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Tecnologia com alma: o futuro da mediação imobiliária em portugal

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Hélder Batista, Broker da Coldwell Banker | GRUPO CITY, lidera uma equipa de 80 profissionais imobiliários na Grande Lisboa, distribuídos por três escritórios, e é franqueado da Coldwell Banker, marca com 119 anos de história e presença em 44 países. Ao seu lado, Rui da Nova, Sócio, partilha a mesma visão estratégica e humana que tem impulsionado o crescimento do grupo, sustentado na combinação entre tradição e disrupção tecnológica. Para ambos, inovação e tradição não são forças opostas, mas aliadas estratégicas: combinam-se para criar uma mediação baseada em tecnologia de ponta, análise de dados e Inteligência Artificial, sem nunca perder o fator essencial que sustenta relações e negócios duradouros – as pessoas. Defensores de uma liderança de proximidade e de valores humanos sólidos, acreditam que o futuro da mediação imobiliária se construirá não apenas com ferramentas digitais cada vez mais poderosas, mas com equipas extraordinárias capazes de inspirar confiança, gerar experiências únicas e representar Portugal com padrões globais e identidade local.

A Coldwell Banker | GRUPO CITY tem vindo a afirmar-se como uma referência de excelência no setor imobiliário. De que forma equilibra a herança centenária da marca com a necessidade constante de inovação e adaptação ao mercado português contemporâneo?

O GRUPO CITY faz parte da Coldwell Banker com mais 119 anos de história e um legado de confiança, ética e profissionalismo. O desafio, e também a nossa vantagem, é saber equilibrar tradição e inovação.

Na CITY, trabalhamos com o ADN da marca – rigor, credibilidade e excelência – mas com uma visão contemporânea, orientada por dados, tecnologia e experiência humana.

O mercado português exige proximidade e autenticidade. É por isso que combinamos ferramentas tecnológicas de ponta com uma cultura de relação pessoal e acompanhamento constante.

O futuro da mediação não é escolher entre tradição ou inovação – é saber usar o melhor de ambos.

 

Hélder Batista, Broker da Coldwell Banker | GRUPO CITY

 

Sendo defensor de uma liderança assente em valores humanos e culturais fortes, como traduz essa filosofia na prática diária de gestão e no desenvolvimento das suas equipas?

Acredito numa liderança de presença e de exemplo. Liderar é criar condições para que os outros cresçam. Na prática, isso significa ouvir, inspirar e dar autonomia.

Trabalhamos com objetivos claros, mas com um enorme foco no bem-estar e no propósito de cada pessoa.

Na CITY, formamos equipas com base em valores: respeito, confiança e responsabilidade. Quando as pessoas se sentem parte de algo maior, o resultado acontece naturalmente – e de forma sustentável.

Num contexto global em que os clientes são mais exigentes e informados, quais considera serem as principais competências que um consultor imobiliário de elite deve possuir para se distinguir no mercado atual?

Hoje, o consultor de elite é um gestor de confiança e informação. Um private broker.

Precisa dominar o mercado, compreender dados e tendências, mas sobretudo saber comunicar com empatia e inteligência emocional.

A tecnologia apoia, mas o que diferencia é a capacidade de gerar confiança, antecipar necessidades e resolver problemas dos seus clientes. Um bom consultor não vende casas – cria experiências e constrói relações duradouras.

 

Equipa da Coldwell Banker | GRUPO CITY

 

A internacionalização é um dos pilares estratégicos do Coldwell Banker | GRUPO CITY. Que papel desempenha Portugal neste mapa global e quais considera serem os maiores desafios na captação de investimento estrangeiro de qualidade?

Portugal tem um papel central no mapa internacional, contamos com 35% de compradores internacionais atualmente.

Somos vistos como um mercado estável, seguro e com enorme qualidade de vida, o que atrai investidores de todo o mundo.

O desafio é garantir que continuamos a atrair investimento sustentável, que valorize o país e o seu tecido urbano, e não apenas o retorno financeiro. A nossa missão é sermos ponte entre o mundo e Portugal, com um serviço à altura das melhores práticas globais, mas com o toque humano que define o nosso mercado.

 

Rui da Nova, Frederico Abecassis (CEO) e Hélder Batista

 

A Coldwell Banker | GRUPO CITY aposta fortemente na formação contínua e no conceito de learning on the job. Que impacto concreto tem esta abordagem na retenção de talento e na criação de novas lideranças dentro da organização?

O nosso maior investimento é nas pessoas. Este ano entregamos já 25 novos colaboradores e todos eles tem já resultados.

A formação contínua e o learning on the job permitem que cada consultor evolua diariamente, de forma prática e aplicada.

Não acreditamos em receitas prontas – acreditamos em mentoria, acompanhamento e crescimento progressivo.

Isto tem um impacto direto na retenção de talento, porque as pessoas sentem-se apoiadas e valorizadas. Mais do que formar vendedores, queremos formar líderes de mercado.

Que balanço faz da participação da Coldwell Banker | GRUPO CITY no GenBlue 2025, e de que forma acredita que esta experiência internacional irá influenciar a estratégia e o crescimento da empresa nos próximos anos?

O GenBlue é mais do que um evento – é uma imersão global em cultura, inovação e visão estratégica. Fomos a maior comitiva portuguesa de sempre nesta aventura global. Um grande obrigado a todos os nossos colaboradores pelo esforço e pela resiliência para poderem estarem presentes.

A partilha de conhecimento com brokers e líderes de vários países reforça a nossa capacidade de antecipar tendências e inovar localmente.

Voltámos com ideias concretas para acelerar a transformação digital, fortalecer a cultura de colaboração e potenciar a nossa MLS interna GLOBAL. Esta experiência reforça o nosso compromisso em liderar o futuro da mediação em Portugal, com padrões globais e identidade local.

Numa era marcada pela digitalização e pela transformação tecnológica, como vê o futuro da mediação imobiliária e de que forma a Coldwell Banker | GRUPO CITY se prepara para liderar essa evolução sem perder o seu caráter humano?

A tecnologia é uma aliada, não uma ameaça. Na CITY estamos a lançar ferramentas de Inteligência Artificial que automatizam tarefas, libertando os consultores para o que realmente importa – as pessoas. O futuro da mediação será híbrido: dados inteligentes e relações genuínas. O segredo está em equilibrar a eficiência digital com o toque humano que constrói confiança. A inovação só faz sentido se melhorar a experiência do cliente e valorizar o papel do consultor.

 

 

Foi recentemente eleito Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Mediação e Licenciamento de Serviços Imobiliários (APMLS). Que visão pretende trazer para o cargo, especialmente no que toca ao fortalecimento da mediação imobiliária em Portugal?

É uma responsabilidade e uma honra. Acredito que chegou o momento de profissionalizar o setor de forma mais profunda – com ética, formação e colaboração. Quero contribuir para uma mediação mais credível, transparente e respeitada, onde o consumidor veja o consultor como um verdadeiro especialista. Defendo também a criação de uma MLS nacional forte, que una profissionais e promova a partilha responsável de informação. O meu foco será ajudar a modernizar o setor, reforçando a confiança entre agentes, clientes e instituições.

Só assim a mediação portuguesa será vista, interna e externamente, como um setor de valor e de futuro. O grande objetivo não é fragmentar mercado e sim unir mercado e representarmos 11 milhões de habitantes.

Acredito que o futuro da mediação imobiliária portuguesa será construído com tecnologia, sim – mas, acima de tudo, com pessoas extraordinárias

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