António José Seguro e a sua visão para Portugal

António José Seguro com Manuel Ramalho
António José Seguro, Professor Universitário e ex-Ministro Adjunto de António Guterres, foi o orador e convidado de honra do almoço-debate do International Club of Portugal, que decorreu no passado dia 8 de janeiro, no Sheraton Lisboa Hotel & Spa.
Na sua intervenção subordinada ao tema “Uma Visão para Portugal”, defendeu que o nosso país precisa de um “salto qualitativo” que o coloque “na vanguarda dos países mais desenvolvidos” da Europa. E lembrou: “Precisamos de nos superar como povo e ser coletivamente melhores, se possível excelentes e bem organizados”.
O ex-secretário-geral do PS apresentou “oito metas e objetivos” nacionais, entre os quais se destacam garantir que Portugal possa crescer economicamente sem depender de fundos europeus, erradicar a pobreza e reduzir a dependência energética.
Ao abordar o panorama político nacional, António José Seguro destacou que vivemos “novos tempos”, caracterizados pela presença de nove partidos no parlamento e pela necessidade de três deles para formar maiorias. Nesse contexto, apontou que as “condições de governabilidade têm-se deteriorado”, uma vez que essas forças políticas enfrentam desafios em construir maiorias consistentes para governar o país.
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Durante um período de perguntas e respostas, António José Seguro foi questionado se anunciaria a sua candidatura às eleições presidenciais de 2026, ao que respondeu: “Ainda não é hoje”, sublinhando “isso deve-se a uma razão muito simples: estou, de fato, num momento de reflexão. Não estabeleci nenhum prazo, mas também não aguardo por mais nada. Estou apenas a amadurecer este processo internamente”, enfatizou.
O ex-secretário-geral do PS foi também interrogado sobre o perfil ideal para o Presidente da República. “Há quem recorra à Constituição para identificar o papel de um Presidente. Eu prefiro olhar para o país e perceber o que um Presidente deve fazer nas circunstâncias atuais”, afirmou, destacando o caráter único do momento que vivemos. Segundo António José Seguro, as lideranças políticas precisam ser inspiradoras, gerar confiança e mobilizar a sociedade.