Projetos como a Fundação Pauleta são uma forma de ajudar os mais jovens a ter uma perspetiva do futuro?

Temos apostado no desporto para criar uma juventude desenvolvida, mais dinâmica e com hábitos saudáveis.

Vitorino Rodrigues, Campeão de motonáutica e jet ski e Pedro Moura, Presidente da Junta

O Desporto, braço dado com a cultura, é importante para a formação dos jovens e da sociedade em geral. O Clube Desportivo de São Roque, que muito apoiámos, e a Fundação Pauleta são fundamentais para o futuro da freguesia assim como a Banda Filarmónica para quem construímos uma nova sede.

Na lista de prioridades do executivo destaca-se a responsabilidade com investimentos direcionados para a criação de emprego e melhoria da qualidade de vida da população. É uma forma de tornar a freguesia mais recomendável para viver, mas também visitar?

Os nossos investimentos, tem tido um duplo objetivo; melhorar a qualidade de vida dos habitantes e a freguesia atrativa para quem nos visita. A melhoria do estacionamento, das vias de circulação e pedonais, das zonas balneares tem favorecido os habitantes e permitidos vários investimentos turísticos de grande qualidade. São Roque é um pequeno destino com grande procura. Costumo dizer que é a linha Estoril/Cascais de São Miguel.

Aproveitando a beleza da região e a proximidade ao mar foram já feitos investimentos para potenciar essas qualidades, como passeios pedonais. Embora que de forma indireta, estas obras têm um efeito positivo na economia da região?

Diria muito positivo na economia da freguesia e do concelho de Ponta Delgada. A variante a São Roque obra que a freguesia vem reclamando desde 2014, lançada pelo Governo o ano passado, vai melhorar significativamente a circulação de veículos e peões e criar uma ciclovia. Fica a faltar a ligação do Largo do Bairro do Terreiro à zona do Portinho da Corretora, via pedonal, obra fundamental também para a proteção das moradias da segunda rua do Terreiro.

Apesar de todas as adversidades consequentes da pandemia, 2021 será favorável para novos projetos?

A pandemia veio atrasar a concretização de uma serie de projetos e criou-nos novos desafios que estamos a enfrentar com o objetivo principal de apoiar a população e dar-lhe melhores condições e qualidade de vida. Veio também chamar a atenção para a necessidade de melhorar os cuidados de saúde primários. Construir um novo centro/posto de saúde que sirva São Roque e Livramento aliviando as estruturas centrais em Ponta Delgada é fundamental e o próximo objetivo a alcançar. Vivemos melhor, é certo, mas é possível ir mais além. É para isso que trabalhamos.

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