ASQ: a diferenciação pela inovação

António Santos Quintas, Advogado e Administrador

A ASQ & Associados foi fundada em 2006, tendo por base o desejo de um exercício empresarial da Advocacia. A sua identidade tem como pilares basilares, desde a sua fundação, a projeção dos valores: Rigor, Independência, Conhecimento e Inovação, como conta em entrevista António Santos Quintas, advogado e administrador da ASQ & Associados.

 

A realidade da pandemia do novo coronavírus acelerou a tecla da inovação num setor muito tradicional. A ASQ & Associados já trilhava este rumo de inovação com a internacionalização e intervenção na economia digital. Como decorreu este processo?

Desde o início, a Sociedade teve sempre presente a diferenciação pela inovação. Trilhando um caminho na vanguarda tecnológica e de utilização das ferramentas digitais ao seu dispor, ao ponto de termos definido para a presente década uma alteração do paradigma da prestação dos serviços jurídicos. Com as condicionantes da pandemia que nos afetou fomos obrigados a acelerar esse processo. O teletrabalho em regime de ligação virtual ao posto de cada de um dos advogados, as reuniões através de plataformas digitais, quer com clientes e parceiros, quer entre a própria equipa e a partilha de dados foram encarados de forma natural. A utilização de ferramentas de gestão e de organização de trabalho levaram a um aumento da produtividade de toda a equipa e foram um terreno fértil para a partilha de experiências e de novas ideias. Aproveitamos, também, para fortalecer os processos existentes e aprofundar os conhecimentos e a produção de conteúdos na área digital e da formação em ambiente virtual.

 

Quais os benefícios da vossa presença nas redes sociais e de que forma a sua gestão tem impacto na imagem que querem transmitir on-line?

A advocacia tem regras rígidas ao nível da publicidade que não devemos deixar de ter presentes no nosso posicionamento ao nível das redes sociais. A evolução dos tempos e da própria forma como a profissão tem vindo a ser pensada e exercida não podem, contudo, impedir que as sociedades de advogados se posicionem e estejam presentes nas mesmas. Numa sociedade cada vez mais globalizante e global, as redes sociais servem, sobremaneira, para estabelecer uma maior proximidade entre os advogados, os seus clientes e eventuais parceiros de negócios. A confiança, elemento, fundamental na relação advogado-cliente, sai reforçada com a utilização da presença nas redes sociais. Além do mais, servem para o exercício da responsabilidade social das Sociedades de Advogados. Nas redes sociais podemos, e devemos fornecer aos cidadãos informações de caráter geral que possam servir de ajuda para aqueles que não podem, pelos mais variados motivos, ter acesso à informação. Usamos, ainda, as redes sociais como uma forma de dar a conhecer a nossa equipa de um ponto de vista menos formal.

 

Na sua ótica, a advocacia 4.0 é o berço de uma mudança no paradigma típico de prestar serviços jurídicos, através da simplificação, colaboração e inovação?

O advogado 4.0 é a antítese da advocacia tradicional e tem por base profissionais capazes de utilizar uma comunicação clara, direta, concisa e sem reverências. O respeito que a nossa profissão merece terá de partir da forma com que os outros se apercebam do nosso valor e não do estatuto que se tem por, simplesmente, envergar uma toga. O advogado 4.0 tem de encontrar soluções e não levantar problemas. Tem de perceber o cliente e fazer-se entender para ele. A relação de confiança, numa economia digital, sem contacto presencial, tem por base a confiança. O advogado 4.0 vê na tecnologia e na inteligência artificial, que já utilizamos em várias aplicações, uma forma para superar as adversidades do mercado e os tempos de crise. A inteligência artificial permite automatizar as tarefas repetitivas e transformar a dinâmica da advocacia numa atividade menos burocrática. O advogado pode dedicar-se ao desenvolvimento do conhecimento jurídico e de peças de excelência. A capacidade de inovar e reinventar-se passa a ser essencial. Os algoritmos, presentes nos softwares jurídicos, são capazes de realizar previsões de possíveis sentenças e demais decisões judiciais, pelo que a inteligência artificial na advocacia possui, também, a função de maximizar os resultados obtidos pelas Sociedades de Advogados. Os advogados necessitam de evoluir como profissionais, com formação contínua e com a participação em eventos jurídicos e atividades de networking. Além dos conhecimentos jurídicos, para a organização das Sociedades de Advogados, é fundamental ter conhecimentos em marketing e gestão. Nesta revolução que se avizinha, é fundamental que advogados apresentem os seus serviços de forma diferenciadora. As sociedades de advogados devem estar abertas à mudança e, cada vez mais, conseguir conciliar, de forma equilibrada, a vida pessoal e profissional dos seus membros. Este é o nosso paradigma para esta década.

 

__________

www.asqassociados.pt

You may also like...