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Soluções metálicas: da transformação ao acabamento

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Num setor como o da construção metálica, onde o ferro e o inox ganham forma ao ritmo da precisão e da dedicação, a Martiniano – Construções em Ferro e Inox, fundada em 2017 por Jorge Martiniano, tem vindo a destacar-se pela solidez do seu crescimento, pelo respeito ao cliente e por uma filosofia de trabalho assente na transparência e no compromisso.

A empresa algarvia soma já oito anos de atividade, com soluções para os setores da construção civil, náutica, hotelaria e indústria da água, e continua a expandir-se. O projeto empresarial nasceu da vontade de fazer mais e melhor. Depois de participar num negócio semelhante ligado ao inox, Jorge sentiu que não estava a conseguir expressar todo o seu potencial. Com apenas 10 mil euros de investimento inicial e quatro máquinas básicas, arriscou. “Comecei do zero, num armazém vazio. Fui comprando o necessário à medida que faturava. A empresa foi crescendo com o tempo, com esforço e muita cautela”, conta Jorge. Hoje, a Martiniano ocupa duas instalações, uma para produção, outra para tratamento anticorrosivo de metais, e emprega 22 pessoas. O crescimento tem sido constante e sustentável, fruto de uma estratégia assente na qualidade, no foco no cliente e na confiança mútua. “Grande parte dos nossos clientes são os mesmos desde o início. Construímos relações duradouras”, constata.

Raízes sólidas, crescimento sustentado

A empresa começou como uma simples serralharia dedicada à transformação de ferro e inox, escadas, portões, gradeamentos e estruturas metálicas. Desde então, cresceu em tecnologia, instalações e serviços. Em 2018, com a aquisição de novas instalações, passou a incorporar também a decapagem, metalização e lacagem, fazendo o tratamento anticorrosivo dos próprios materiais e de terceiros. “A ideia foi tornar a empresa autossuficiente. Hoje compramos o material em bruto, transformamos aqui e tratamos ali. É um processo completo”, afirma o Sócio-Gerente.

Este modelo de produção integrada permite à Martiniano controlar todas as fases e oferecer um produto final de alta durabilidade. Grande parte da produção é feita com ferro, embora o inox tenha também relevância, sobretudo em zonas expostas ao ambiente marítimo.

 

Jorge Martiniano, Fundador da Martiniano – Construções em Ferro e Inox

 

Aposta na formação da equipa

Desde o início, Jorge Martiniano traçou uma filosofia clara para construir a sua equipa: formar internamente, apostar em quem quer aprender e valorizar quem fica. “Nunca roubei trabalhadores a outras empresas. Não é a minha forma de estar. Gosto de dar oportunidade a quem está à procura de trabalho”, salienta.

A Martiniano tem vários casos de sucesso, pessoas que entraram sem experiência e, ao fim de um ano, já trabalhavam com autonomia. Cada colaborador aprende ao seu ritmo e vai encontrando o seu lugar: uns especializam-se na montagem, outros na produção, outros ainda no manuseamento de máquinas.

Essa visão formativa tem trazido resultados duradouros. Muitos dos colaboradores estão na empresa desde o primeiro ano. “A ideia é essa: manter, valorizar e crescer juntos. O mesmo se aplica aos clientes”, destaca Jorge. Para acompanhar o ritmo de crescimento, a empresa mantém a contratação aberta, sempre à procura de quem tenha vontade de aprender e fazer parte de uma estrutura sólida.

Confiança e método: a base de cada projeto

Com clientes que vão desde consumidores finais a grandes construtores, a Martiniano realiza projetos de todas as dimensões, do pequeno portão residencial à estrutura metálica de um pavilhão. Um exemplo disso é a própria ampliação das suas instalações, com 800 metros quadrados de estrutura executada internamente.

Apesar de incorporar máquinas de corte CNC (Controle Numérico Computadorizado), e processos modernos, a Martiniano não é uma indústria de série. “Aqui não há lugar para robots de solda. Um dia fazemos uma escada, no outro uma grade. Nada é standard. Tudo é feito por pessoas”, menciona o entrevistado. Essa abordagem personalizada impede a automação total – no Algarve, a procura também não o justifica – mas reforça a flexibilidade e a qualidade do produto final.

Compromisso com prazos e gestão eficiente

Na Martiniano, prometer um prazo é assumir um compromisso. Os prazos são calculados com base num cronograma de produção realista e ajustado à carga de trabalho atual. “Se temos oito semanas de espera, é isso que dizemos ao cliente. Prefiro perder uma obra a falhar um prazo. Isso mancha a confiança”, refere Jorge.

A produção é integralmente feita pela equipa da Martiniano, desde o desenho técnico à montagem final em obra. O processo é claro: após a adjudicação, o material é imediatamente adquirido, garantindo preço, stock e cumprimento de prazos. “Não prometemos prazos que não podemos cumprir. Prefiro perder um cliente agora e que ele volte depois, do que falhar e perdê-lo para sempre”, garante. Essa estratégia foi crucial para evitar problemas durante a pandemia e com a guerra na Ucrânia. “Nunca parámos. Nem faltou material. Trabalhamos com margem de segurança”, evidencia o fundador.

Este rigor e frontalidade é o que permite manter uma reputação sólida e clientes que confiam em cada etapa do processo.

 

Ferro que resiste, mercado que cresce

A Martiniano atua maioritariamente no Algarve, especialmente na zona do Barlavento. A região tem permitido à empresa crescer de forma sustentada, alicerçada em três frentes principais: construção habitacional, hotelaria e projetos industriais. “Temos muitos clientes ligados à hotelaria. Fizemos projetos grandes para novos hotéis. Também há moradias e prédios em construção”, realça.

A versatilidade do ferro, a rapidez de execução e a adaptação à estética contemporânea fazem dele um material cada vez mais presente, mesmo em arquitetura de habitação.

Tratar bem o material, e os outros

Com uma segunda unidade totalmente dedicada à metalização e lacagem, a empresa tornou-se também parceira de outras serralharias da região. “Recebemos material de fora. Tratamos e ajudamos essas empresas a tornarem-se mais competitivas, porque damos prazos rápidos e bom serviço”, frisa Jorge.

Esse espírito de colaboração estende-se ao modo como vê o mercado. Jorge não ignora a concorrência, mas valoriza mais o seu caminho. “Apostamos no que podemos controlar: bom trabalho, prazos sérios, relação de confiança”, indica.

 

 

 

Trabalho com significado

Uma das obras que mais marcou Jorge Martiniano não foi para um cliente externo, mas para a própria empresa: o pavilhão metálico de 800 m² que ampliou as instalações. “Foi o nosso primeiro grande desafio estrutural. Fizemos tudo internamente. Tem um valor emocional, foi o início de uma nova fase”, conta o Sócio-Gerente.

Com orgulho, Jorge sublinha que todos os projetos têm o mesmo valor. “Tanto me importa o pequeno portão de um cliente particular como os de 1 km de gradeamento de um hotel. O que importa é fazer bem”.

 

 

Olhar em frente com os pés assentes

Questionado sobre o futuro, Jorge Martiniano responde com a serenidade de quem constrói para durar. O objetivo não é crescer por crescer, mas manter o que foi conquistado. “Daqui a oito anos, espero olhar para trás e ver que mantemos os mesmos clientes, os mesmos colaboradores. Isso é sinal de que fizemos as coisas certas”, conclui.

Na Martiniano, a construção é feita com ferro, mas também com valores. Valores que não se compram, não se robotizam, não se terceirizam, constroem-se dia a dia, com rigor e com humanidade. É esse o alicerce de uma empresa que, em apenas oito anos, já se tornou uma referência regional. O caminho é feito com visão, consistência e propósito. E isso, a Martiniano tem.

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